GUEDES,
Geraldo
*
dep. fed. PE 1959-1963 e 1964-1983.
Antônio
Geraldo de Azevedo Guedes nasceu em Caruaru (PE) no
dia 1º. de agosto de 1919, filho de Felismino Guedes e de Percina de Azevedo
Lira Guedes.
Estudou
no Colégio Nóbrega e em 1940 bacharelou-se pela Faculdade de Direito de Recife,
diplomando-se ainda, em 1943, pela Faculdade de Filosofia Manuel da Nóbrega, da
Universidade Católica de Pernambuco.
Foi
promotor público em Triunfo (PE), secretário da penitenciária de Itamaracá,
consultor jurídico do antigo Instituto de Aposentadoria e Pensões dos
Bancários (IAPB), secretário da Prefeitura de Recife, secretário do Interior
e Justiça e secretário-geral do governo do estado entre 1955 e 1958, na gestão
do general Osvaldo Cordeiro de Farias, de quem se tornaria íntimo colaborador.
Filiado
ao Partido Libertador (PL), no pleito de outubro de 1958 foi eleito deputado
federal por seu estado com o apoio da Frente Democrática Pernambucana,
coligação que reuniu à sua agremiação o Partido Social Democrático (PSD), o
Partido Democrata Cristão (PDC), o Partido Republicano Trabalhista (PRT) e o
Partido Social Trabalhista (PST). Iniciando o mandato em fevereiro de 1959, a
partir de setembro tornou-se vice-líder do PL na Câmara. Já filiado ao PSD,
entretanto, voltou a concorrer às eleições de 1962, nas quais obteve uma
suplência. Deixou a Câmara em janeiro de 1963 e tornou a ocupar uma cadeira
entre julho e outubro desse ano, período em que foi terceiro-secretário da
mesa. Novamente chamado à Câmara em abril de 1964, com a extinção dos partidos
políticos pelo Ato Institucional nº. 2 (27/10/1965) e a posterior instauração
do bipartidarismo filiou-se à Aliança Renovadora Nacional (Arena).
Participando das comissões de Serviço Público, de Economia e de Constituição e
Justiça, foi ainda escolhido vice-líder da Arena em abril de 1966.
Reeleito
na legenda da Arena nos pleitos de 1966 e de 1970, participou nesse período das
comissões de Segurança Nacional e de Finanças, foi suplente da Comissão de Relações
Exteriores e presidiu o Grupo de Trabalho para o Estudo e a Atualização do
Regimento Interno e Reforma do Processo Legislativo. Tornou a eleger-se em
1974, voltando a participar das comissões de Serviço Público e de Relações
Exteriores - desta última como suplente -, presidindo a Comissão do Polígono
das Secas e atuando como relator parcial da Comissão Especial do Código Civil.
Em
1978 foi novamente reeleito, manifestando-se no ano seguinte a favor da
eleição direta dos prefeitos das capitais e contrário ao adiamento das
eleições municipais de 1980. Com a extinção do bipartidarismo (29/11/1979) e a
conseqüente reformulação partidária, filiou-se ao Partido Democrático Social
(PDS) e voltou a participar como membro efetivo da Comissão de Relações
Exteriores e, como suplente, da de Constituição e Justiça. Em 1981 criticou a
política econômica do governo para o Nordeste e, alinhando-se aos dissidentes
pedessistas, defendeu a candidatura de Djalma Marinho à presidência da Câmara
em oposição à de Nélson Marchezan, apoiada pela maioria da bancada e afinal
vitoriosa.
Nas
eleições de novembro de 1982, candidatou-se à Câmara dos Deputados pelo estado
de Pernambuco na legenda do PDS, obtendo apenas uma suplência.
Afastado
da carreira política, lecionou história das idéias políticas no curso de
pós-graduação da Universidade de Brasília e no Centro de Ensino Unificado de
Brasília. Mais tarde, trabalhou no Ministério do Interior durante a gestão de
Mário Andreazza (1979-1985). Consultor jurídico do governo do Distrito Federal
durante a administração de José Aparecido de Oliveira (1985-1988), foi assessor
especial do Ministério da Cultura quando José Aparecido foi titular da pasta
(1988-1990).
Em
1997, tornou-se presidente da Associação Brasileira dos Ex-Congressistas, cargo
que exercia em fevereiro de 2000.
Casou-se
com Velinda Marback de Azevedo Guedes, com quem teve uma filha.
FONTES:
CÂM. DEP. Anais; CÂM. DEP. Deputados; CÂM. DEP. Deputados
brasileiros. Repertório (1963-1967, 1967-1971, 1971-1975, 1975-1979
e 1979-1983); Globo (12/1 e 22/2/81); INF. BIOG.; Jornal do Brasil (22/3
e 19/9/79; 4/1 e 13/2/81); NÉRI, S. 16; Perfil (1972); Rev. Ciência
Pol.; TRIB. SUP. ELEIT. Dados.