GÓIS, AROLDO
GÓIS,
Aroldo
*dep. fed. AP 1991-1995.
Aroldo da Graça Sousa Góis nasceu em Almeirim (PA) no dia 17 de maio de 1948, filho de
Enéas de Siqueira Góis e de Íris de Sousa Góis. Seus irmãos foram deputados
estaduais no Pará: Valdez Góis, de 1991 a 1999; e Roberto Góis, de 1995 a 1999, tendo sido reeleito em outubro de 1998 para um segundo mandato.
Diretor do Instituto Nacional de Colonização e Reforma
Agrária (INCRA) no estado do Pará (1969-1972), concluiu o curso técnico de
administração no Colégio Nóbrega, em Belém, em 1972.
Elegeu-se
vereador de Macapá em novembro de 1976 na legenda da Aliança Renovadora
Nacional (Arena), partido de sustentação do regime militar instaurado no país
em abril de 1964. Com a extinção do bipartidarismo em novembro de 1979 e a
conseqüente reestruturação partidária, filiou-se ao Partido Democrático Social
(PDS), sucessor da Arena. Segundo-secretário da Câmara (1981), reelegeu-se em
novembro de 1982. Líder da bancada e presidente da Comissão de Justiça e
Redação, deixou o PDS em 1985, transferindo-se para o Partido Democrático
Trabalhista (PDT). No exercício da presidência da Comissão de Finanças e
Orçamento da Câmara Municipal rejeitou as contas dos últimos prefeitos nomeados
da capital. Presidente do diretório regional do PDT do Amapá (1986-1990),
concorreu à prefeitura de Santana (AP) em outubro de 1988, mas não conseguiu se
eleger.
Eleito
deputado federal em outubro de 1990, assumiu o mandato em fevereiro de 1991.
Titular da Comissão de Agricultura e Política Rural e suplente da Comissão de
Constituição e Justiça e de Redação, na sessão da Câmara dos Deputados de 29 de
setembro de 1992 votou a favor da abertura do processo de impeachment
do presidente Fernando Collor de Melo, acusado de crime de responsabilidade por
ligações com um esquema de corrupção liderado pelo ex-tesoureiro de sua
campanha presidencial Paulo César Farias. Afastado da presidência logo após a
votação na Câmara, Collor renunciou ao mandato em 29 de dezembro de 1992, pouco
antes da conclusão do processo pelo Senado Federal, sendo efetivado na
presidência da República o vice Itamar Franco, que já vinha exercendo o cargo
interinamente desde o dia 2 de outubro.
Durante a legislatura de 1991-1995 Aroldo Góis votou contra o
fim do voto obrigatório.
No pleito de outubro de 1994 candidatou-se à reeleição,
obtendo a segunda suplência. Deixou a Câmara ao término do mandato, em janeiro
de 1995. Em janeiro de 1997 assumiu a Secretaria do Meio Ambiente da Prefeitura
de Santana. Tentou retornar ao Legislativo em outubro de 1998, mas não se
elegeu.
Aroldo Góis fundou uma empresa de consultoria, especializada
em projetos de agropecuária. Integrante de movimentos organizados da Igreja
Católica, participou de encontros de Casais com Cristo e da Pastoral da
Família, engajando-se também no Serviço Cristão, em Brasília, através da Igreja
do Verbo Divino.
Casou-se com Luzia Alba Lima Góis, com quem teve quatro
filhos.
FONTES: CÂM. DEP. Deputados
brasileiros. Repertório (1991-1995, 1995-1999); Globo (30/9/92); INF. BIOG.; Olho no voto/Folha (18/9/94); Perfil
parlamentar/IstoÉ; TRIB. SUP. ELEIT. Relação (1998).