ALVES,
Dário Castro
*diplomata; emb. Bras. Portugal 1979-1983;
emb. Bras. OEA 1983-1989.
Dário Moreira de Castro Alves nasceu em Fortaleza no dia 14 de dezembro de 1927, filho de
Pascoal de Castro Alves e de Maria de Lurdes Moreira de Castro Alves.
Freqüentou
o curso de preparação à carreira de diplomata do Instituto Rio Branco (IRBr) a
partir de 1949, sendo nomeado cônsul de terceira classe em outubro de 1951.
Nesse período, em 1950, formou-se em ciências jurídicas e sociais pela
Faculdade de Direito da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro em
1950. Na Secretaria de Estado das Relações Exteriores (SERE), então funcionando
no palácio Itamarati do Rio de Janeiro, exerceu as funções de auxiliar do
secretário-geral (1952 a 1953) embaixador Vasco Leitão da Cunha e
oficial-de-gabinete do ministro das Relações Exteriores, embaixador Raul
Fernandes (1954).
Promovido a segundo-secretário em janeiro de 1954, foi
auxiliar do chefe do Departamento Econômico e Consular de 1954 a 1955. Nesse último ano foi removido para a Argentina, onde serviu como segundo-secretário na
embaixada em Buenos Aires até 1958, quando foi transferido para a missão junto
à Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova Iorque. Nesse período participou da Comissão da ONU para Estudos da Utilização Pacífica
do Espaço Cósmico (Nova Iorque, 1959), da conferência para constituir o Banco
Interamericano de Desenvolvimento (BID) (Washington, 1959) e da reunião da
Comissão Especial do Conselho da Organização dos Estados Americanos (OEA), Comitê
dos 21 (Bogotá, 1960). Voltou dos Estados Unidos em 1960 para exercer as
funções de oficial-de-gabinete do ministro das Relações Exteriores, embaixador
Afonso Arinos de Melo Franco, até 1961. Promovido, nesse ano, a
primeiro-secretário, foi nomeado assessor de imprensa do Ministério das
Relações Exteriores (MRE).
De 1962 a 1964 serviu na embaixada do Brasil em Moscou, na
União Soviética. De volta à SERE, foi subchefe de gabinete do ministro das
Relações Exteriores, embaixador Vasco Leitão da Cunha até 1965. Nomeado nesse
ano cônsul do Brasil em Roma (Itália), lá permaneceu até 1967, ano em que foi
promovido a conselheiro. De volta à SERE, foi, sucessivamente, chefe da Divisão
de Comunicações e Arquivo, chefe substituto do Departamento de Administração e
chefe da Divisão de Pessoal, sendo promovido a ministro de segunda classe em
novembro de 1968. Chefe de gabinete do ministro das Relações Exteriores,
embaixador Mário Gibson Barbosa, de 1969 a 1974, em seguida chefiou o Departamento Geral da Administração (1974-1978). Nessa função, foi secretário-geral da
IX Conferência dos Países da Bacia do Prata (Rio de Janeiro, 1976).
Secretário-geral do MRE (1978) na gestão do embaixador Antônio Azeredo da
Silveira, ocupou interinamente a pasta das Relações Exteriores.
Nomeado embaixador do Brasil em Portugal em 1979,
substituindo Carlos Alberto Fontoura, serviu em Lisboa até 1983. Nesse ano
deixou a capital portuguesa, sendo sucedido por Azeredo da Silveira, enviado a
Washington como embaixador do Brasil junto à OEA. Nessa função, presidiu o
Conselho Permanente da OEA (1984) e chefiou a missão especial do governo
brasileiro aos dez países anglofônicos das Caraíbas, membros da OEA (1988).
Voltou a Portugal em 1990 como cônsul-geral do Brasil com categoria de
embaixador na cidade do Porto, onde trabalhou até sua aposentadoria naquele
mesmo ano. Ainda em 1990, fixou residência em Lisboa, onde trabalhou como
consultor para firma Noronha Advogados.
Foi reconhecido como inventor pelo Departamento de Patentes
dos EUA (Washington, 1987) pela criação de uma embalagem de medicamentos à
prova de violação. A partir de 1989 pronunciou numerosas conferências sobre
literatura, diplomacia, gastronomia e a Comunidade dos Países de Língua
Portuguesa (nos EUA, no Brasil, em Portugal e na Rússia) e tornou-se
colaborador de diversos órgãos de imprensa de Portugal e da Espanha.
Em
outubro de 2009, Dário Castro Alves residia em Fortaleza.
Viúvo
da escritora Diná Silveira de Queirós, casou-se com Rina Bonadies de
Castro Alves.
Publicou,
entre outros, Era Lisboa e chovia (1984), Dinah, caríssima Dinah
(1989), Era Tormes e amanhecia (1992) Era Porto e entardecia
(1995) e
Luso-Brasilidades
nos 500 Anos (2000). Traduzindo diretamente do idioma
russo, lançou em 2006, depois de nove anos de trabalho, a primeira edição em
português do clássico de Aleksandr Pushkin, Eugênio Onegin:um romance em
versos,
FONTES:
INF. BIOG.; MIN. REL. EXT. Anuário
(1983); Portal Cronopios, disponível em http://www.cronopios.com.br/ (acessado em 28/9/09).