CAMPELO, João Batista
CAMPELO,
João Batista
*dir.-ger.
DPF 1999.
João Batista Campelo nasceu em 1944.
Profissional de carreira
da Polícia Federal, nas décadas de 1960 e 1970 esteve baseado no Maranhão. Em junho de 1999 foi designado diretor-geral da Polícia Federal, contudo um dia antes de sua
nomeação o Jornal do Brasil publicou uma reportagem em que José Antônio Monteiro o acusava de tê-lo torturado em agosto de 1970, no Maranhão. A notícia havia sido divulgada na época e, de acordo com o Grupo
Tortura Nunca Mais, havia um ofício de sua autoria ao Dops que comprovaria que ele havia acompanhado os interrogatórios de José Antônio Monteiro e usara as informações em seus relatórios para incriminá-lo por
"subversão". O Jornal do Brasil revelou ainda que as torturas foram denunciadas na década de 1970 pelo então presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Agnello Rossi, ao presidente Emílio Garrastazu Médici e que a denúncia de Monteiro havia sido feita na Justiça Militar quando
ainda estava preso. No dia 14 de junho de 1999, Monteiro foi ouvido na Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados e
confirmou sua denúncia. Em razão dessas acusações no dia 18 de junho de 1999, menos de dez dias depois de sua nomeação e três dias após ser empossado, pediu demissão do cargo, ao ser informado pela Casa Militar representada pelo general Alberto
Cardoso, de que sua permanência havia se tornado inviável por requerimento do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), que solicitara seu afastamento.
Fabrício Augusto Souza
Gomes /
Yuri Botelho Calandrino )
FONTE:
Grupo Tortura Nunca Mais.