GALVÃO, JOÃO BATISTA FONTES
GALVÃO, João Batista
Fontes
*rev. 1935.
João Batista Fontes Galvão
nasceu em 1902 no Rio Grande do Norte.
Após terminar seus estudos em seu estado natal, passou a
trabalhar como secretário do Colégio Ateneu.
Participou da revolta comunista deflagrada em Natal no dia 23
de novembro de 1935, que envolveu sobretudo cabos, sargentos, operários e
funcionários públicos sob a direção da Aliança Nacional Libertadora (ANL). Com
o controle da capital e de algumas cidades do interior do Estado, João foi
eleito, por aclamação em praça pública, membro da junta governativa provisória constituída
pelos revoltosos, foi designado, após a fuga do governador do Rio Grande do
Norte Rafael Fernandes, ministro da Viação e Obras Públicas. Nesse cargo, que
ocupou por três dias, decretou a gratuidade dos transportes coletivos no
estado, medida que não chegou a ser implantada. O movimento foi derrotado no
dia 27 de novembro por tropas do Exército e das polícias dos estados vizinhos. Rafael Fernandes retornou ao palácio e Galvão, após passar uma semana refugiado no interior do
estado, em Canguaretama, com os demais membros da junta, acabou por se render.
Todos os revoltosos foram enquadrados na Lei de Segurança Nacional e condenados
à prisão.
João Batista Fontes Galvão foi condenado à pena de dez anos
de prisão pelo Tribunal de Segurança Nacional (TSN), no dia 9 de agosto de
1938.
Posto
em liberdade dez meses depois, dirigiu-se para o alto Amazonas, onde trabalhou
com borracha. Posteriormente transferiu-se para a fronteira com a Venezuela,
dedicando-se ali ao comércio. Na década de 1960 retornou a Natal e abriu um
escritório de advocacia.
Foi também jornalista.
FONTES: COSTA, H.
Insurreição; LEVINE, R. Vargas; PACHECO, E. Partido; PESSANHA,
E. Partido; PINHEIRO, P. Estratégias; SEGATTO, J. PCB;
SILVA, H. 1935; VIANA, M. Revolucionários.