BITTAR,
Jorge
*
dep. fed. RJ 1999 e 2000-
Jorge
Ricardo Bittar nasceu em Santos (SP) no dia 25 de outubro
de 1948, filho de Jorge Bittar e de
Laura Lopes Bittar.
Fez os primeiros estudos no Grupo
Escolar Dr. Dino Bueno e no Colégio Santista, ambos em sua cidade natal. Em
1971 concluiu o curso de engenharia eletrônica no Instituto Tecnológico da
Aeronáutica (ITA), em São José dos Campos (SP).
No
ano seguinte, aprovado em concurso, tornou-se funcionário da Empresa Brasileira
de Telecomunicações (Embratel), à época estatal, sediada no Rio de Janeiro,
onde permaneceria por 22 anos. De 1976 a 1977 foi aluno do Programa de
Pós-Graduação em Engenharia de Sistemas do Instituto Alberto Luiz Coimbra de
Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia, da Universidade Federal do Rio de
Janeiro (COPPE/UFRJ), mas não concluiu o curso.
Em 1980, em pleno processo de redemocratização do país e de
retorno ao pluripartidarismo, ingressou no Partido dos Trabalhadores (PT), que
ajudou a fundar no estado do Rio de Janeiro. No mesmo ano, foi eleito
presidente do Sindicato dos Engenheiros do Rio de Janeiro, cargo ao qual foi
reconduzido em 1983 e que exerceu por mais três anos. De 1987 a 1990 foi
diretor da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE).
Nas eleições de novembro de 1988 concorreu à prefeitura da
cidade do Rio de Janeiro na legenda do PT, mas foi derrotado por Marcelo
Alencar, do Partido Democrático Trabalhista (PDT). No ano seguinte tornou-se
presidente do diretório regional do PT do Rio de Janeiro, cargo que exerceria
até 1991. No pleito de outubro de 1990 disputou o governo do estado do Rio de
Janeiro e, mais uma vez, não foi eleito. Dois anos mais tarde, candidatou-se a
vereador na cidade do Rio de Janeiro na legenda petista e foi eleito como o
mais votado do Brasil, tendo somado mais de 125 mil votos. Assumiu sua cadeira
na Câmara dos Vereadores em janeiro de 1993.
Nas eleições de outubro de 1994 voltou a concorrer ao
governo do estado do Rio na legenda do PT, e foi novamente derrotado por
Marcelo Alencar, agora no Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB).
Reeleito vereador em outubro de 1996, ao longo de seus dois mandatos na Câmara
Municipal do Rio de Janeiro foi membro titular e presidente da Comissão de
Finanças, Orçamento e Fiscalização Financeira. Em 1997 passou a integrar o
diretório nacional do PT.
Nas eleições de 1998 conquistou uma vaga na Câmara dos
Deputados. Renunciou então ao mandato de vereador em janeiro de 1999 para
assumir sua cadeira no Legislativo federal em fevereiro. No dia seguinte à sua
posse, contudo, licenciou-se do mandato para assumir a Secretaria de
Planejamento do Estado do Rio, nomeado pelo governador Anthony Garotinho, do
PDT (1999-2003). Sua cadeira na Câmara dos Deputados foi ocupada pelo suplente
Antônio Carlos Biscaia. Em sua gestão no Planejamento, implantou no estado o
Orçamento Participativo, experiência de gestão participativa dos recursos
públicos iniciada pelas administrações petistas na prefeitura de Porto Alegre.
Permaneceu na secretaria até abril de 2000, quando o PT rompeu a aliança com o
PDT no Rio de Janeiro e decidiu deixar os cargos ocupados no governo Garotinho.
De volta à Câmara, assumiu paralelamente a coordenação da
campanha de Benedita da Silva, também do PT, que em outubro de 2000 disputou a
prefeitura do Rio de Janeiro e foi derrotada por César Maia, do Partido da
Frente Liberal (PFL). Como membro da Comissão Mista de Planos, Orçamentos
Públicos e Fiscalização, participou ativamente das discussões em torno da
aprovação do Orçamento da União para o ano de 2002. Em outra frente, integrou
a comissão responsável pela elaboração do programa de governo do então
candidato do PT Luís Inácio Lula da Silva, que nas eleições de outubro de 2002
foi eleito presidente da República. Nesse mesmo pleito foi reeleito deputado
federal pelo estado do Rio de Janeiro na legenda petista.
Ao
iniciar novo mandato em fevereiro de 2003, participou da Comissão de Ciência e
Tecnologia, Comunicação e Informática e da Comissão de Economia, Indústria e
Comércio. Exerceu ainda as funções de vice-líder e coordenador da bancada do
PT. Ainda em 2003, foi o relator do Orçamento da União para o ano de 2004, e em
maio tornou-se membro titular da Comissão Parlamentar Especial da Reforma
Tributária, encarregada de avaliar o projeto enviado pelo Executivo ao Congresso.
Um dos integrantes da chamada “tropa de choque” do governo, articulou a
proposta de reforma entre as diversas forças políticas e os governos dos
estados. Votou a favor das reformas previdenciária e tributária ainda em 2003 e
apoiou a manutenção da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira
(CPMF) e do dispositivo da Desvinculação das Receitas da União (DRU).
Nas
eleições de outubro de 2004 disputou, pela segunda vez, o cargo de prefeito do
Rio de Janeiro. Terminou em quinto lugar, enquanto César Maia foi reeleito.
Retomou seu mandato na Câmara dos Deputados e, em 2006, participou da Comissão
Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Correios, para apurar o que ficou
conhecido como “escândalo do mensalão” – suposto esquema de compra de votos de
parlamentares da base aliada do governo, capitaneado pelo então ministro da
Casa Civil, José Dirceu, também do PT. Em abril, foi acusado por seu colega de
partido e presidente da CPMI, senador Delcídio Amaral (PT-MS), de tentar
obstruir os trabalhos de conclusão do relatório final, a fim de preservar o
governo de acusações comprometedoras.
No
pleito de outubro de 2006 conquistou pela terceira vez consecutiva uma cadeira
de deputado federal pelo estado do Rio de Janeiro, sempre na legenda do PT.
Iniciando novo mandato em fevereiro de 2007, continuou titular da Comissão de
Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática e foi relator do substitutivo
ao projeto de lei n° 29 sobre o sistema digital na TV por assinatura. Em
janeiro de 2009, licenciou-se do mandato para assumir a Secretaria de Habitação
da Prefeitura do Rio, a convite do prefeito eleito, Eduardo Paes. Sua cadeira
na Câmara dos Deputados foi ocupada pelo suplente Glauber Braga.
Foi
casado, em primeiras núpcias, com Maria Auxiliadora do Carmo, com quem teve
três filhos. Casou-se, em segundas núpcias, com Vera Lúcia
Moreira Bittar, com quem teve uma filha.
Como
organizador e articulista, publicou dois livros sobre as experiências petistas
de governo: O modo petista de governar (1992) e Governos estaduais:
Desafios e avanços (2003).
FONTES: Folha
de S.Paulo (12/4/00, 4/12/01, 27/2/02, 6 e 8/4/06, 6/7/08 e 7/1/09); Portal
Americo.usal.es. Disponível em : <http://americo.usal.es/oir/Elites/curriculums>;
Portal da Câmara dos Deputados. Disponível em : <http://www2.camara.gov.br/deputados>;
Portal do dep. fed. Jorge Bittar. Disponível em : <http://bittar.1331.com.br>; Portal do
PT. Disponível em : <http://www.pt.org.br/portalpt/index.php>;
Portal do TSE. Disponível em : <http://www.tse.gov.br>;
SENGE-RJ.