ITAGIBA,
Marcelo
* dep.
fed. RJ 2007-2011.
Marcelo Zaturansky Nogueira Itagiba nasceu no Rio de Janeiro, então Distrito Federal, no dia 20 de março de 1956, filho de Ivair Nogueira Itagiba e de Dora Voloch
Nogueira Itagiba. Seu pai foi desembargador e prefeito de Macaé (RJ) na década
de 1930.
Estudou
no Colégio Brasileiro de Almeida e em 1979 formou-se em ciências jurídicas e
sociais pela Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro
(UFRJ). Em 1981 concluiu a pós-graduação em ciências políticas na Université René Descartes - Paris V.
Após
graduar-se, foi convidado para trabalhar no escritório de Celso e Paulo
Fontenelle. Em 1983 foi aprovado em concurso para delegado da Polícia Federal
(PF). Sua primeira função na PF foi chefiar a Seção de Fiscalização do Tráfego
Internacional, no Rio de Janeiro. Em seguida, transferido para São Paulo,
esteve à frente da Delegacia de Repressão a Entorpecentes e da Coordenadoria de
Inteligência.
Em
1999, foi convidado pelo ministro da Saúde José Serra (1998-2002) para ser
assessor especial do ministério, em Brasília, onde permaneceu até 2001. Nessa
função, organizou uma unidade de combate à falsificação de medicamentos no
âmbito da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Nesse período foi
também membro
da Comissão Técnica da Secretaria Antidrogas da Casa Militar da Presidência da
República, e gerente geral de Segurança e Investigação da Anvisa. De volta ao
Rio de Janeiro, assumiu, em maio de 2001, a Superintendência Regional da PF. Em meados de 2002, propôs a assinatura de um convênio entre o governo do estado
e o governo federal para o envio de uma “força-tarefa” a fim de combater o
“crime organizado” no Rio, com a participação de policiais federais e das
polícias militar e civil.
Em
2003, afastou-se da PF, filiou-se ao Partido do Movimento Democrático
Brasileiro (PMDB), e tornou-se subsecretário de
Segurança do Estado do Rio de Janeiro. Em julho desse ano, a pedido do titular
da Secretaria de Segurança, Anthony Garotinho, marido da governadora Rosinha Matheus,
passou a exercer as funções de secretário, apesar de formalmente ter
permanecido na subsecretaria até setembro de 2004. Só então assumiu em caráter oficial
a titularidade da pasta. Sua passagem pela
Secretaria de Segurança foi marcada por uma grave onda de violência,
com a ocorrência de diversos confrontos entre traficantes e policiais, ataques
a ônibus, chacinas, aumento dos roubos a turistas, arrastões e assaltos a
condomínios de luxo da Zona Sul do Rio. Implementou uma política de segurança
caracterizada pelo intenso enfrentamento armado do crime organizado, que
definiu como resultado da combinação entre "inteligência, massa e
força".
No primeiro semestre de 2005, solicitou à
PF a abertura de um inquérito para investigar o envolvimento do delegado Álvaro
Lins, então chefe da Polícia Civil do estado do Rio, com a chamada “máfia dos
caça-níqueis”. Como resultado de seu pedido, no ano seguinte a PF e o
Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro apresentaram denúncia que foi
aceita pela Justiça. Ainda em 2006, deixou a Secretaria de Segurança Pública e candidatou-se
a deputado federal. Em julho, envolveu-se em uma investigação realizada pela
Superintendência da PF no Rio de Janeiro contra uma quadrilha que agia dentro
da instituição e favorecia empresários investigados pela Delegacia de Repressão
a Crimes Previdenciários. Até 2009 essas investigações ainda não haviam sido
concluídas.
No
pleito de outubro de 2006 elegeu-se deputado federal pelo Rio de Janeiro na
legenda do PMDB. Assumiu o mandato em fevereiro de 2007, e em setembro, junto com
sete correligionários, votou contra a prorrogação da Contribuição Provisória
sobre Movimentação Financeira (CPMF), contrariando a orientação do seu partido,
integrante da base aliada do governo. Presidiu a Comissão Parlamentar de
Inquérito (CPI) das Escutas Telefônicas, que apurou denúncias de supostas
investigações ilegais praticadas pela Polícia Federal através de “grampos” não
autorizados pela Justiça. Foi também membro titular da CPI de Segurança Pública
e Combate ao Crime Organizado e da Comissão de Constituição e Justiça e de
Cidadania.
Em junho de 2008 foi
derrotado por Eduardo Pais na convenção interna do partido para a escolha do
candidato a prefeito da cidade do Rio no pleito daquele ano. No mesmo ano, durante a Comissão Parlamentar de Inquérito das Milícias, presidida pelo deputado estadual Marcelo Freixo, foi investigado por suposta ligação com milícias. Foi acusado de ter feito campanha na favela Rio das Pedras, em Jacarepaguá, durante sua gestão como secretário de segurança pública, contando com apoio de milicianos que controlavam a região. No relatório final da Comissão foi apontado que a atuação das milícias cresceu expressivamente durante sua gestão como secretário. Rebateu as acusações com uma nota oficial na qual ressaltava que durante sua gestão como secretário combateu a atuação de milícias e que, na sua campanha para deputado federal, adotou lemas e posições francamente contrárias às práticas criminosas de milícias.
No ano seguinte filiou-se ao Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). Ainda em 2009, foi Coordenador da Comissão Externa que acompanhou as Investigações sobre quadrilhas neonazistas e participou também de CPI sobre Violência Urbana e de uma CPI sobre o Sistema Carcerário.
Ao
longo de sua trajetória presidiu a Federação Nacional dos Delegados de Polícia
Federal e o Sindicato dos Delegados de Polícia Federal do Estado do Rio.
Casou-se
com Gabriela Pennacchi Itagiba, com quem teve três filhos.
Publicou
diversos artigos relacionados sobretudo a temas de segurança pública em
importantes jornais do país, como Jornal do Brasil, O Globo e Folha
de S. Paulo.
FONTES:Blog Diário do Rio de Janeiro. Disponível em <http://diariodorio.com>. Acesso em 30/09/2009; Blog Marcelo Itagiba. Disponível em <http://www.marceloitagiba.com>. Acesso em 30/09/2009; Correio Braziliense. Disponível em <http://www. correioweb.com.br>. Acesso em 30/09/2009; Estado de S. Paulo. Disponível em <http://www.estadao.com.br>. Acesso em 13/05/2014; Folha de S.Paulo. Disponível em <http://www1.folha.uol.com.br>. Acesso em 30/09/2009; Globo. Disponível em <http://g1.globo.com>. Acesso em 13/05/2014; IstoÉ. Disponível em <http://www.terra.com.br/istoe>. Acesso em 30/09/2009; IstoÉ Dinheiro. Disponível em <http://www.terra.com.br/istoedinheiro>. Acesso em 30/09/2009; O Dia. Disponível em <http://odia.terra.com.br>. Acesso em 30/09/2009; Portal Americo.usal.es. Disponível em <http://americo.usal.es>. Acesso em 30/09/2009; Portal Correio Web. Disponível em <http://www2.correio web.com.br>. Acesso em 30/09/2009; Portal da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro. Disponível em <http://alerjln1.alerj.rj.gov.br>. Acesso em 30/09/2009; Portal da Câmara dos Deputados. Disponível em <http://www2.camara.gov.br>. Acesso em 30/09/2009-13/05/2014; Portal do Governo do Estado de São Paulo. Disponível em <http://www.saopaulo.sp.gov.br>. Acesso em 30/09/2009; Portal O Globo. Disponível em <http://oglobo.globo.com>. Acesso em 13/05/2014; Portal Noticias Uol. Disponível em <http://noticias.uol.com.br>. Acesso em 13/05/2014; Veja. Disponível em <http://veja.abril.com.br>. Acesso em 30/09/2009