GUIMARÃES,
André
*diplomata; emb. Bras.
Bolívia 1992-1995.
André Guimarães nasceu em Haia, na Holanda, no dia 6 de março de 1932, filho do diplomata Mário da Costa Guimarães e de Lília Talavera Guimarães,
adquirindo cidadania brasileira de acordo com o artigo 129, inciso II, da
Constituição de 1946.
Bacharel
em direito pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro,
iniciou a carreira diplomática em 1955, como cônsul de terceira classe,
trabalhando como auxiliar da chefia da Divisão Cultural do Itamarati. Auxiliar
da chefia do Departamento Econômico e Comercial do Itamarati de 1957 a 1960, neste último ano exerceu as funções, entre outras, de chefe da Divisão de Arquivo do
Itamarati. Promovido a segundo secretário em 1961, foi então transferido para a
embaixada brasileira em Washington e, em 1964 ,para Lisboa.
De volta ao Brasil, em 1966 foi promovido a primeiro
secretário, trabalhando como oficial-de-gabinete do então ministro das Relações
Exteriores, Juraci Magalhães. No ano seguinte, foi enviado a Montevidéu para
trabalhar como encarregado de negócios junto à Associação Latino-Americana de
Livre Comércio (ALALC), hoje ALADI. Ainda no Uruguai, chefiou o Setor de
Promoção Comercial da embaixada brasileira de 1969 a 1971, ano em que foi transferido para Milão, como cônsul-adjunto. Permaneceu nesta cidade
italiana até 1973, tendo, entre outras funções, chefiado o setor comercial do
consulado-geral. Naquele ano foi promovido a conselheiro. Regressando ao
Brasil, afastou-se temporariamente da carreira diplomática entre 1975 e 1978,
período em que foi chefe do cerimonial do governo do novo estado do Rio de
Janeiro, unidade administrativa criada naquele ano, fruto da fusão do antigo
estado do Rio e da Guanabara, e que teve como primeiro governador, indicado
pelo governo federal, o almirante Floriano Peixoto Faria Lima.
De
volta ao Ministério das Relações Exteriores, foi promovido a ministro de
segunda classe em 1978 e transferido, no ano seguinte, para Santiago, no Chile,
como cônsul-geral. Em 1982, mais uma vez no Brasil, foi designado consultor de
assuntos internacionais do Estado-Maior das Forças Armadas (EMFA), exercendo
essas atividades até 1983. Chefe da Divisão Especial de Acompanhamento
Orçamentário e Execução Financeira do Ministério das Relações Exteriores de 1984 a 1986, nesse ano foi designado embaixador do Brasil na Indonésia. Ministro de primeira classe
desde 1987, em 1992 deixou Jacarta e assumiu, no mês de julho, a chefia da
representação brasileira na Bolívia, substituindo Luís Orlando Carone Gélio. No
exercício do cargo, deu continuidade às negociações entre os dois países
relativas à construção do gasoduto Brasil-Bolívia, que seria inaugurado em
1999.
Deixou La Paz em 1995 e foi designado embaixador na Hungria
no mesmo ano. Em 1997, encerrada sua missão nesse país do Leste europeu,
aposentou-se.
Passou a atuar na iniciativa privada, passando a integrar a
Comissão de Orientação Prática de Importação e Exportação, órgão da Associação
Comercial do Rio de Janeiro. Tornou-se também curador do Banco da Providência,
entidade ligada à Cúria Metropolitana do Rio de Janeiro.
Em 2009, exercia o cargo de diretor da Câmara de Comércio
Brasil-Paraguai no Rio de Janeiro.
Casou-se com Maria Lúcia Novis Guimarães.
Fontes:
Câmara de Comércio Brasil-Paraguai no Rio de Janeiro; INF. BIOG.;
MIN. REL. EXT. Anuário
(1992).