SALES, Coriolano
*dep. fed. BA 1995-2006.
Coriolano
Sousa Sales nasceu em Santa
Teresinha (BA) em 1º de agosto de 1943, filho de Rosalvo Sales Rodrigues e de
Eufrásia Amaral de Sousa Rodrigues.
Em 1970 formou-se em direito pela
Universidade Federal da Bahia (Ufba) e, três anos depois, tornou-se advogado do
Banco Nacional da Bahia (BNB) e dois anos depois do Banco do Estado da Bahia
S.A. (Baneb), atividades que exerceria até 1982.
Em 1981 filiou-se ao Partido do
Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), pelo qual candidatou-se a Assembleia
Legislativa em novembro do ano seguinte. Eleito, assumiu o mandato no início de
1983, participando dos trabalhos legislativos como vice-líder, presidente da
comissão especial sobre conflitos de terra, relator-geral da Comissão de
Divisão Territorial, relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre o
condomínio Barro Preto e titular das comissões de Justiça, de Redação Final e
de Finanças e Orçamento e das CPIs do Baneb, do endividamento do estado e das
sementes.
Em 1985, tornou-se tesoureiro-geral
do PMDB da Bahia e, em novembro de 1986, foi reeleito. Assumindo o mandato no
início do ano seguinte, participou dos trabalhos legislativos como presidente
da mesa da Assembléia Legislativa e da Assembléia Estadual Constituinte.
Em 1990, ingressou no Partido
Socialista Brasileiro (PSB), pelo qual se candidatou à Assembléia pela terceira
vez, em outubro desse ano. Eleito, assumiu o mandato no início de 1991,
participando dos trabalhos legislativos como líder do partido. Ainda em 1991,
filiou-se ao Partido Democrático Trabalhista (PDT), exercendo o restante do
mandato por essa legenda. Foi líder do partido. Em 1993 tornou-se presidente
regional.
Em outubro do ano seguinte, elegeu-se
deputado federal, tendo como reduto eleitoral Vitória da Conquista. Assumindo o
mandato em fevereiro de 1995, participou dos trabalhos legislativos como
titular da Comissão de Constituição e Justiça.
Em maio seguinte, a comissão aprovou
a admissibilidade de projeto de emenda constitucional de sua autoria que
instituía mandato-tampão para os prefeitos e vereadores eleitos em
outubro/novembro de 1996, com o objetivo da realização de eleições gerais, de
presidente a vereador, com possibilidade de reeleição para prefeito, em outubro
de 1998.
Nas votações das emendas
constitucionais propostas pelo governo Fernando Henrique Cardoso ainda em 1995,
votou de acordo com as teses defendidas pela oposição, manifestando-se
contrariamente à abertura da navegação de cabotagem às embarcações
estrangeiras; à revisão do conceito de empresa nacional; à quebra do monopólio
estatal nas telecomunicações, na exploração do petróleo e na distribuição de
gás canalizado pelos governos estaduais; e à prorrogação do Fundo de
Estabilização Fiscal (FEF), substituto do Fundo Social de Emergência (FSE),
criado na legislatura anterior com o objetivo de financiar o plano de
estabilização econômica do Executivo (Plano Real).
Em julho de 1996, declarou-se
favorável à instituição da Contribuição Provisória sobre Movimentação
Financeira (CPMF), que sucedeu ao Imposto Provisório sobre Movimentação
Financeira (IPMF), criado para aumentar a arrecadação do Ministério da Saúde.
Em fevereiro de 1997, manifestou-se
contrariamente à emenda que instituiu a possibilidade de reeleição para
prefeitos, governadores e presidente da República e, em novembro seguinte, foi
também contrário ao destaque ao projeto de reforma administrativa do Executivo
que aprovou o fim da estabilidade no serviço público em caso de mau desempenho
do servidor ou toda vez que os gastos com pessoal fossem superiores a 60% da
arrecadação do estado.
Em junho de 1998, esteve ausente da
sessão que aprovou o destaque da reforma da previdência do governo que previa a
adoção de idade mínima como critério de cálculo na concessão das aposentadorias
do setor privado.
Em outubro seguinte, foi reeleito,
iniciando novo mandato em fevereiro de 1999. Em 2000, afastou-se
temporariamente do cargo de para se candidatar à prefeitura de Vitória da
Conquista, tendo obtido a segunda colocação na eleição, vencida por Guilherme
Menezes de Andrade, do Partido dos Trabalhadores (PT).
Nas eleições de 2002, obteve o
seu terceiro mandato como deputado federal, desta vez pela legenda do PMDB. No
ano seguinte, migrou para o Partido da Frente Liberal (PFL). Em 2006, durante o
escândalo da “máfia dos sanguessugas”, que envolveu mais de 70 prefeitos e de
30 deputados num esquema de compra superfaturada de ambulâncias para
municípios, com verbas do orçamento da União, Coriolano Sales teve seu nome
incluído no relatório final da CPI que investigou o caso. No dia 15 de
agosto de 2006, foi o primeiro deputado a renunciar para evitar uma possível
cassação e inelegibilidade em função daquele caso.
Em 2010, tentou retornar à Câmara dos
Deputados, candidatando-se pelo PSDB, porém, não conseguiu se eleger. Deixou a
atividade política desde então.
Teve uma filha.
FONTES: CÂM. DEP. Deputados brasileiros. Repertório
(1995-1999); Jornal Correio da Bahia
(21/03/1998); Jornal Folha de S. Paulo
(10/10/1998 e 02/02/1999); Portal da Câmara dos Deputados. Disponível em:
<http://www.camara.gov.br/CoriolanoSales>. Acesso em 24/08/2009; Portal do Jornal da Mídia.
Disponível em: <http://www.jornaldamidia.com.br>. Acesso em 24/08/2009;
Portal do TSE. Disponível em: <http://www.tse.jus.br/>. Acesso em
25/06/2013.