FONSECA,
Mário Tancredo Borges da
*diplomata; emb. Bras. Paraguai 1968-1970.
Mário Tancredo Borges da Fonseca nasceu em Salto, no Uruguai, no dia 24 de agosto de 1912,
filho do diplomata brasileiro Landulfo Borges da Fonseca e de Alcina Borges da
Fonseca.
Passou a fase inicial de sua infância em Cardiff, no País de
Gales, e em 1915 mudou-se para Barcelona, na Espanha, onde seu pai serviu por
seis anos. Em 1921 transferiu-se com a família para Portugal, aí prosseguindo
os estudos e bacharelando-se mais tarde pela Faculdade de Direito da
Universidade de Lisboa. Posteriormente fixou-se no Brasil e ingressou na
carreira diplomática, tornando-se cônsul de terceira classe em 1940.
Em 1942 foi nomeado assessor da delegação do Brasil à III
Reunião de Consulta dos Ministros das Relações Exteriores das Repúblicas
Americanas, realizada no Rio de Janeiro, então Distrito Federal. Transferido
para Nova Orleans, nos Estados Unidos, foi vice-cônsul de 1943 a 1945, quando passou a encarregado do consulado brasileiro na mesma cidade. Promovido a
segundo-secretário ainda em 1945, foi removido para a Espanha, onde exerceu as
funções de cônsul em Málaga, em 1946, e em Cádiz, de 1946 a 1950.
Em 1950 foi nomeado secretário da delegação do Brasil à I
Reunião do Conselho Interamericano de Jurisconsultos, realizada no Rio de
Janeiro. No mesmo ano foi designado chefe-substituto da Divisão de Pessoal do
Ministério das Relações Exteriores e, em 1951, secretário do chefe da Divisão
de Pessoal, passando em seguida a auxiliar do secretário-geral do Itamarati. Ainda
em 1951, participou da comissão para o estudo da organização, condições, normas
e métodos de trabalho das unidades administrativas do ministério e
representou-o no II Congresso Brasileiro de Organização Científica, em São Paulo.
Designado
cônsul-adjunto em Buenos Aires, ocupou o cargo de 1952 a 1953, quando foi promovido a primeiro-secretário. Ainda nessa cidade, foi encarregado do
consulado geral de 1953 a 1956 e primeiro-secretário da embaixada a partir de
1956. Em 1957 foi designado secretário-geral da delegação do Brasil à
Conferência Econômica da Organização dos Estados Americanos (OEA), realizada em Buenos Aires. Membro da missão especial brasileira às solenidades de posse do presidente da
Argentina, Arturo Frondizi em 1958, foi designado nesse mesmo ano encarregado
de negócios em Buenos Aires. A seguir participou da Comissão Mista
Brasil-Argentina, chefiando a seção brasileira em 1959, cargo que acumulou com
a chefia da Divisão Econômica da América. Em 1960 chefiou a seção brasileira da
Comissão Mista Brasil-Uruguai, a Divisão Econômica e missões econômicas
brasileiras à Colômbia, Venezuela, Equador e Argentina. No ano seguinte foi
nomeado chefe da delegação do Brasil à Conferência da Associação
Latino-Americana de Livre Comércio (ALALC) e logo em seguida chefiou uma missão
econômica a Cuba.
Promovido a ministro de segunda classe ainda em 1961, foi
novamente designado para Buenos Aires, onde voltou a chefiar, na qualidade de
substituto, a seção brasileira da Comissão Mista Brasil-Argentina.
Ministro-conselheiro da embaixada brasileira de 1962 a 1964, foi também encarregado de negócios nesse mesmo período. Ainda em 1964, chefiou a
delegação brasileira ao quarto período de sessões do Comitê de Comércio da
Comissão Econômica para a América Latina (CEPAL), em Santiago do Chile, e à III
Reunião do Conselho lnteramericano Econômico e Social (CIES), em Lima, no Peru.
Nomeado secretário-geral adjunto para assuntos econômicos do Itamarati, exerceu
essa função de 1964 a 1966, participando de missões à América Latina, aos
Estados Unidos e à África. Nesse período integrou em 1965 a delegação do Brasil à II Conferência Interamericana Extraordinária (CIE), realizada no Rio de
Janeiro.
Em
1966 foi promovido a ministro de primeira classe e designado chefe do
Departamento de Administração do Itamarati, função que exerceu até março de
1968, quando assumiu o cargo de embaixador do Brasil em Assunção, no Paraguai,
em substituição a Mário Gibson Alves Barbosa. Permaneceu no posto até maio de
1970, quando foi substituído por Lauro Escorel Rodrigues de Morais. Foi nomeado
em seguida secretário-geral-adjunto do Itamarati para assuntos da América,
integrando, ainda em 1970, a delegação brasileira à I e à II assembléias gerais
extraordinárias da OEA, realizadas em Washington, e à IV Reunião de Chanceleres
dos Países da Bacia do Prata, em Assunção. Chefiou em seguida a delegação do Brasil às reuniões das comissões mistas de Comércio e Investimento
Brasil-Paraguai.
Faleceu em Brasília no dia 17 de novembro de 1972.
Foi casado com Maria Helena Borges da Fonseca, com quem teve
um filho e, em segundas núpcias, com Lisete Maia Monteiro Borges da Fonseca.
FONTES: MIN. REL.
EXT. Almanaque; MIN. REL. EXT. Anuário (1964, 1966 e 1971).