DALLANHOL,
Vilmar
*dep. fed. SC 1971-1979.
Vilmar Dallanhol nasceu em Videira (SC) no dia 16 de outubro de 1940, filho de Ernesto Dallanhol e de Josefina
Dallanhol.
Bacharel em direito pela Faculdade de Direito da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em 1963, durante o curso universitário teve
destacada participação no movimento estudantil, tendo presidido o Diretório
Central dos Estudantes da UFSC e a Federação Catarinense de Estudantes.
Assessor
técnico do governo de Santa Catarina em 1962 e 1970, representou seu estado
junto ao Conselho de Desenvolvimento do Extremo Sul (Codesul) de 1963 a 1968, exercendo ainda as funções de assistente técnico do Banco de Desenvolvimento do Estado
de Santa Catarina (Badesc) de 1963 a 1971. Em 1964, recém-formado, começou a
lecionar economia na UFSC.
Tendo participado do I Encontro de Dirigentes de Empresas de
Energia Elétrica, realizado no Rio de Janeiro em 1969, no ano seguinte
tornou-se diretor financeiro das Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc).
Também em 1970 foi designado consultor jurídico do estado. Integrante do Grupo
de Planejamento Global do estado, foi ainda diretor da Companhia Melhoramentos
de Videira e presidente da Metropolitana — Empresa de Shopping Centers S.A.
No
pleito de novembro de 1970, candidatou-se a deputado federal por Santa Catarina
na legenda da Aliança Renovadora Nacional (Arena), partido de sustentação ao
regime militar instalado no país em abril de 1964. Eleito, iniciou o mandato em
fevereiro de 1971. Nessa legislatura, integrou as comissões de Minas e Energia
e de Trabalho e Legislação Social, além de ter sido suplente das comissões de
Economia e Desenvolvimento da Região Sul e de Constituição e Justiça da Câmara
dos Deputados. A partir de abril de 1974, tornou-se um dos vice-líderes de seu
partido na Câmara.
Reeleito
em novembro de 1974, novamente na legenda da Arena, na legislatura iniciada em
1975 permaneceu como membro efetivo da Comissão de Trabalho e Legislação Social
e passou a suplente da Comissão de Minas e Energia da Câmara. No pleito de
novembro de 1978, candidatou-se ao Senado Federal na legenda da Arena, mas foi
derrotado pelo candidato oposicionista Jaison Barreto. Após concluir seu
mandato de deputado federal em janeiro de 1979, foi nomeado em 23 de março conselheiro
do Tribunal de Contas do Estado (TCE) de Santa Catarina.
Em
janeiro de 1980 tornou-se vice-presidente do TCE, e de janeiro de 1982 a janeiro de 1984 foi presidente do órgão. Nesse mesmo ano, deixou a UFSC, passando a lecionar
economia na Faculdade de Educação da Universidade para o Desenvolvimento do
Estado de Santa Catarina (UDESC). Em 1985, após algum tempo afastado da
política, ajudou a fundar o Partido da Frente Liberal (PFL), tornando-se, logo
em seguida, presidente de seu diretório estadual. Também nesse ano, foi nomeado
presidente das Centrais Elétricas Sul do Brasil (Eletrosul), cargo que exerceu até
1987. Três anos mais tarde tornou-se membro do conselho de administração do
Banco Meridional, em 1995 assumiu a Diretoria de Administração e Finanças do
Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) e a partir do ano seguinte
acumulou essa função com a de presidente substituto da instituição. Ainda em
1996 aposentou-se na Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), e em
1999 deixou suas funções no Ibama, passando a dedicar-se à consultoria de
empresas. Não abandonou, contudo, a militância partidária, permanecendo
vinculado ao PFL como membro de seu diretório estadual. Em 2007, acompanhou a
decisão do PFL e ingressou no Democratas (DEM). Foi
também técnico do Departamento de Pesquisa da Federação das Indústrias de Santa
Catarina e vice-diretor da Escola Superior de Administração e Gerência da Udesc.
Casou-se com Olga Maria Broering Dallanhol, com quem teve
duas filhas.
Publicou
Integração do oeste catarinense (1960), A indústria catarinense e seu
financiamento (1962), Programação regional (1964), Financiamento
do desenvolvimento (tese, 1965), Introdução à economia (1966), além
de artigos, discursos e projetos técnico-econômicos.
FONTES:
CÂM. DEP. Deputados; CÂM. DEP. Deputados brasileiros. Repertórios (1971-1975
e 1975-1979); CÂM. DEP. Relação nominal dos senhores; INF. BIOG.;
Jornal do Brasil (15/11/78); NÉRI, S. 16; Perfil (1972); PIAZZA, W. F. Dicionário
político catarinense; Súmulas; TRIB. SUP. ELEIT. Dados (9).