PEDROSO, Germano Arnoldi
*militar; comte. 12ª RM
(1990-1994); comte. militar da Amazônia (1994-1998), min. STM (1998-2002)
Germando Arnoldi Pedroso nasceu no Rio de Janeiro (RJ), no dia 27 de junho de 1932, filho
de Orlando Pedroso e Margarida Arnoldi Pedroso.
Realizou os estudos primário e
secundário no colégio Dois de Dezembro na cidade do Rio de Janeiro. No último
ano do ensino médio, em 1950, ingressou na carreira militar, como aluno da
Escola Preparatória de Cadetes de Porto Alegre (RS). Foi
declarado aspirante-a-oficial da arma de Artilharia ao concluir o curso da
Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), em 1953, sendo promovido a
segundo-tenente em março seguinte.
Realizou em seguida o curso básico
de paraquedista e de mestre de salto no Centro de Instrução Paraquedista
General Penha Brasil, concluído em 1956, sendo então promovido a
primeiro-tenente em março de 1956 e a capitão, em agosto de 1958. A partir de
1961 serviu no Núcleo de Divisão Aeroterrestre, precursora da atual Brigada de
Infantaria Paraquedista, e no ano seguinte foi designado para a
secretaria-geral do Conselho de Segurança Nacional (CSN), onde permaneceu até
janeiro de 1962, quando foi transferido para a 21ª Circunscrição do Serviço
Militar, em Recife (PE).
Em 1964 cursou a Escola de Aperfeiçoamento de
Oficiais (EsAO), e a partir de julho deste passou a servir no Grupo Escola de
Artilharia. Poucos meses depois, já em outubro, Pedroso foi nomeado ajudante de
ordens do chefe do Gabinete Militar da Presidência da República, general Ernesto
Geisel, aí permanecendo até janeiro de 1967, após ter sido promovido a major em
dezembro do ano anterior.
Entre 1969 e 1971 Germano Pedroso
realizou o curso de Altos Estudos Militares pela Escola de Comando e
Estado-Maior do Exército (ECEME), requisito indispensável para que pudesse alcançar
os postos mais altos da carreira militar e ocupar posições de comando em
grandes unidades. Dois anos mais tarde, concluiu o curso de operações na selva
pelo Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS), em Manaus (AM), para o qual
foi nomeado comandante em seguida. Também em 1973 participou do curso de Salto
Livre Operacional nos Estados Unidos da América, e foi promovido a
tenente-coronel.
Mesmo não estando mais sob suas ordens,
Germano Pedroso continuou como um dos homens de confiança do general Geisel
quando este se tornou presidente da República (1974-1979), exercendo funções no
gabinete da Presidência. Teve também uma breve passagem pelo Centro de
Informações do Exército (CIE) na década de 1970 e, segundo gravações de
conversas com Geisel, obtidas por Elio Gaspari, o presidente recomendou que
agisse “com inteligência” na eliminação de presos políticos.
Foi promovido a coronel em
dezembro de 1978, ano seguinte, realizou o curso da Escola Superior de Guerra
da França, em Paris, de 1979 a 1981. Já de volta ao Brasil, foi
assistente da 6ª subchefia do Estado-Maior do Exército (EME) de 1984 a 1986,
ano em que obteve sua promoção como general de brigada e foi nomeado diretor de
assistência social do Exército. No ano seguinte, Pedroso assumiu o comando da
Brigada de Infantaria Paraquedista.
Em 1990 Germano Pedroso foi
promovido a general de divisão, assumindo o comando da 12ª Região
Militar, sediada em Manaus, onde permaneceu até 1994. Neste ano, tendo
alcançado o posto mais elevado da carreira, o de general de Exército, assumiu a
vice-chefia do Departamento Geral dos Serviços, em Brasília. Pouco tempo,
contudo, permaneceu na função, pois logo foi nomeado comandante
militar da Amazônia, onde permaneceu de agosto de 1994 a fevereiro de 1998. Durante
a cerimônia de sua posse, disse que sua tarefa era “zelar pela segurança da
área e cooperar com o desenvolvimento da região”.
Em janeiro de 1998, ano em que se
daria pela primeira vez na História Republicana a reeleição de chefes do Poder
Executivo, Germano Pedroso foi nomeado ministro do Superior Tribunal Militar
(STM), pelo presidente Fernando Henrique Cardoso. No Tribunal, participou da
elaboração de normas para avaliação dos juízes auditores substitutos em estágio
probatório (1998); e do acompanhamento de estágio probatório de magistrados
(1999-2002). Integrou ainda o conselho de administração (2000-2002); e conselho
deliberativo do plano de saúde da Justiça Militar da União (2001-2002).
Aposentou-se, por limite de idade,
a 1º de julho de 2002.
Ao longo de sua carreira, recebeu,
entre outras, as seguintes condecorações: medalha Marechal Hermes; medalha do
Serviço Amazônico; Ordem do Mérito Militar; Ordem do Rio Branco; Ordem do
Mérito das Forças Armadas; Ordem do Mérito Judiciário Militar; Ordem do Mérito
Ministério Público Militar; Ordem Nacional do Mérito Francês; Ordem Real
Vitoriana, da Inglaterra; Ordem do Sol Nascente, do Japão; e Ordem do Mérito
Militar, do Paraguai.
Casou-se com Vanda Maria Braga
Pedroso, com quem teve três filhas.
Angélica do Carmo Coitinho
FONTES: Jornal do Brasil (11/08/1994, 05/11/2003 e 07/11/2003); Senado
Federal, mensagem nº 1989, de 1997; Superior
Tribunal Militar. Diretoria de Documentação e Divulgação (Org.) Coletânea de
Informações: Germano Arnoldi Pedrozo. Brasília:
DIDOC, Museu, 2007.