GAIDZINSKI, JARVIS
GAIDZINSKI,
Jarvis
*dep. fed. SC 1991-1995.
Jarvis Gaidzinski nasceu em Criciúma (SC) no dia 1º de dezembro de 1938, filho de Maximiliano Gaidzinski e de Otávia
Búrigo Gaidzinski.
Técnico em contabilidade formado pela Escola Técnica de
Comércio de sua cidade natal e diplomado em engenharia cerâmica pela
Universidade de Bolonha, Itália, foi presidente do conselho de administração
das empresas Eliane, de propriedade de sua família, e da Cooperativa de
Eletrificação Rural de Cocal (Cercocal) entre 1965 e 1974.
Iniciou
sua carreira política elegendo-se deputado estadual na legenda do Partido
Democrático Social (PDS) em novembro de 1982. Empossado em fevereiro do ano
seguinte na Assembleia Legislativa de Santa Catarina, foi membro das comissões
de Ciência e Tecnologia, de Agricultura, Economia e Desenvolvimento e de
Finanças, Orçamento e Contas do Estado, e vice-presidente da Comissão de
Viação, Obras Públicas e Comunicações. Atuou como vice-líder da bancada do PDS
na Assembleia Legislativa em 1984 e 1985 e foi primeiro-secretário da mesa em
1986. Em novembro desse ano elegeu-se deputado estadual constituinte. Integrou
as comissões de Redação de Leis, de Defesa do Consumidor, e de Trabalho,
Administração e Serviço Público. Em 1989, desligou-se do PDS e filiou-se ao
Partido Liberal (PL), tornando-se líder da agremiação na Assembleia.
No
pleito de outubro de 1990 elegeu-se deputado federal por Santa Catarina na
legenda do PL. Iniciou o mandato na Câmara dos Deputados em fevereiro de 1991,
tendo deixado, no mês anterior, a Assembléia catarinense. Foi
terceiro-vice-presidente da Comissão de Economia, Indústria e Comércio e
suplente da Comissão de Agricultura e Política Rural. Na sessão de 29 de
setembro de 1992, votou a favor da abertura do processo de impeachment
do presidente Fernando Collor de Melo, acusado de crime de responsabilidade por
ligações com um esquema de corrupção liderado pelo ex-tesoureiro de sua
campanha presidencial, Paulo César Farias. Afastado da presidência após a
votação na Câmara, Collor renunciou ao mandato em 29 de dezembro de 1992, pouco
antes da conclusão do processo pelo Senado, sendo efetivado na presidência da
República o vice Itamar Franco, que já vinha exercendo o cargo interinamente
desde 2 de outubro.
Nas
principais matérias constitucionais apresentadas na Câmara dos Deputados ao
longo da legislatura 1991-1995, faltou à votação da criação do Imposto
Provisório sobre Movimentação Financeira (IPMF), votou contra a criação do
Fundo Social de Emergência (FSE) e a favor do fim do voto obrigatório. Deixando
o PL, filiou-se ao Partido Progressista Reformador (PPR), agremiação criada em
abril de 1993, resultante da fusão do PDS com o Partido Democrata Cristão (PDC).
No pleito de outubro de 1994 candidatou-se à reeleição, mas obteve uma
suplência. Deixou a Câmara em janeiro de 1995, ao fim da legislatura.
Em outubro de 1996 elegeu-se prefeito de Cocal do Sul (SC),
na legenda do Partido Progressista Brasileiro (PPB), agremiação surgida em
agosto de 1995, a partir da fusão do PPR com o Partido Progressista (PP). Esteve
à frente da prefeitura de Cocal do Sul entre 1997 e 2000. Nas eleições de
outubro de 2002, concorreu sem sucesso à indicação do PPB para candidato a
senador, perdendo para Hugo Biehl.
Foi
também piloto comercial. Além disso, foi presidente do Rotary Clube de
Criciúma, diretor da Associação Nacional de Fabricantes de Azulejos e da
Associação Catarinense de Suinocultura, vice-presidente e presidente do
Comerciário Esporte Clube de Criciúma.
Faleceu no dia 22 de setembro de 2002.
Casado com Adélia Tesso Gaidzinski, teve cinco filhos. Um
deles, Jarvis Gaidzinski Filho, foi prefeito de Cocal do Sul a partir de 2005.
FONTES:
CÂM. DEP. Deputados brasileiros. Repertório (1991-1995); PEREIRA,
M. Falecimento; Perfil Parlamentar/Istoé.