AMIDEN, JAMIL
AMIDEN,
Jamil
*militar; dep. fed. GB
1963-1969.
Jamil Amiden nasceu
em Corumbá (MS), então no estado de Mato Grosso, no dia 31 de março de 1922,
filho de Oanen Amiden e de Sofia Fatá Amiden.
Sargento
do Exército durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), integrou a Força
Expedicionária Brasileira (FEB), participando de combates na Itália. Gravemente
ferido durante a campanha, foi promovido a tenente por ato de bravura e
reformado no posto de capitão. Posteriormente participaria da fundação da
Associação dos Ex-Combatentes do Brasil e presidiria em diversas ocasiões a
Associação dos Ex-Combatentes do Estado da Guanabara.
Em
outubro de 1962 elegeu-se deputado federal pelo estado da Guanabara na legenda
da Aliança Socialista Trabalhista, formada pelo Partido Trabalhista Brasileiro
(PTB), ao qual era filiado, e o Partido Socialista Brasileiro (PSB). Empossado
em fevereiro do ano seguinte, passou a integrar a Comissão de Serviço Público
da Câmara dos Deputados, da qual foi vice-presidente. Nessa condição apresentou
vários projetos, dentre os quais o que concedia pensão militar aos
ex-combatentes e a seus herdeiros e instituía o dia do ex-combatente, e os que
concediam o domingo remunerado aos portuários e pensão às famílias dos
atingidos pelo Ato Institucional nº 1 (AI-1), editado logo após a eclosão do
movimento político-militar de março de 1964. Em abril de 1965 tornou-se
vice-líder do PTB na Câmara.
Com a extinção dos partidos políticos pelo AI-2 (27/10/1965)
e a posterior instauração do bipartidarismo, filiou-se ao partido
oposicionista, o Movimento Democrático Brasileiro (MDB). Em 1966 liderou o
grupo de ex-combatentes que devolveu suas medalhas em protesto contra a
nomeação do deputado fluminense Raimundo Padilha para a liderança do governo do
presidente Humberto Castelo Branco (1964-1967). O grupo se baseava em acusações
formuladas pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos, segundo as quais
Padilha, durante a guerra, fora espião nazista.
Reelegendo-se em novembro de 1966, permaneceu na Câmara até
janeiro de 1969, quando teve seu mandato cassado com base no AI-5, editado no
mês anterior. Foi beneficiado pela anistia decretada pelo presidente João
Figueiredo em agosto de 1979. Com a extinção do bipartidarismo em 29 de
novembro de 1979 e a conseqüente reformulação partidária, filiou-se ao Partido
do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) e nessa legenda concorreu a uma
cadeira na Câmara dos Deputados pelo estado do Rio de Janeiro no pleito de
novembro de 1982, obtendo apenas uma suplência.
Faleceu em Nova Iguaçu (RJ) no dia 11 de dezembro de 1991.
Era casado com Carine Saff Amiden, com quem teve três filhos.
Publicou uma obra sobre a campanha na Itália.
FONTES: ARQ. DEP.
PESQ. JORNAL DO BRASIL; CÂM. DEP. Deputados; CÂM. DEP. Deputados
brasileiros. Repertório (1967-1971); CÂM. DEP. Relação nominal dos
senhores; Grande encic. Delta; Jornal do Brasil (4/10/66,
12/12/91); TRIB. SUP. ELEIT. Dados (6 e 8).