JESUS, Antônio de
*const.
1987-1988; dep. fed. GO 1987-1991, 1991-1993, 1995.
Antônio
de Jesus Dias nasceu em Anápolis (GO), no dia 28 de janeiro de 1942, filho
de Teófilo Passos Dias e de Aurelina César de Jesus.
Formou-se
em psicologia pela Universidade Católica de Goiânia (GO), em 1979.
Nas
eleições de novembro de 1978 concorreu a uma cadeira na Assembléia Legislativa,
na legenda da Aliança Renovadora Nacional (Arena),
partido de sustentação do regime militar instaurado em abril de 1964. Obteve
uma suplência.
Com
a extinção do bipartidarismo, em novembro de 1979, e a conseqüente
reorganização partidária, ingressou no Partido Democrático Social (PDS),
sucessor da Arena, e pouco depois no Partido do Movimento Democrático
Brasileiro (PMDB). Graças à influência do ex-governador Íris Resende foi
nomeado subchefe do Gabinete Civil do governo de Ari Valadão (1979-1983), cargo
no qual se manteve até o ano seguinte, quando se tornou diretor da Fundação do
Bem-Estar do Menor (Febem). Ainda nessa legislatura, exerceu o mandato de
deputado estadual por um ano e sete meses.
No
pleito de novembro de 1986 elegeu-se deputado federal constituinte pelo PMDB,
tendo sido titular da subcomissão de Educação, Cultura e Esportes, da Comissão
da Família, da Educação, Cultura e Esportes, da Ciência e Tecnologia e da
Comunicação, e suplente da subcomissão dos Direitos e Garantias Individuais, da
Comissão da Soberania e dos Direitos e Garantias do Homem e da Mulher.
Nas
principais votações do período, votou a favor do rompimento das relações
diplomáticas com países que praticassem políticas de discriminação racial; do
presidencialismo; do voto facultativo aos 16 anos; do mandato de cinco anos
para o presidente José Sarney; da nacionalização do subsolo; do limite de 12%
ao ano para os juros reais; da limitação dos encargos da dívida externa; do
aviso prévio proporcional; da unicidade sindical; da soberania popular; da
proibição do comércio do sangue; da anistia aos micro e pequeno empresários.
Foi contra a pena de morte; a limitação do direito de propriedade; a
estatização do sistema financeiro; o aborto; o mandato de segurança coletivo; a
remuneração 50% superior para o trabalho extra; a jornada semanal de 40 horas;
o turno ininterrupto de seis horas; a demissão sem justa causa; a criação de um
fundo de apoio à reforma agrária; a desapropriação da propriedade produtiva; a
legalização do jogo do bicho.
Concorrendo
à reeleição no pleito de outubro de 1990, novamente pela legenda do PMDB,
obteve uma suplência. Assumiu o mandato no início da legislatura, em 18 de
março de 1991, na vaga de Naftali Alves de Sousa. Titular da Comissão de Defesa
Nacional foi suplente da Comissão de Constituição e Justiça e de Redação.
Na
sessão da Câmara dos Deputados de 29 de setembro de 1992, votou a favor da
abertura do processo de impeachment do presidente Fernando Collor de
Melo, acusado de crime de responsabilidade por ligações com um esquema de
corrupção liderado pelo ex-tesoureiro de sua campanha presidencial Paulo César
Farias. Afastado da presidência logo após a votação na Câmara, Collor renunciou
ao mandato em 29 de dezembro de 1992, pouco antes da conclusão do processo pelo
Senado Federal, sendo efetivado na presidência da República o vice Itamar
Franco, que já vinha exercendo o cargo interinamente desde o dia 2 de outubro.
Com
o retorno do deputado Lázaro Barbosa deixou a Câmara em 25 de maio de 1993.
Reassumiu o mandato em janeiro de 1995 na vaga de Virmondes Cruvinel, e sem ter
disputado as eleições de outubro de 1994 retirou-se ao término da legislatura,
em ainda em janeiro de 1995. No pleito de outubro de 1998 não conseguiu
eleger-se deputado federal.
Distanciado da política, Antônio de Jesus
tornou-se pastor evangélico da Assembléia de Deus e professor universitário.
Casado
com Neli da Silva Dias, teve quatro filhos.
Fontes: ASSEMB. NAC. CONST. Repertório
(1987-1988); CÂM. DEP. Deputados brasileiros. Repertório (1991-1995);
COELHO, J. & OLIVEIRA, A. Nova; O Globo (30/9/92).