FRAGOSO, JOÃO CARLOS
BUSTANI, José
Maurício
*diplomata; emb. Bras. Inglaterra 2003-2008; emb. Bras. França 2008-
José
Maurício Bustani
nasceu em Porto Velho no dia 5 de junho de 1945, filho de Maurício José Bustani e Guajá de Figueiredo Bustani.
Ingressou
no curso de preparação à carreira de diplomata do Instituto Rio Branco em 1966,
sendo nomeado terceiro-secretário em novembro de 1967. No mesmo ano, assumiu o
posto de assistente na Secretaria-Geral para Organismos Internacionais. Em
1970, foi enviado para a embaixada
em Moscou e, em 10 de novembro, foi
promovido a segundo-secretário. Em 1973, foi transferido para a embaixada em
Viena, sendo nomeado assistente do Departamento de Organismos Internacionais
dois anos depois.
Em
dezembro de 1976,
foi promovido a primeiro-secretário e assumiu
no ano seguinte posto em missão junto à ONU, em Nova Iorque. Em dezembro de 1979, foi promovido a
conselheiro. Retornou ao Brasil em 1981, quando realizou o curso de altos
estudos do Instituto Rio Branco e escreveu A pesquisa
científica
de Genebra a Caracas, uma ciência
sob suspeita.
Em
junho de 1983,
foi promovido a ministro de
segunda classe e
no ano seguinte
tornou-se ministro-conselheiro na
embaixada brasileira em
Montevidéu. Em
1987, foi removido para Montreal,
onde atuou como cônsul-geral. Em 1992, assumiu a
chefia do Departamento de Política
Tecnológica, Financeira e de Desenvolvimento
do Ministério das Relações Exteriores
e, posteriormente, tornou-se
diretor-geral do Departamento de Organismos Internacionais.
Ministro
de primeira classe em
junho de 1995, dois
anos depois licenciou-se do Imatarati por ter
sido eleito primeiro
diretor-geral da Organização para a Proibição de Armas Químicas
(OPAQ). Esta era uma organização
internacional independente afiliada à
ONU, criada naquele
ano e sediada na Holanda, com
o objetivo de implementar a Convenção sobre a Proibição do Desenvolvimento,
Armazenagem, Produção e Uso de Armas Químicas e sua Destruição. Reeleito
em 2000, por unanimidade, deixou o cargo em abril de 2002. Segundo
a revista Veja,
sua saída deveu-se a
pressões do governo norte-americano, que em março daquele ano propôs, na
reunião do conselho executivo do órgão, uma moção de não-confiança visando a
retirada do diplomata brasileiro. Como
não conseguiram os votos necessários, defenderam a ideia
de uma conferência especial para tratar do assunto. No
final de abril,
Bustani acabou saindo com 48 votos a favor de sua demissão, sete
contra e 43 abstenções. Após
sua destituição, Bustani ocupou provisoriamente o posto de cônsul-geral do
Brasil em Londres.
Ainda
em 2002,
publicou o artigo O
Brasil e a OPAQ: diplomacia e defesa do sistema multilateral sob ataque, em Estudos
Avançados.
Em
2003, tornou-se embaixador do
Brasil na Inglaterra e
em 2008 passou a chefiar a representação diplomática brasileira em Paris.
FONTE:
MIN. REL. EXT. Anuário
(2008); veja.abril.com.br/010502/entrevista.html -
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estadao.com.br/arquivo/.../2003/not20030112p24530.htm -