SÁ,
Alfredo
*magistrado; interv. AM 1924-1926; const. 1946; dep.
fed. MG 1946-1951.
Alfredo Prates de Sá nasceu em Teófilo Otoni (MG) em 11 de dezembro de 1878, filho
do coronel Carlos de Oliveira Sá, senador estadual em Minas Gerais entre 1895 e
1898 e chefe situacionista em Teófilo Otoni, e de Deolinda Arabela Prates de
Sá.
Bacharelou-se pela Faculdade de Direito de Minas Gerais em
1901, foi consultor jurídico da Secretaria de Agricultura de Minas Gerais entre
1919 e 1922, promotor público e juiz de direito. Ingressou no Senado Estadual
em 1922, preenchendo a vaga deixada por Manuel Tomás de Carvalho Brito.
Renunciou ao mandato de senador no mesmo ano, para ocupar a chefia de polícia
do estado até 1924.
Em dezembro desse ano, assumiu o cargo de interventor federal
no Amazonas, onde permaneceu até janeiro de 1926. De volta a Minas, foi eleito
vice-presidente do estado em março, na chapa de Antônio Carlos Ribeiro de
Andrada, que governou de 1926 a 1930. Reocupou também uma cadeira no Senado
Estadual, sendo reeleito em 1927 com mandato até 1934.
Era membro da comissão executiva do Partido Republicano
Mineiro (PRM) em 1929, participando, portanto, das deliberações do partido
sobre a sucessão estadual. Partidário da candidatura de Fernando de Melo Viana,
afastou-se do partido juntamente com este e com alguns deputados quando a
comissão indicou os nomes de Olegário Maciel para a presidência do estado e de
Pedro Marques de Almeida para a vice-presidência.
Desligando-se do PRM e do movimento da Aliança Liberal, no
qual o PRM estava engajado, os dissidentes passaram a participar da campanha de
Melo Viana para a presidência do estado e de Júlio Prestes para a presidência
da República, candidaturas que eram apoiadas por Washington Luís.
Em 1930, foi nomeado ministro do Superior — então Supremo —
Tribunal Militar (STM), mas não chegou a tomar posse, pois com a vitória da
Revolução e a deposição de Washington Luís, o decreto de sua nomeação foi
tornado sem efeito.
Durante o governo de Olegário Maciel em Minas (1930-1933),
ocupou a secretaria do Instituto Mineiro do Café. Em 1934, promulgada a nova
Constituição, iniciou uma ação contra o governo federal visando à reparação dos
danos decorrentes de sua exoneração do cargo vitalício de ministro do STM.
Entretanto, desistiu da ação ao ser nomeado serventuário de justiça no Distrito
Federal.
Em 1940, assumiu a prefeitura de Teófilo Otoni, permanecendo
nesse cargo até 1945.
Em dezembro de 1945, foi eleito deputado por Minas Gerais à
Assembléia Nacional Constituinte na legenda do Partido Social Democrático,
permanecendo como deputado federal até janeiro de 1951.
Em 1946, ocupou por um mês a Secretaria do Interior de Minas
Gerais.
Morreu em Teófilo Otoni no dia 12 de julho de 1960.
FONTES: ANDRADE, F.
Relação; CÂM. DEP. Anais (6/5/12); CÂM. DEP. Deputados; CÂM. DEP. Relação dos
dep.; CONSULT. MAGALHÃES, B.; CORRESP. SUP. TRIB. MILITAR; COUTINHO, A. Brasil;
Diário do Congresso Nacional; GALVÃO, F. Fechamento; HORTA, C. Famílias;
MORAIS, A. Minas; Rev. Arq. Públ. Mineiro (12/76); TORRES, J. História de
Minas.