SALES, Claudino
*dep. fed. CE 1975-1983; 1985
Gonçalo Claudino Sales nasceu em Novo Oriente (CE) no dia 12 de fevereiro de 1922,
filho de Antônio Claudino Sales e de Joana Soares da Silva. Seu sobrinho, José
Almir Claudino Sales, foi prefeito do município cearense de Crateús.
Bacharelou-se em ciências jurídicas e sociais pela Faculdade
de Direito de Belo Horizonte em 1949.
Advogado, funcionário público e pecuarista, iniciou sua vida
política em Cratéus, para onde concorreu como candidato à prefeitura nas eleições
realizadas em 1958 e 1962, sem sucesso. Obteve seu primeiro cargo eletivo no
ano de 1966, quando se candidatou a uma vaga na Assembléia Legislativa do Ceará
(ALCE) pela legenda da Aliança Renovadora Nacional (Arena), partido de
sustentação ao regime militar instalado no país em abril de 1964. Nessa
ocasião, Claudino Sales elegeu-se legislador com 7.872 votos, sexta melhor
votação do estado para a ALCE.
Assumiu sua cadeira em fevereiro de 1967 e a partir desse
ano foi líder adjunto da Arena. De 1968 a 1969, exerceu a função de coordenador
do Grupo de Ação Parlamentar e, entre 1969 e 1970, presidiu a mesa da
Assembléia. Foi reeleito deputado estadual no Ceará em novembro de 1970, mas
licenciou-se em 1971 para assumir o cargo de secretário de Administração do
estado no governo de César Cals, permanecendo nessa função por quatro anos. Em
paralelo à sua gestão como secretário atuou também, durante os anos de 1973 e
1974, como dirigente leonístico, ocupando a Presidência do Conselho Nacional de
Governadores (CNG) do Distrito Múltiplo L- Brasil.
Nas eleições realizadas em novembro de 1974 candidatou-se ao
cargo de deputado federal pela Arena, sendo eleito com 44. 547 votos.
Encerrando seu mandato legislativo em janeiro de 1975, assumiu na cadeira na
Câmara dos Deputados em fevereiro seguinte. No decorrer de 1976 tornou-se
membro efetivo da Comissão Permanente de Constituição e Justiça, além de ter
assumido o cargo de relator-parcial da comissão encarregada do código penal,
função que desempenhou até o ano seguinte, durante o qual passou a integrar a
comissão especial para o código civil.
No ano de 1978 presidiu a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI)
destinada a examinar e avaliar a Superintendência de Desenvolvimento do
Nordeste (Sudene). Reeleito deputado federal nas eleições de novembro, no ano
seguinte tomou posse do seu segundo mandato, no decorrer do qual atuou como vice-líder
da Arena e, mais uma vez, assumiu a função de membro da Comissão de
Constituição e Justiça. Com a extinção do bipartidarismo em 29 de novembro de
1979 e a conseqüente reformulação partidária, tornou-se filiado ao Partido
Democrático Social (PDS).
Em 1980, quando foi eleito vice-lider do PDS assim como do
Bloco Democrático Parlamentar, atuou na CPI destinada a apurar atos de corrupção
praticados por órgãos da administração direta e indireta da União. Nesse mesmo
ano, atuando como observador parlamentar, esteve nos Estados Unidos, onde
participou da IX Sessão Reconvocada da III Conferência das Nações Unidas, e em
Genebra, em virtude da 3º Convenção sobre Direitos do Mar, patrocinada pela
Organização das Nações Unidas (ONU).
Ao longo de 1981 tornou-se membro titular da comissão de
redação da Câmara dos Deputados. Entre junho e outubro de 1982 licenciou-se da
Casa em decorrência de problemas de saúde. No pleito de novembro concorreu a
reeleição, conseguindo apenas uma suplência. Desde então, não mais voltou a
disputar nenhum mandato parlamentar. Em março de 1985 assumiu como suplente na
vaga do deputado Paulo Lustosa, afastando-se em julho do mesmo ano.
Secretário de Administração e em seguida titular da pasta de
Segurança Pública nos dois últimos anos do governo de Luís de Gonzaga Mota
(1983-1987), ocupou a chefia de gabinete do secretário de Governo Sérgio
Machado, durante o primeiro governo de Tasso Jereissati (1987-1991).
Ao longo de sua trajetória profissional, Claudino Sales atuou
também como presidente da Companhia Industrial do Ceará (CDI), e foi procurador
geral do Estado. Aposentou-se pela Assembléia Legislativa cearense.
Faleceu em Fortaleza, no dia 22 de junho de 2009.
Era
casado com Francisca das Chagas Carneiro Sales e teve cinco filhos.
Publicou
Leonismo e desenvolvimento (1973).
Luciana Pinheiro (atualização)
Fontes:
Portal da Assembléia Legislativa do Estado do Ceará (http://www.al.ce.gov.br/;
acessado em 12/08/2009); Portal da Câmara dos Deputados (http://www2.camara.gov.br/; acessado em
12/08/2009); Portal do Jornal Gazeta do Centro-Oeste (http://gazetacrateus.com.br/;
acessado em 12/08/2009); Portal do Jornal O Povo (http://www.opovo.com.br/;
Portal do Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (http://www.tre-ce.gov.br/;
acessado em 12/08/2009);
FONTES: CÂM. DEP. Deputados;
CÂM. DEP. Deputados brasileiros. Repertório (1975-1979); INF. BIOG.;
NÉRI, S. 16; Perfil (1980); TRIB. SUP. ELEIT. Dados (8 e
9).