GUERRA, PAULO (1)
GUERRA, Paulo (1)
*dep. fed. AP 1979-1987; sen. AP 1998-1999.
Paulo Fernando Batista Guerra nasceu em Macapá (AP), no dia 11 de outubro de 1946, filho
de João de Campos Guerra e de Laurinda Batista Guerra.
Formado
em Letras pela Faculdade de Filosofia da Universidade Federal do Pará em 1971,
dois anos depois concluiu a pós-graduação em administração de sistemas
educacionais na Fundação Getulio Vargas, no Rio de Janeiro.
Em
novembro de 1978 elegeu-se deputado federal pelo Amapá, na legenda da Aliança
Renovadora Nacional (Arena), partido de sustentação do regime militar
instaurado no país desde abril de 1964. Com a extinção do bipartidarismo em
novembro de 1979, filiou-se ao Partido Democrático Social (PDS), sucessor da
Arena. Vice-presidente da Comissão do Interior e suplente da Comissão de
Segurança Nacional, rompeu com o então governador nomeado do território do
Amapá, Aníbal Barcelos (1979-1985), ao se opor ao projeto de transformação do
território em estado, alegando que, dessa maneira, o Amapá perderia o auxílio
financeiro do governo federal, que garantia a manutenção da rede de primeiro e
segundo graus e o pagamento do funcionalismo público.
No
pleito de novembro de 1982 foi reeleito, assumindo o mandato em fevereiro do
ano seguinte. Titular da Comissão do Interior e suplente das comissões de
Defesa do Consumidor e de Relações Exteriores, em 1984 elaborou um projeto de
lei que propunha a dispensa da habilitação técnico-profissional para o
exercício da profissão de corretor de seguros.
Ausente da sessão em que a Câmara dos Deputados deixou de
aprovar a emenda Dante de Oliveira, prevendo eleições diretas para presidente
da República — faltaram 22 votos para que fosse levada à apreciação do Senado —
no Colégio Eleitoral, reunido em 15 de janeiro de 1985, Paulo Guerra votou no
candidato oficial do regime, Paulo Maluf, derrotado pelo oposicionista Tancredo
Neves, eleito pela Aliança Democrática, uma união do PMDB com a dissidência do
Partido Democrático Social (PDS) abrigada na Frente Liberal. Doente, Tancredo
Neves não chegou a ser empossado, vindo a falecer em 21 de abril de 1985. Seu
substituto foi o vice José Sarney, que já vinha exercendo o cargo
interinamente, desde 15 de março deste ano.
Ainda
em 1985, Paulo Guerra deixou o PDS e ingressou no Partido do Movimento
Democrático Brasileiro (PMDB). Candidato à reeleição em novembro de 1986,
obteve a segunda suplência, retirando-se da Câmara ao término da legislatura,
em janeiro do ano seguinte.
No pleito de outubro de 1990 concorreu ao Senado como
suplente do eleito José Sarney. Em outubro de 1998 candidatou-se à Assembléia
Legislativa do Estado do Amapá, não logrando êxito. Com o pedido de licença do
senador José Sarney, exerceu o mandato entre outubro de 1998 e janeiro de 1999.
Foi
ainda presidente do diretório regional do PDS do Amapá, professor da Ufpa,
secretário e assessor de planejamento da Secretaria de Educação e Cultura e
governador interino do território do Amapá em diversas oportunidades.
Publicou Plano quadrienal de educação do Território Federal do Amapá (1974-1977) e Projetos sobre recursos humanos e Melhoria da rede física para o ensino de 1º e 2º graus do
Território Federal do Amapá (1974-1978).
Casou-se com Marieta Martins Guerra, com quem teve dois
filhos.
FONTES: CÂM. DEP. Deputados brasileiros. Repertório (1983-1987); Estado de S. Paulo (2/11/82); Globo (26/4/84 e
16/1/85); Jornal do Brasil (6/4/86); TRIB.
SUP. ELEIT. Relação (1998).