CALDAS, João
*dep. fed. AL 1999-2007
João Caldas da Silva nasceu em
Ibateguara (AL) em 24 de junho de 1960, filho de Expedito Antônio da Silva e de
Quitéria Oliveira Caldas Barreto.
Estudou na Escola Agrícola de Palmares, em
Pernambuco, de 1974 a 1976. Em 1979 concluiu a Escola Agrotécnica Federal de
Satuba, em Alagoas.
Iniciou sua militância política ainda no secundário
ao filiar-se ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB), partido que se opunha
ao regime militar instaurado em abril de 1964. Com a extinção do bipartidarismo
em novembro de 1979, e a subseqüente reformulação partidária, filiou-se ao
Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB). Em 1981 passou no concurso
de tecnologista do Instituto do Açúcar e do Álcool (IAA), cargo que ocuparia
até 1989. Estudou direito no Centro de Estudos Superiores de Maceió (Cesmac) e
engenharia agrônoma na Universidade Federal de Alagoas (Ufal), porém não
concluiu os cursos.
Em novembro de 1982 e de 1986, elegeu-se vereador
em Ibateguara na legenda do PMDB. Em 1988 foi eleito prefeito da cidade. Deixou
o cargo em 1992 e assumiu a Secretaria de Agricultura do Estado de Alagoas, na
gestão de Geraldo Bulhões (1991-1995). Em 1994 filiou-se ao Partido da
Mobilização Nacional (PMN) e, nas eleições de outubro desse ano, elegeu-se
deputado estadual. Ainda em 1994 tornou-se presidente do regional do PMN.
No pleito de outubro de 1998, elegeu-se deputado
federal por Alagoas na legenda do PMN. Assumiu o mandato em fevereiro de 1999 e
transferiu-se para o Partido Liberal (PL). Em janeiro de 2000, votou a favor da
Lei de Responsabilidade Fiscal, contrariando a orientação do PL. No ano
seguinte, deixou o PL e ingressou no Partido Trabalhista Brasileiro (PTB).
Pouco depois, desligou-se do PTB e filiou-se ao Partido Social Trabalhista
(PST). Ainda em 1999, voltou ao PL. Nesse período, foi tachado pelos jornais
brasileiros como o deputado que mais trocara de partido na Câmara dos
Deputados.
Ausentou-se em 2002 da sessão em que foi aprovada
por ampla maioria de votos a prorrogação até 2004 da Contribuição Provisória
sobre Movimentação Financeira (CPMF). Durante a legislatura, integrou a
Comissão de Agricultura e Política Rural, a Comissão de Economia, Indústria e
Comércio e a Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática.
Também foi suplente da Comissão de Educação, Cultura e Desporto, da Comissão de
Agricultura e Política Rural e da Comissão de Seguridade Social e Família.
Ocupou ainda a vice-presidência da Comissão de Fiscalização Financeira e
Controle.
No pleito de outubro de 2002, foi reeleito deputado
federal por Alagoas na legenda do PL. Iniciando novo mandato em fevereiro de
2003, integrou como titular a Comissão de Minas e Energia e foi suplente da
Comissão de Seguridade Social e Família e da Comissão de Fiscalização
Financeira e Controle. Ainda nessa legislatura, votou a favor da reforma da
previdência e da reforma tributária.
Em setembro de 2005, candidatou-se à presidência da
Câmara dos Deputados, mas desistiu da candidatura antes da eleição. Nesse mesmo
ano, ocupou o cargo de quarto-secretário da mesa diretora da Câmara. Um dos
fundadores da Fundação Quilombo, em 2006 obteve do governo Lula (2003-) a
concessão para o funcionamento de uma TV educativa em Maceió e cinco emissoras
de rádio no interior do estado.
Ainda em 2006, foi investigado pela Comissão
Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Sanguessugas por apresentar emendas
na Câmara para a compra de ambulâncias que foram vendidas a preços
superfaturados. Em outubro de 2006, disputou a reeleição na legenda do PL.
Obteve a maior votação do partido em Alagoas, mas a agremiação não conquistou o
coeficiente eleitoral necessário. Em dezembro, foi citado no relatório final da
CPMI dos Sanguessugas, que recomendou ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar
da Câmara dos Deputados a instauração do processo de cassação do seu mandato
por quebra de decoro parlamentar, sob a acusação de ter recebido 12 pagamentos,
inclusive em sua conta bancária, de nomes envolvidos com a venda de ambulâncias
superfaturadas. Ainda em dezembro, o Conselho de Ética arquivou a recomendação.
Deixou a Câmara ao final da legislatura, em janeiro
de 2007, e mesmo sem mandato continuou residindo em Brasília. Em 2008, foi um dos
coordenadores da campanha do deputado federal Ciro Nogueira para a presidência
da Câmara. Nesse mesmo ano, a Justiça Federal de Alagoas aceitou as duas ações
de improbidade administrativa propostas contra ele pelo Ministério Público
Federal de Alagoas (MPF/AL) em 2006.
No ano de 2010 concorreu ao cargo de Deputado
Federal no Estado de Alagoas pelo Partido da Social Democracia Brasileira
(PSDB). Alcançou a suplência, tendo assumido o mandato de Junho a Outubro de
2012. Neste mesmo mês, participou da fundação do Partido Ecológico Nacional
(PEN) em Alagoas, para o qual migrou.
Casou-se com Eudócia Maria Holanda de Araújo, com
quem teve dois filhos, sendo um deles, João Henrique Caldas, atual deputado
estadual de Alagoas. Sua esposa foi prefeita de Ibateguara de 2005 a 2008.
Alexandra
Toste
FONTES: Jornal do Brasil (10/02/2008); Jornal
Correio Braziliense (08/11/2006
e 15/12/2006); Jornal Estado de S. Paulo
(28/09/2005 e 18/08/2006); Jornal Folha
de S. Paulo (18/06/2006, 20/08/2006, 04/11/2006; 25/02/2007 e 31/05/07); Jornal
Gazeta de Alagoas (05/11/04, 06/11/08);
Jornal O Globo (19/07/2006 e 24/09/2006); Revista
Veja (16/09/2006); Portal da Associação Nacional dos
Delegados de Polícia Federal. Disponível em: <http://www.adpf.org.br>. Acesso em 19/10/2009; Portal da Câmara dos
Deputados. Disponível em <http://www2.camara.leg.br>. Acesso em
04/07/2013; Portal do Jornal Folha de S. Paulo.
Disponível em: <http://www.folhauol.com.br>. Acesso em 12/07/2006; Portal
Jornal Alagoas VIP. Disponível em: <http://www.ejornais.com.br>.
Acesso em 19/10/2008; Portal do Partido Ecológico Nacional.
Disponível em: <http:// www.pen51.org.br/>. Acesso em 10/07/2013; Portal
pessoal do deputado João Caldas. Disponível em: <http://deputadojoaocaldas.com.br/wp>.
Acesso em 04/07/2013; Portal da Revista Veja.
Disponível em: <http://veja.abril.com.br>. Acesso em 21/11/2001; Portal
do Tribunal Superior Eleitoral. Disponível em: <http://www.tse.jus.br>.
Acesso em 04/07/2013.