GOMES, JAIME DE SOUSA
GOMES, Jaime de Sousa
*diplomata; emb.
Bras. Paraguai 1964-1966.
Jaime de Sousa Gomes nasceu
no Rio de Janeiro, então Distrito Federal, no dia 2 de outubro de 1908.
Bacharelou-se em 1931 pela Faculdade de Direito da
Universidade do Rio de Janeiro e em 1932 exerceu a função de suplente de
delegado de polícia no Distrito Federal.
Aprovado em concurso, ingressou na carreira diplomática,
tornando-se em março de 1939 cônsul de terceira classe. Lotado no mês seguinte
no Ministério das Relações Exteriores, assumiu a chefia do Arquivo do Itamarati
em abril de 1941. Em janeiro de 1942 atuou como auxiliar da secretaria geral da
III Reunião de Consulta dos Ministros das Relações Exteriores das Repúblicas
Americanas, realizada no Rio de Janeiro, e de fevereiro a março de 1943 chefiou
interinamente o Serviço de Documentação do Itamarati, sendo promovido em
dezembro a cônsul de segunda classe.
Deixando a chefia do Arquivo do Itamarati em abril de 1944,
ainda nesse ano foi transferido para a Espanha, onde exerceu a função de
segundo-secretário da embaixada brasileira até 1949, quando retornou ao Brasil.
Em setembro de 1950 assumiu a chefia interina da Divisão de Comunicação do
Ministério das Relações Exteriores e, ainda nesse ano tornou-se
oficial-de-gabinete do ministro da Educação e Cultura, Pedro Calmon, sendo
também promovido a primeiro-secretário.
Serviu
como cônsul em Zurique, na Suíça, e 1951 até 1954, quando recebeu o título de
conselheiro. De volta ao Brasil, assumiu em outubro do mesmo ano a chefia da
Seção de Organização do Itamarati, ficando no mês seguinte à disposição do
secretário-geral da Reunião dos Ministros da Fazenda ou Economia dos
Países-Membros da Organização dos Estados Americanos (OEA), realizada em
Petrópolis (RJ). Designado em dezembro seguinte chefe da Divisão Consular do
Itamarati, foi promovido a ministro de segunda classe em 1955.
Em
princípios de 1956 deixou a Divisão Consular para assumir em abril a chefia da
Divisão de Pessoal do Itamarati, tornando-se no mês seguinte membro da comissão
de elaboração do projeto de reestruturação do Ministério das Relações
Exteriores. Em julho do mesmo ano foi escolhido membro da subcomissão de
simplificação desse ministério, sendo em seguida transferido para Copenhague,
na Dinamarca, onde exerceu a função de ministro plenipotenciário entre 1957 e
1958. Neste último ano atuou, de março a outubro, como ministro-conselheiro e
encarregado de negócios da embaixada brasileira em Haia, na Holanda.
Removido para Lisboa em novembro de 1958, aí permaneceu como
cônsul-geral até novembro de 1961, quando retornou ao Brasil e foi designado
para presidir a Comissão de Elaboração do Anteprojeto do Regimento do
Itamarati. Ainda nesse ano assumiu a chefia do Departamento de Assuntos
Jurídicos do ministério e, em junho de 1962, foi escolhido para presidir a
Comissão de Elaboração do Anteprojeto do Regulamento para os Serviços
Diplomático e Consular, tendo integrado também as comissões de Promoções e de
Coordenação do Itamarati. Em 1963 tornou-se membro do grupo de trabalho que
elaborou o subsídio do Ministério das Relações Exteriores ao anteprojeto da
reforma administrativa do serviço público federal.
Em 1964 deixou o Departamento de Assuntos Jurídicos e seguiu
para o Uruguai como enviado especial, sendo promovido a ministro de primeira
classe em julho desse ano. Em outubro seguinte substituiu Mário Palmério como
titular da embaixada do Brasil no Paraguai, função que exerceu até novembro de
1966, quando transmitiu o posto a Mário Gibson Barbosa. De 1967 a 1973 atuou como embaixador do Brasil em Oslo, na Noruega, sendo então aposentado por limite de
idade.
FONTES: CORTÉS, C.
Homens; MACEDO, R. Efemérides; MIN. REL. EXT. Almanaque;
MIN. REL. EXT. Anuário (1966 e 1973).