GALASSI, Virgílio
*const. 1987-1988;
dep. fed. MG 1987-1991.
Virgílio Galassi nasceu em São Paulo no dia 7 de agosto de 1923, filho de Francisco Galassi e de Blanche Galassi.
Radicado em Minas Gerais, tornou-se fazendeiro. Foi indicado
em 1958 para a presidência do Sindicato Rural de Uberlândia. Em outubro de
1962, elegeu-se vereador na legenda da União Democrática Nacional (UDN).
Empossado em janeiro seguinte, assumiu a presidência da Câmara Municipal.
Com a extinção dos partidos políticos pelo Ato Institucional
nº 2 (AI-2), de 27 de outubro
de 1965, e a instauração do bipartidarismo, filiou-se à Aliança Renovadora
Nacional (Arena), agremiação de apoio ao regime militar instaurado em abril de
1964, após a vitória do movimento político-militar de 31 de março desse ano que
depôs o presidente João Goulart (1961-1964). Encerrou sua primeira experiência
legislativa em dezembro de 1966, ao fim do mandato.
De 1967 a 1969 foi diretor do Instituto Nacional de
Desenvolvimento Agrário (INDA), que se transformaria no Instituto Nacional de
Colonização e Reforma Agrária (INCRA).
Prefeito nomeado de Uberlândia entre 1970 e 1971, em novembro
de 1975 foi eleito diretamente. Após o fim do bipartidarismo, decretado em
novembro de 1979, e a conseqüente reformulação partidária, ingressou no Partido
Democrático Social (PDS), que abrigou a maioria dos remanescentes da extinta
Arena. Em setembro de 1980, em decorrência de emenda aprovada no Congresso,
teve, como os demais prefeitos e vereadores, o mandato prorrogado até janeiro
de 1983.
Em
novembro de 1986, elegeu-se deputado federal constituinte. Foi titular da
Subcomissão da Política Agrícola e Fundiária e de Reforma Agrária da Comissão
da Ordem Econômica.
Dentre as votações mais importantes da Assembléia Nacional
Constituinte (ANC), cuja Carta foi promulgada em 5 de outubro de 1988,
declarou-se favorável à adoção da pena de morte, à legalização do aborto, à
pluralidade sindical e ao mandato de cinco anos para o presidente José Sarney e
votou contrariamente à proposta de limitação do direito de propriedade privada,
à jornada semanal de 40 horas, à instituição do voto facultativo aos 16 anos, à
estatização do sistema financeiro e à manutenção do sistema presidencialista.
Em novembro de 1988, lançado por uma coligação do PDS com o
Partido Democrático Trabalhista (PDT) e o Partido da Frente Liberal (PFL),
candidatou-se novamente à prefeitura de Uberlândia. Eleito com o apoio do
governador Newton Cardoso (1987-1991), renunciou ao mandato de deputado
federal, sendo substituído pelo ex-ministro da Justiça do governo João
Figueiredo (1979-1985), Ibrahim Abi-Ackel. Permaneceu como prefeito até 31 de
dezembro de 1992.
Em outubro de 1996, voltou a se candidatar à prefeitura,
dessa vez na legenda do Partido Progressista Brasileiro (PPB). Realizado o
segundo turno em novembro, derrotou Zaire Rezende, candidato do Partido do
Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), e tomou posse em janeiro de 1997. Em
2000 deixou a prefeitura e passou a atuar nos bastidores da vida política. No
ano de 2006 afastou-se da vida pública e desfiliou-se do Partido Progressista
(PP), ex-PPB.
Como empresário rural, foi por duas gestões vice-presidente
da Federação da Agricultura do Estado de Minas Gerais (FAEMG) e membro do
Conselho da Universidade Federal de Uberlândia.
Faleceu em Uberlândia no dia 3 de janeiro de 2008.
Casado com Maria Luísa Santos Galassi, teve três filhos.
FONTES: ASSEMB. LEGISL.
MG. Dicionário biográfico; ASSEMB. NAC. CONST. Repertório (1987);
Correio de Uberlândia (5/1/08); Folha de S. Paulo (4/1/08); Jornal
do Brasil (17/11/88).