MENDONÇA
JÚNIOR, Antônio Saturnino
*jornalista; dep. fed. AL 1951-1954, 1956 e 1957.
Antônio
Saturnino Mendonça Júnior nasceu no engenho Maranhão, em
Camarajibe, atual Passo de Camarajibe (AL), no dia 8 de março de 1908, filho de
Antônio Saturnino de Mendonça e de Estefânia Braga de Mendonça.
Fez
seus estudos no Colégio Camarajibano, no Educandário 15 de Março e no Ginásio
de Maceió. Ainda estudante, foi redator do Jornal de Alagoas, no qual,
sob o pseudônimo de Mênio de Altamira, escrevia uma seção diária. Em 1927
matriculou-se na Faculdade de Direito de Recife e no ano seguinte foi nomeado
juiz substituto de Água Branca (AL). Em 1929, após terminar seu período nessa
cidade, passou a ocupar a promotoria pública de Porto Calvo (AL), onde
permaneceu até 1930, sendo então transferido para sua cidade natal, onde foi
designado ainda diretor em comissão do Grupo Escolar Ambrósio Lira.
Transferindo-se
para o Rio de Janeiro, então Distrito Federal, concluiu o curso de direito,
bacharelando-se em março de 1932 pela Faculdade de Direito de Niterói. Partiu
em seguida para Pelotas (RS), onde, além de exercer a advocacia, colaborou em
diversos jornais, entre os quais Opinião Pública, Diário Popular
e O Libertador. Regressou ao Rio de Janeiro ainda em 1932, quando passou
a trabalhar também como redator do Diário da Noite.
Em 1933 deixou o Rio de Janeiro para exercer as funções de
promotor de justiça na comarca de Rio Novo (MG). Nessa localidade foi ainda
professor de geografia e história da Escola Normal. Colaborou na gazeta da
cidade e escreveu também para alguns periódicos de Juiz de Fora (MG). Em 1935,
transferiu-se para a comarca de Carangola (MG), onde fundou o Centro
Carangolense de Letras, do qual foi presidente.
Em
março de 1945, quase no fim do Estado Novo, voltou a Alagoas e foi nomeado
diretor-geral do Departamento de Imprensa e Propaganda do estado, à frente do
qual promoveu diversas atividades culturais, como concursos de reportagens, de
poesia, de contos e de literatura infantil, além de editar uma antologia de
poetas alagoanos e vários discursos e conferências. Depois disso, em Alagoas,
foi diretor do Departamento de Cultura e presidente da Caixa Econômica Federal,
do Centro de Estudos Econômicos e Sociais e do Conselho Regional de Desportos.
No
pleito de outubro de 1950 elegeu-se deputado federal por Alagoas na legenda do
Partido Social Democrático (PSD), assumindo o mandato em fevereiro do ano
seguinte. Deixou a Câmara em julho de 1954 e, no pleito de outubro desse ano,
elegeu-se segundo suplente de deputado federal por seu estado na legenda das
Oposições Coligadas, que reuniam o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), O
Partido Social Progressista (PSP), o Partido Republicano (PR) e o PSD. Voltou a
ocupar uma cadeira na Câmara dos Deputados nos períodos de fevereiro a abril de
1956 e de julho a agosto de 1957.
Professor interino da Faculdade de Direito de Alagoas e
membro do Instituto Histórico, da Associação de Imprensa e do Instituto dos
Advogados do estado, Mendonça Júnior pertenceu ainda à Academia Recifense de
Letras, à Academia Alagoana de Letras e à Sociedade Carioca de Escritores.
Faleceu na cidade do Rio de Janeiro no dia 24 de outubro de
1985.
Era casado com Cloripes Matos de Mendonça, com quem teve
quatro filhos dos quais, Antônio Saturnino de Mendonça Neto, foi deputado
federal por Alagoas de 1979 a 1983 e de 1987 a 1991. Seu primo, Mendonça Braga, foi deputado estadual entre 1947 e 1951 e deputado federal entre 1951 e 1959.
Publicou
O que eu queria dizer ao seu ouvido (poemas, 1946), Imagens de
Alagoas (ensaio) e Os Mendonças, e assinou diversas crônicas no Jornal
da Província e no Jornal de Alagoas.
FONTES: CÂM. DEP. Deputados;
CÂM. DEP. Deputados brasileiros (1979-1983); CÂM. DEP.
Relação dos dep.; CISNEIROS, A. Parlamentares; COUTINHO, A. Brasil;
Jornal do Brasil (25/10/85); MORAIS, T. Resumo; SOC. BRAS.
EXPANSÃO COMERCIAL. Quem; TRIB. SUP. ELEIT. Dados (2 e 3).