GONÇALVES,
Djenal
*const. 1987-1988; dep.
fed. SE 1987-1995.
Djenal Gonçalves Soares nasceu em Canhoba (SE) no dia 12 de novembro de 1942, filho
de José Deodato Soares e de Maria da Conceição Gonçalves Soares.
Médico formado pela Universidade Federal de Sergipe em 1977,
um ano depois tornou-se professor da Faculdade de Medicina. Chefe do
departamento de cirurgia até 1981, e vice-reitor em 1982, no ano seguinte
voltou a lecionar. Durante todo esse período, trabalhou no Instituto Nacional de Assistência Médica da
Previdência Social (Inamps).
Vinculado
aos Franco, tradicional família do estado, em novembro de 1985 candidatou-se a
vice-prefeito de Aracaju, na legenda do Partido Democrático Social (PDS),
concorrendo na chapa encabeçada por Gílton Garcia. Foram derrotados por Jackson
Barreto, do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB).
Nas eleições de novembro de 1986, elegeu-se deputado federal constituinte, iniciando o mandato
em 1º de fevereiro de 1987. Titular da Subcomissão dos Direitos e Garantias
Individuais, da Comissão da Soberania e dos Direitos e Garantias do Homem e da
Mulher, e suplente da Subcomissão do Poder Judiciário e do Ministério Público,
da Comissão da Organização dos Poderes e Sistema de Governo, votou a favor da
pena de morte, do presidencialismo, do mandato de cinco anos para o então
presidente da República José Sarney e da unicidade sindical. Votou contra a limitação dos encargos com a dívida externa, a
proibição do comércio de sangue, a estabilidade no emprego, a jornada semanal
de 40 horas e o turno ininterrupto de seis horas.
Após a promulgação da nova Constituição, em 5 de outubro de
1988, integrou as comissões de Relações Exteriores (1988-1991), de Previdência,
Saúde e Assistência Social (1989-1990) e de Seguridade Social e Família (1990).
Reeleito deputado federal em outubro de 1990, ao longo da
legislatura votou a favor da criação do Fundo Social de Emergência (FSE), da
mudança do conceito de empresa nacional, da criação do Imposto Provisório sobre
Movimentações Financeiras (IPMF) e contra o fim do voto obrigatório.
Na
sessão da Câmara dos Deputados de 29 de setembro de 1992, votou a favor da
abertura do processo de impeachment
do presidente Fernando Collor de Melo, acusado de crime de responsabilidade por
ligações com um esquema de corrupção liderado pelo ex-tesoureiro de sua
campanha presidencial,
Paulo César Farias. Afastado da presidência logo após a votação na Câmara,
Collor renunciou ao mandato em 29 de dezembro de 1992, pouco antes da conclusão
do processo pelo Senado Federal, sendo efetivado na presidência da República o
vice Itamar Franco, que já vinha exercendo o cargo interinamente desde o dia 2
de outubro.
Filiado
ao Partido da Social-Democracia
Brasileira (PSDB), tentou reeleger-se em outubro de 1994, obtendo uma
suplência. Deixou a Câmara dos Deputados ao término do mandato, em janeiro de
1995. Em fevereiro,
assumiu a representação do estado de Sergipe em Brasília, cargo que manteve até
dezembro de 1997, quando voltou a exercer a medicina.
Nas eleições de outubro de 1998, ainda pela legenda do PSDB,
disputou um novo período na Câmara dos Deputados, mas não conseguiu se eleger.
Permaneceu no Legislativo federal até o fim de janeiro de 1999, quando se
encerraram o seu mandato e a legislatura.
No
pleito de
2002,
candidatou-se a
deputado federal pelo Partido da Frente Liberal (PFL) e obteve
uma suplência. No ano
seguinte,
tornou-se secretário de governo de João Alves Filho (PFL),
ocupando o cargo de secretário-chefe do Escritório
de Representação do Governo de Sergipe em Brasília.
Casou-se com Telma Maria Leite Soares, com quem teve três
filhos.
FONTES:
ASSEMB. NAC. CONST. Repertório
(1987-1988); CÂM. DEP. Deputados
brasileiros. Repertório
(1991-1995 e 1995-1999); COELHO, J. & OLIVEIRA, A. Nova; Globo
(30/9/92); INF. BIOG.; Olho
no voto/Folha
de S. Paulo
(18/9/94); <www.tse.gov.br>.