MARCONDES, GÉRSON
MARCONDES, Gérson
*const.
1987-1988; dep. fed. SP 1987-1991.
Gérson
Marcondes Filho nasceu em São Paulo no dia 5 de janeiro de 1951, filho de Gérson Marcondes e de Vera Caldini Marcondes.
Fez seus estudos básicos no Grupo Escolar Carlos Gomes, em São Miguel Paulista (SP) e no Ginásio Estadual Roosevelt Freire, na capital
paulista. Em 1966 ingressou na Escola Técnica de Química Osvaldo Cruz,
concluindo o curso de química industrial em 1968. No ano seguinte iniciou o
curso da Faculdade de Engenharia de Mogi das Cruzes, graduando-se em 1973.
Ocupou vários cargos públicos no período de 1973 a 1986: foi diretor de obras da prefeitura de Itaquaquecetuba (1973-1974), fiscal da
Prefeitura de São Paulo (1976-1977), secretário de Obras de Guarulhos (entre
1977 e 1978) e secretário de Planejamento do mesmo município, no período
1983-1986. Em 1987 assumiu o cargo de engenheiro da Prefeitura de Guarulhos.
Ligado ao governador de São Paulo, Orestes Quércia
(1987-1991), lançou-se candidato a deputado federal constituinte pela legenda
do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) em novembro de 1986.
Durante a campanha, recebeu o apoio financeiro da imobiliária Continental.
Eleito, foi empossado em fevereiro do ano seguinte, quando iniciaram-se os
trabalhos da Assembléia Nacional Constituinte. Participou dos trabalhos como
membro titular da Subcomissão da Questão Urbana e Transporte da Comissão da
Ordem Econômica e suplente da Subcomissão de Orçamento e Fiscalização Financeira
da Comissão do Sistema Tributário.
Nas principais votações pronunciou-se a favor do rompimento
de relações diplomáticas com países com política de discriminação racial, do
mandado de segurança coletivo, do turno ininterrupto de seis horas, do aviso
prévio proporcional e da unicidade sindical. Votou ainda a favor da soberania
popular, do voto aos 16 anos, do presidencialismo, da nacionalização do subsolo
e do mandado de cinco anos para o presidente José Sarney. Colocou-se contra a
pena de morte, a limitação do direito de propriedade privada e a criação de um
fundo de apoio à reforma agrária, além de várias propostas de cunho
trabalhista, como a estabilidade no emprego, a remuneração 50% superior para o
trabalho extra e a jornada semanal de 40 horas. Após a promulgação da nova
Carta Constitucional (5/10/1988), voltou a participar dos trabalhos
legislativos ordinários na Câmara dos Deputados.
Em outubro de 1990, concorreu à reeleição, mas não foi
bem-sucedido. Ao findar a legislatura, em janeiro do ano seguinte, deixou a
Câmara dos Deputados.
Afastando-se
da vida pública, passou a dedicar-se à administração de sua empresa, a
Marcondes Empreendimentos Imobiliários, e de dois colégios que fundou, um na
capital paulista e outro em São Bernardo do Campo (SP).
Casou-se com Marilene Coiado Marcondes, com quem teve dois
filhos.
FONTES: ASSEMB.
NAC. CONST. (1987-1988); COELHO, J. & OLIVEIRA, A. Nova;
Folha de S. Paulo (19/1/87); INF. BIOG.