GRINGS,
Dadeus
*religioso; arceb. Porto Alegre 2001-
Dadeus Grings nasceu em Nova Petrópolis (RS) no dia 7 de setembro de 1936, filho de José Grings e de Maria Margarida Büttenbender Grings. Seu nome foi fruto de um erro de datilografia
em sua certidão de nascimento que deveria ter registrado Tadeu.
Cursou o ensino fundamental na Escola
Paroquial de Nova Petrópolis e o básico no Seminário Menor de São José de
Gravataí (RS). Em 1955, seguiu para Roma e formou-se em filosofia e teologia na
Universidade Gregoriana. Nessa mesma universidade, especializou-se em direito canônico.
Em 1961, foi ordenado
sacerdote. A partir de 1964, assumiu a Igreja de São
Geraldo, em Porto Alegre. Dois anos depois, passou
a lecionar filosofia e teologia no Seminário Maior Nossa Senhora da Conceição,
em Viamão (RS) e pouco
depois no Instituto de Teologia e no Instituto de Pastoral, em Porto Alegre. Em
1970, foi nomeado pároco de São João Vianney e Nossa Senhora de Fátima, em
Viamão.
Por indicação do cardeal Vicente
Scherer, foi trabalhar, em 1981, na Secretaria de Estado do Vaticano, junto ao
papa João Paulo II. De volta ao Brasil, reassumiu as funções de pároco da
diocese de Porto Alegre e integrou também o Tribunal Eclesiástico.
Foi nomeado bispo em janeiro de 1991
pelo papa João Paulo II, assumiu a diocese de São João da Boa Vista, no
interior de São Paulo. Sua ordenação ocorreu em março em celebração presidida por
dom Tomás Vaquero na Catedral Metropolitana de Porto Alegre. Entre os anos de 1995 e 1998, foi membro
da Comissão Episcopal de Doutrina na Conferência Nacional dos Bispos do Brasil
(CNBB) e da Comissão de Acompanhamento dos Formadores dos Seminários (CAFS) em São Paulo.
Em abril de 2000, foi nomeado arcebispo-coadjutor
de Porto Alegre. Nesse
mesmo ano, foi eleito presidente do Regional Sul 3 da CNBB. Em fevereiro de
2001, assumiu a direção da arquidiocese de Porto Alegre, com a renúncia de dom Altamiro
Rossato por limite de idade.
No início de 2002, dom Dadeus Grings lançou uma cartilha de
orientação aos católicos para as eleições presidenciais em que não recomendava
o voto em candidatos “[propagassem] que, em matéria de sexo, não existe certo
ou errado” e que “[incentivassem] invasões de propriedades legitimamente
adquiridas”. Em junho, em encontro com empresários na Federação das Associações
Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul), afirmou que “os padres que [simpatizavam]
com o PT não representam a Igreja”. No final de 2002, dom Dadeus lançou nova
cartilha em que eram feitas críticas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra
(MST).
Em janeiro de 2004, dom Dadeus Grings posicionou-se contra o
que chamou de “limitação da natalidade”. Em agosto de 2004, dom Dadeus mostrou-se
favorável à campanha do desarmamento, resultado da criação do “Estatuto do Desarmamento”,
em 2003.
Em março de 2009, declarou à revista Press &
Advertising que “morreram mais católicos do que judeus no Holocausto, mas
isso não aparece porque os judeus têm a propaganda do mundo”. A declaração
causou grande polêmica e teve grande repercussão na comunidade judaica e nos
meios de comunicação. Tentando contornar a situação, afirmou ao jornal Zero
Hora, que “eu não falei contra o Holocausto, pelo contrário, acho que os
judeus fazem muito bem em lembrar as suas vítimas. É justo. Sofreram uma dor
terrível. O que não acho justo é que se esqueçam todos os demais”.
Foi ainda articulista dos jornais Diário de Notícias, no Correio Rio-grandense de
Caxias do Sul e escreveu também artigos para revistas teológicas. chanceler da Pontifícia Universidade
Católica do Rio Grande do Sul.
Publicou cerca de 30 livros e escreveu em diversos
jornais e revistas desde 1965. Suas principais obras foram; Lógica formal
(1973); Nosso Deus Pai, Filho e Espírito Santo (1974); A Força de
Deus na fraqueza do homem (1975); A vitalidade do cristianismo no século
XX (1978); O solidarismo, a sociedade do futuro (1978); O Deus
brasileiro (1979); Religião e Cristianismo (1981); Para que
viver: o homem e o mundo (1981); Feliz para sempre (1984); Conhecer
a Verdade (1985); A ortopráxis da Igreja (1986); A ortodoxia cristã
(1986); A descoberta científica de Deus (1989); O mistério do
matrimônio (1992); História dialética do cristianismo volume I
(1981) e volume II e III (1994); O homem diante do universo (1995); As
maravilhas do Pe. Donizetti (1996); Oração, fonte de saúde e felicidade
(1998); A Igreja de Cristo para o terceiro milênio (1997); Deus Pai
(1998); Creio na Santíssima Trindade (1999); Casamento, amor e sexo
(2000); A boa nova bíblica – ontem, hoje e sempre (2001); Mateus, o evangelista
da felicidade (2002); Sociedade do futuro entre o limite e a esperança
(2002); A vida humana plena (2003); A evangelização da cidade (2004);
O apostolado urbano (2004); Meu colóquio com Deus (2004).
Bruno Marques
FONTES:
http://br.geocities.com/worth_2001/dadeusgrings.html
(Data de acesso: 17.09.2009); http://www.cnbb.org.br/bispos/visual/index.php?nome=Dadeus%20Gringsv
(Data de acesso: 17.09.2009); http://www.lasalle.edu.br/saojoao/index.php?sistema=sas&acao=verNoticia¬Codigo=417
(Data de acesso: 17.09.2009); http://www.arquidiocesepoa.org.br/link.aspx?id=87
(Data de acesso: 17.09.2009)
http://www.firs.org.br/noticias/firs-lanca-nota-oficial-sobre-comentarios-de-dom-dadeus-grings-.aspx
(Data de acesso: 17.09.2009);
http://www.camarapoa.rs.gov.br/imprensa/diario/2005/10/13/d13dadeus.htm
(Data de acesso: 17.09.2009);
http://www.viomundo.com.br/denuncias/o-revisionismo-historico-de-dom-dadeus/
(Data de acesso: 17.09.2009);
http://www.revistapress.com.br/root/materia_detalhe.asp?mat=186
(Data de acesso: 17.09.2009); http://www.deolhonoestatuto.org.br/index.php?id=264&option=com_content&task=view
(Data de acesso: 17.09.2009).