CRUZ, Paulo Kruger da
Cunha
*militar;
rev. 1924; Col. Prestes
Paulo Kruger da Cunha Cruz
nasceu no dia 5 de setembro de 1898, filho de José Francisco da Cunha Cruz.
Sentou praça em 1916 ingressando na Escola Militar do
Realengo, no Rio de Janeiro, então Distrito Federal. Em 1920 foi promovido a
segundo-tenente da arma de engenharia, sendo transferido para Lorena (SP), onde
serviu na aviação militar. Em janeiro de 1921 recebeu a patente de
primeiro-tenente e em novembro de 1922, a de capitão. Em 1923 foi declarado desertor com base no artigo 117 do Código Penal Militar.
Em
outubro de 1924, participou do levante promovido por algumas unidades militares
gaúchas sob a coordenação do capitão Luís Carlos Prestes. Junto com seus
companheiros, uniu-se em abril do ano seguinte aos revolucionários paulistas
que, depois de ocupar São Paulo durante três semanas em julho de 1924,
haviam-se retirado para o interior. Dessa junção resultou a Coluna Miguel
Costa-Prestes, cujo comando geral foi entregue a Miguel Costa. Na coluna,
Kruger integrou inicialmente o Estado-Maior da Brigada Rio Grande, comandada
por Luís Carlos Prestes. Quando este assumiu a chefia do Estado-Maior da
coluna, secundado por Juarez Távora, manteve-se como seu assistente. Em
novembro de 1925, quando fazia o levantamento da cidade maranhense de Grajaú,
onde os revolucionários pretendiam instalar a sede de um governo rebelde, foi
preso e posteriormente levado para o 1º Regimento de Cavalaria Divisionária, no
Rio de Janeiro.
Absolvido
em 1927 em seção do Conselho da Justiça Militar, Kruger reintegrou-se ao
Exército. Nesse mesmo ano a Coluna Prestes encerrou sua marcha, internando-se
na Bolívia e no Paraguai.
Em
1929, Kruger apresentou-se à 3ª Região Militar, em Porto Alegre, e no ano seguinte cursou a Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais. Em 1931,
prestou serviços à Diretoria de Aviação no Rio de Janeiro. Em 1932, durante a
Revolução Constitucionalista de São Paulo, serviu no destacamento do coronel
Galdino Luís Esteves, ligado às forças policiais mineiras. No ano seguinte,
voltou à Diretoria de Aviação no Rio e em 1934 foi transferido para o Paraná.
Em outubro desse ano foi promovido a major, transferindo-se no ano seguinte
para Itajubá (MG). Em 1936 cursou a Escola de Estado-Maior no Rio e em 1937 foi
transferido para Recife. Serviu em 1938 na Inspetoria Geral do Exército, no
Rio, e em 1939 foi designado para a 5ª Região Militar, em Curitiba.
Promovido a tenente-coronel em março de 1940, nesse mesmo ano
tornou-se diretor da Fábrica de Material de Transmissão, no Rio. Serviu na
Comissão Militar Brasileira nos Estados Unidos de 1942 a 1943. Em junho de 1944 foi promovido a coronel, atuando em 1945 na Diretoria de Material
Bélico, no Rio. Entre 1948 e 1949 participou da comissão de desenvolvimento
industrial da Comissão Mista Brasileira-Americana de Estudos Econômicos, também
conhecida como Missão Abbink.
Em 1952 foi promovido a general-de-brigada, servindo entre
1953 e 1957 na Diretoria de Comunicações. Em 1958 transferiu-se para o
Departamento de Produção e Obras, sendo promovido em 1960 a general-de-divisão. Nesse mesmo ano, atuou na Diretoria de Estudos e Pesquisas Tecnológicas.
Em outubro de 1962 passou para a reserva como
general-de-exército. Em fevereiro de 1963 foi promovido a marechal. Em 1964,
tornou-se presidente do Conselho de Telecomunicações.
FONTES: ARQ. GETÚLIO
VARGAS; BULHÕES, O. Margem; CARNEIRO, G. História; MIN. GUERRA. Almanaque
(1952); SILVA, H. 1926; TÁVORA, J. Vida (1).