CANTO, CÂMARA
CANTO,
Câmara
*diplomata; emb. Bras. Chile 1968-1975.
Antônio Cândido da Câmara Canto nasceu em Montevidéu no dia 25 de setembro de 1910, mas
recebeu nacionalidade brasileira por força de dispositivos constitucionais.
Ingressou
na carreira diplomática em outubro de 1938 como cônsul de terceira classe,
desempenhando até o ano seguinte as funções de terceiro-secretário em
Montevidéu. De volta ao Brasil, exerceu em 1940 os cargos de diretor interino
da Divisão de Material e de secretário da Comissão de Concorrências do
Ministério das Relações Exteriores, no Rio de Janeiro, então Distrito Federal.
Designado em março de 1941 vice-cônsul em Rosário, na Argentina, foi promovido
em dezembro de 1942 a cônsul de segunda classe, permanecendo na mesma cidade
como cônsul-adjunto até março de 1943. Foi transferido em seguida para Costa
Rica, onde serviu por cinco anos como segundo-secretário, e em diversas
oportunidades desempenhou a função de encarregado de negócios. Em março de 1948
regressou ao Brasil, tornando-se auxiliar de gabinete do chefe do Departamento
Político e Cultural do Itamarati. Em 1951, foi promovido a cônsul de primeira
classe, passando a servir como auxiliar de gabinete do secretário-geral do
ministério, e exercendo interinamente, em 1952 e 1953, as funções de
oficial-de-gabinete do ministro das Relações Exteriores, João Neves da
Fontoura. Reassumiu em 1954 o cargo de auxiliar de gabinete do chefe do
Departamento Político e Cultural, sendo promovido nesse mesmo ano a ministro de
segunda classe.
Em
abril de 1954, foi transferido para Lisboa, onde permaneceu como
ministro-conselheiro até agosto de 1957, e desempenhou em algumas ocasiões as
funções de encarregado de negócios. Designado em setembro desse ano para Madri
ainda como ministro-conselheiro, em 1958 tornou-se encarregado de negócios
nessa capital, função que exerceria nos três anos seguintes. Em 1960, chefiou a
delegação brasileira à primeira sessão da Food and Agriculture Organization
(FAO — Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura) relativa
às frutas cítricas. De volta ao Rio de Janeiro em abril de 1961, assumiu a
chefia da Divisão do Cerimonial do Itamarati e foi promovido a ministro de
primeira classe. De 1961 a 1963, ocupou a chefia do Departamento de
Administração do ministério, sendo nomeado nesse último ano embaixador do
Brasil na Espanha. Em 1968, tornou-se embaixador do Brasil no Chile, chefiando
em 1970 a delegação brasileira à I Conferência Interamericana sobre
Desenvolvimento da Comunidade, realizada em Santiago. Permaneceu naquele país à
frente da representação diplomática brasileira até setembro de 1975.
Faleceu no Rio de Janeiro em 22 de março de 1977.
Era casado com Maria Élida da Câmara Canto, com quem teve
seis filhos
FONTES: Globo (23/3/77);
LAGO, L. Relação; MIN. REL. EXT. Almanaque (1973); MIN. REL. EXT.
Anuário.