SILVEIRA,
Borges da
*dep. fed. PR 1979-1983, 1983-1987; const.
1987; min. Saúde 1987-1989; dep. fed. PR 1989-1991.
Luís Carlos Borges da Silveira nasceu em Lapa (PR) no dia 21 de abril de 1940, filho de
Darci Borges da Silveira e Maria Helena Kaseker da Silveira.
Chefe de gabinete do departamento de assistência técnica aos
municípios do Paraná entre 1961 e 1964, coordenou, neste período, seminários
regionais de prefeitos e vereadores do estado, além de ter freqüentado o curso
de medicina da Universidade Federal do Paraná (Ufpr), diplomando-se em 1964.
Coordenador do VI Congresso Nacional de Municípios, realizado em Curitiba em
1962, e do I Encontro de Municípios do Paraná, realizado em 1963, concluiu no
ano seguinte curso de pós-graduação em organização e administração sanitária,
também na Ufpr.
Médico-chefe
do VII Distrito Sanitário da Secretaria da Saúde Pública do Paraná entre 1965 e
1970, dirigiu o Hospital Policlínica, localizado em Pato Branco (PR), de 1970 a 1978.
Eleito vice-prefeito de Pato Branco, em novembro de 1976, na
legenda da Aliança Renovadora Nacional (Arena), agremiação política que apoiava
o regime político-militar instaurado no país em abril de 1964, iniciou o
mandato em fevereiro.
Licenciou-se
da prefeitura para concorrer, nas eleições de novembro de 1978, a uma vaga na Câmara dos Deputados. Foi eleito. Com a aprovação, em dezembro de 1979, da nova
Lei Orgânica dos partidos, que extinguiu o bipartidarismo, filiou-se ao Partido
Popular (PP).
Presidente do I Simpósio Nacional de Saúde (1979) e do I
Simpósio sobre Política Sindical (1980), integrou as comissões de Saúde
(1979-1980) e de Trabalho e Legislação Social (1980-1981), além de participar
da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre a indústria farmacêutica
(1979-1980). Vice-presidente da Comissão de Saúde entre 1981 e 1982, integrou-a
como membro titular no biênio 1982-1983. Em fevereiro de 1982, com a
incorporação do PP ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB),
filiou-se a essa agremiação.
Fazendeiro
ligado ao ex-governador Jaime Canet e tendo como base eleitoral os municípios
de Pato Branco e Palmas, concorreu à reeleição em novembro de 1982. Eleito,
iniciou novo mandato em fevereiro do ano seguinte. Na sessão da Câmara dos
Deputados de 25 de abril de 1984, votou a favor da emenda Dante de Oliveira,
que propunha o restabelecimento das eleições diretas para presidente da
República a partir de novembro daquele ano. No Colégio Eleitoral, reunido em 15
de janeiro de 1985 para eleger o sucessor do presidente João Figueiredo, votou
em Tancredo Neves, candidato oposicionista, lançado pela Aliança Democrática,
integrada pelo PMDB e pela Frente Liberal, uma dissidência do PDS, partido
sucessor da Arena. Tancredo Neves derrotou Paulo Maluf, apoiado pelo regime
militar. Contudo, por motivo de doença, Tancredo não chegou a ser empossado na
presidência, vindo a falecer em 21 de abril de 1985. Seu substituto no cargo
foi o vice José Sarney, que já vinha exercendo interinamente o cargo, desde
15 de março daquele ano.
Em 1986, Borges da Silveira foi vice-presidente da Comissão
de Saúde e membro da CPI sobre agrotóxicos.
Eleito
deputado federal constituinte em novembro de 1986, assumiu sua cadeira na
Assembléia Constituinte em 1º de fevereiro do ano seguinte. Titular da
Subcomissão de Saúde, Seguridade e Meio Ambiente e, ainda, da Comissão da Ordem
Social, foi suplente da Subcomissão da Nacionalidade, da Soberania, das
Relações Internacionais e da Comissão dos Direitos e Garantias do Homem e da
Mulher.
No final de outubro de 1987, assumiu o cargo de ministro da
Saúde, substituindo Roberto Santos. Sua vaga na Câmara dos Deputados foi
ocupada por Osvaldo Trevisan. Permaneceu à frente do ministério até janeiro de
1989, quando foi sucedido por Seigo Tsuzuki. De volta à Câmara, nela permaneceu
até janeiro de 1991, ao final da legislatura, não tendo concorrido à reeleição.
No pleito de outubro de 1994, candidatou-se ao Senado na
legenda do Partido Progressista Reformador (PPR), mas não se elegeu. Quatro
anos depois, disputou uma cadeira na Câmara dos Deputados, na legenda do
Partido Progressista Brasileiro (PPB) — agremiação surgida em agosto de 1995 da
fusão do PPR com o Partido Progressista (PP) — e mais uma vez não teve êxito.
Nos anos seguintes, participou do Conselho Administrativo da
Companhia Nacional de Habitação (CONAB) em 1997 e 1998 e dedicou-se às
atividades profissionais e associativas, tendo sido ouvidor-geral da
Universidade Tuiuti do Paraná entre 1997 e 1999 e presidente da Associação de
Amigos do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná no mesmo
período.
Em 1999, em conjunto com outros investidores, Borges da
Silveira tornou-se empresário no ramo educacional, criando e tornando-se
diretor-presidente do Sistema Educacional Eadcon, instituição atuante em 27
estados brasileiros e focada na capacitação através do ensino a distância. A
partir de então, não mais ocupou cargos públicos concentrando-se nas atividades
empresariais no ramo educacional.
Casou-se com Maria Inês Pierin da Silveira, com quem teve
três filhos. Um deles, Leandro Borges da Silveira foi vereador e vice-prefeito
da Lapa, além de ter sido secretário de Desenvolvimento Econômico, Esporte e
Turismo do município enquanto ocupava a vice-prefeitura.
FONTES:
ASSEMB. NAC. CONST. Repertório (1987-1988); Correio Brasiliense
(18/1/87); Folha de S. Paulo (19/1/87); NICOLAU, J. Dados; Entrevista
com Borges da Silveira no Portal NetBabillons (20/02/2002); http://www.eadcon.com.br
(último acesso em: 14/12/2009).