GUERRA,
José Carlos
*
dep. fed. PE 1963-1968.
José
Carlos Estelita Guerra nasceu em Recife no dia 23 de março de
1939, filho de Pio Genésio Guerra e de Jaci Estelita Guerra. Seu pai foi
deputado federal por Pernambuco de 1955 a 1959. Seu irmão, Severino Sérgio
Guerra, foi deputado federal por Pernambuco de 1991 a 1997 e a partir de 1998.
Iniciou
seus estudos superiores na Faculdade Nacional de Direito, no Rio de Janeiro,
então Distrito Federal. De volta a seu estado natal, entre 1958 e 1960 foi
oficial de gabinete dos governadores Otávio Correia de Araújo (1958-1959) e
Cid Sampaio (1959-1962). Em 1961 bacharelou-se pela Faculdade de Direito de
Recife e assumiu o cargo de assessor técnico do governador Cid Sampaio, que
exerceu até 1962.
No pleito de outubro desse ano, elegeu-se deputado
federal por seu estado na legenda da Frente Popular e Democrática, coligação
que reunia a União Democrática Nacional (UDN), partido ao qual se havia
vinculado, e o Partido Social Democrático (PSD). Assumindo seu mandato em
fevereiro de 1963, integrou a Comissão de Economia da Câmara dos Deputados e,
após o movimento político-militar de 1964, com a extinção dos partidos
políticos pelo Ato Institucional nº. 2 (27/10/1965) e a posterior instauração
do bipartidarismo, filiou-se à Aliança Renovadora Nacional (Arena), partido de
sustentação ao regime militar.
Nas
eleições de novembro de 1966, foi reeleito para a Câmara dos Deputados pelo
estado de Pernambuco, já na legenda da Arena, permanecendo na Comissão de
Economia. Em dezembro de 1968, contudo, teve seu mandato cassado e seus
direitos políticos suspensos por dez anos com base no Ato Institucional nº. 5
(13/12/1968), por suas ligações com a Frente Ampla, movimento político encabeçado
por Carlos Lacerda, Juscelino Kubitschek e João Goulart com a finalidade de redemocratizar o país. Por esse motivo, chegou a ser preso.
Diretor
de uma concessionária Fiat em Recife, readquiriu seus direitos políticos em janeiro
de 1979, vindo a filiar-se, em agosto desse ano, ao Movimento Democrático
Brasileiro (MDB). Após a extinção do bipartidarismo ocorrida em 29 de novembro
de 1979 e a conseqüente reformulação partidária filiou-se ao Partido
Democrático Trabalhista (PDT). Em maio de 1982 desistiu de concorrer à Câmara
Federal, concordando com a decisão de seu partido de não disputar cargos
eletivos em Pernambuco na eleição de novembro desse ano e de apoiar o Partido
do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB).
Entre
1983 e 1985, durante o primeiro governo de Leonel Brizola no Rio de Janeiro
(1983-1987) foi diretor do Banco do Estado do Rio de Janeiro para assuntos do
Nordeste. Com a vitória de Jarbas Vasconcelos para a prefeitura de Recife, em
novembro de 1985, e sua posse em janeiro do ano seguinte, Guerra retornou à
capital pernambucana, vindo a ocupar a Secretaria de Transportes.
Afastando-se
do PDT, permaneceu algum tempo sem filiação partidária, ingressando, mais tarde
no PMDB. No segundo mandato de Jarbas Vasconcelos à frente da prefeitura
recifense, foi secretário de Governo. Em outubro de 1994, elegeu-se deputado
estadual pelo PMDB, exercendo o mandato até janeiro de 1999. Por motivo de
doença, não candidatou-se a um novo mandato em outubro do ano anterior.
Casou-se
com Maria da Glória Capanema Guerra, com quem teve uma filha. Seu sogro,
Gustavo Capanema, foi revolucionário de 1930, interventor em Minas Gerais
(1933), ministro da Educação (1934-1945), deputado federal (1961-1970) e
senador (1971-1979).
FONTES:
ARQ. DEP. PESQ. JORNAL DO BRASIL; CÂM. DEP. Deputados; CÂM. DEP. Deputados
brasileiros. Repertório (1946-1967 e 1967-1971); INF. BIOG.; Jornal do
Brasil (2/1 e 27/7/79 e 11/5/82); Veja (12/7/78).