COSTA,
Pedro Geraldo
*dep. fed. SP 1979-1983.
Pedro Geraldo Costa nasceu em Bragança Paulista (SP) no dia 22 de junho de 1918, filho de Francisco Costa e de Júlia Brandi
Costa.
Em 1936 transferiu-se para a capital paulista, onde trabalhou
como faxineiro, entregador e vendedor na Livraria Garrot. Estudando à noite,
formou-se em direito pela Universidade de São Paulo.
Jornalista,
trabalhou por pouco tempo na Rádio Record e sob os pseudônimos de Pedro Amigo e
Tio Pedro manteve durante mais de 20 anos um programa diário sobre assuntos
religiosos, Meditação, na Rádio Nacional de São Paulo. Participou também de
outro programa de rádio onde dava conselhos às noivas.
Fundador do Partido Democrata Cristão (PDC), no pleito de
outubro de 1955 foi o vereador mais votado da cidade de São Paulo. Em 1957
candidatou-se a vice-prefeito na chapa encabeçada por Francisco Prestes Maia,
numa coligação que reuniu o Partido Republicano (PR), a União Democrática
Nacional (UDN), o Partido Liberal (PL), o Partido Socialista Brasileiro (PSB),
o Partido Trabalhista Nacional (PTN) e o PDC. Derrotado, permaneceu na Câmara
Municipal.
Em
outubro de 1958, sob a legenda do Partido Social Trabalhista (PST),
candidatou-se a vice-governador na chapa de Auro de Moura Andrade, tendo
recebido mais votos do que o candidato a governador, mas perdendo para Carlos Alberto
Alves de Carvalho Pinto, lançado pela coligação PTN-PSB e com o apoio do então
governador de São Paulo, Jânio Quadros.
No
pleito de outubro de 1959 Pedro Geraldo foi reeleito vereador, desta feita pela
legenda do Partido Social Democrático (PSD), e três anos depois tornou-se
deputado estadual.
Tentou conquistar a prefeitura de São Paulo em março de 1965,
perdendo para José Vicente de Faria Lima, candidato da UDN. Com a extinção dos
partidos políticos determinada pelo Ato Institucional nº 2 (27/10/1965) e a
posterior instauração do bipartidarismo, filiou-se à Aliança Renovadora
Nacional (Arena), partido de sustentação do regime militar instaurado no país
desde abril de 1964.
Reeleito deputado estadual em novembro de 1966, conquistou o
seu terceiro mandato em novembro de 1971. Tentando o quarto, em novembro de
1974, não foi bem-sucedido, e deixou a Assembléia ao término da legislatura, em
janeiro do ano seguinte.
Nas
eleições de novembro de 1978 candidatou-se a deputado federal, obtendo uma
suplência. Com a extinção do bipartidarismo em novembro de 1979 e a conseqüente
reformulação partidária, filiou-se ao Partido Democrático Social (PDS),
sucessor da Arena. Assumiu uma cadeira na Câmara em março de 1980 no lugar do
deputado Francisco Rossi, nomeado secretário de Esportes e Turismo do Estado de
São Paulo no governo de Paulo Maluf. Titular da Comissão de Comunicação e
suplente da Comissão de Ciência e Tecnologia, em abril de 1981 apresentou
projeto de lei proibindo o registro de crianças com o nome de Jesus. Ainda
neste mesmo ano assinou a proposta de emenda à Constituição do deputado Bezerra
de Melo (PDS), que propunha a prorrogação dos mandatos de parlamentares e
governadores. Candidato à reeleição em novembro de 1982, foi malsucedido.
Deixou a Câmara em janeiro de 1983.
Transferindo-se para o Partido do Povo Brasileiro (PPB)
disputou a prefeitura de São Paulo nas eleições de novembro de 1985, vencidas
por Jânio Quadros, do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB).
Afastando-se
da vida política, Pedro Geraldo dedicou-se à sua obra assistencial, Quartel do
Povo, e às atividades de radialista e publicitário.
Faleceu na cidade de São Paulo no dia 15 de novembro de 1990.
Era casado com Mildred Milady Moro Costa, com quem teve seis
filhos.
FONTES:
CÂM. DEP. Deputados brasileiros. Repertório (1979-1983); CURRIC. BIOG.; Folha
de S. Paulo (12/11/82, 15/11/85); INF. FAM.; Jornal do Brasil (22/4
e 15/5/81); Veja (1/3/78); TRIB. REG. ELEIT. SP.