ALVES
JÚNIOR, José Bernardino
*dep. fed. MG 1935 -1937.
José Bernardino Alves Júnior nasceu em Turvo, atual Andrelândia (MG), no dia 15 de março
de 1885, filho do advogado José Bernardino Alves e de Marília Ilídia da Silva
Alves.
Estudou no internato do Ginásio Mineiro, em Barbacena, e no
externato, em Belo Horizonte. Após cursar um ano na Faculdade Livre de Direito
de Minas Gerais, transferiu-se para a Faculdade de Direito de São Paulo, pela
qual se formou em 1907.
Fixando-se em seguida no Espírito Santo, tornou-se, em 1908,
oficial-de-gabinete do presidente Jerônimo Monteiro e diretor fiscal do Banco
Hipotecário e Agrícola do estado. Até 1912, foi também secretário da
presidência, período em que exerceu interinamente o cargo de prefeito de
Vitória. Na gestão de Marcondes Alves de Sousa (1912-1916), desempenhou as
funções de secretário do governo e de secretário-geral do Estado. Ao lado de
alguns juristas, ajudou a fundar a Revista Judiciária, especializada em
assuntos de legislação, doutrina e jurisprudência, além de ter sido um dos
idealizadores da Faculdade de Direito de Vitória, criada anos depois.
De volta a Minas em 1918, passou a advogar em Andrelândia e,
posteriomente, em Juiz de Fora. Em 1928, nomeado pelo presidente Antônio Carlos Ribeiro de Andrada (1926-1930), assumiu a Diretoria Geral do Tesouro do estado. Foi ainda
membro do Conselho Penitenciário de Minas e, em novembro de 1929, assumiu a
Secretaria da Fazenda estadual, função que exerceu até setembro do ano
seguinte. Tornou a ocupar a secretaria entre setembro e dezembro de 1933,
durante a interventoria interina de Gustavo Capanema. No governo mineiro, foi
também secretário interino da Agricultura, Viação e Obras Públicas e do
Interior.
No pleito de outubro de 1934, elegeu-se deputado federal por
Minas Gerais na legenda do Partido Republicano Mineiro (PRM), cumprindo o
mandato de maio de 1935 a 10 de novembro de 1937, quando a instauração do
Estado Novo (1937-1945) suprimiu todas as câmaras legislativas do país. Durante
seu mandato, foi um dos representantes do Legislativo na Comissão Mista de
Reforma Econômico-Financeira, integrando a segunda subcomissão criada para
estudar a reformulação dos quadros do serviço público civil.
Afastando-se da política após o advento do Estado Novo,
tornou-se diretor e, em seguida, presidente do Banco da Lavoura de Minas Gerais
S.A.
Foi ainda diretor da Revista Forense de Belo Horizonte,
presidente do Conselho Consultivo de Minas Gerais, consultor jurídico do Banco
de Crédito Real de Minas Gerais, advogado e diretor da Companhia Mineira de
Eletricidade S.A., de Juiz de Fora, e membro do Instituto Mineiro da Ordem dos
Advogados do Brasil (OAB) e da Comissão Revisora da Divisão Administrativa do
Estado de Minas Gerais.
José Bernardino faleceu em Turvo no dia 4 de abril de 1967.
Era casado com Georgina Mata, com quem teve cinco filhos.
FONTES: ANDRADE, F.
Relação; ARQ. GETÚLIO VARGAS; ASSEM. LEGISL. MG. Dicionário
biográfico; Boletim Min. Trab. (5/36); CÂM. DEP. Deputados;
CÂM. DEP. Relação nominal; CONSULT. RAMOS, P.; Diário do Congresso
Nacional; Personalidades; Rev. Arq. Públ. Mineiro (12/76);
SILVA, H. 1937; TRIB. SUP. ELEIT. Dados (6), WAHRLICH, B. Classificação.