MACHADO,
Guilherme
*dep. fed. MG 1951-1959, 1961-1965, 1966-1971.
Guilherme Machado nasceu
em Guanhães (MG) no dia 22 de maio de 1916, filho de Venâncio Machado e de Sara
Carvalho Machado. Seu irmão, José Machado Sobrinho, foi deputado federal por
Minas Gerais de 1971 a 1979 e de 1983 a 1987.
Guilherme Machado realizou o curso secundário no Colégio
Arnaldo de Belo Horizonte e bacharelou-se, em 1932, em ciências jurídicas e
sociais pela Faculdade de Direito da Universidade de Minas Gerais (UMG), atual
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), tornando-se posteriormente um dos
fundadores e professor da Faculdade de Ciências Econômicas da mesma
universidade. Como advogado, trabalhou em várias comarcas do nordeste de Minas
e na capital, Belo Horizonte, onde também fundou a revista Cidade Luz.
Após o fim do Estado Novo em outubro de 1945, foi um dos
organizadores da seção mineira da União Democrática Nacional (UDN), por cuja
legenda obteve, em janeiro de 1947, uma suplência de deputado à Assembléia
Constituinte do estado, ocupando uma cadeira em março seguinte. No legislativo
estadual, integrou a Comissão Especial de Estudos e Assuntos Econômicos e
Financeiros. No pleito de outubro de 1950 — ano em que também tornou-se
catedrático de ciências das finanças na UFMG —, elegeu-se deputado federal por
Minas Gerais pelo mesmo partido, deixando a Assembléia estadual em janeiro de
1951 e assumindo seu mandato na Câmara no mês seguinte. Durante a legislatura,
presidiu a Comissão de Tomada de Contas. Reeleito em outubro de 1954, exerceu o
cargo de secretário-geral da UDN de 1957 a 1959, durante a presidência de Juraci Magalhães.
Mais uma vez candidato à reeleição no pleito de outubro de
1958, conseguiu apenas uma suplência e, concluindo o mandato anterior em
janeiro de 1959, só voltou a ocupar uma cadeira na Câmara Federal em abril de
1961. Mais uma vez eleito deputado federal pela legenda da UDN em outubro de
1962, fez parte da delegação brasileira à Conferência da União
Interparlamentar, realizada em Lucerna, Suíça, no ano de 1964. Em agosto do ano
seguinte, licenciou-se da Câmara para assumir a Secretaria de Finanças de Minas
Gerais no final do governo de José de Magalhães Pinto. Com a extinção dos
partidos políticos pelo Ato Institucional nº 2 (27/10/1965) e a posterior
instauração do bipartidarismo, filiou-se à Aliança Renovadora Nacional (Arena),
agremiação de apoio ao regime militar instaurado no país em abril de 1964. Pela
nova legenda, foi o primeiro presidente da executiva estadual do partido em
Minas.
Deixou
a Secretaria de Finanças do estado em janeiro de 1966, juntamente com o
governador que encerrava sua gestão, e reassumiu sua cadeira na Câmara. Em
novembro de 1966, reelegeu-se deputado federal por Minas Gerais, pela legenda
arenista, cumprindo integralmente o mandato até janeiro de 1971. Durante sua
passagem pelo Legislativo federal, foi membro das comissões de Economia e
Finanças e de Constituição e Justiça e presidiu a Comissão Permanente do
Distrito Federal e algumas comissões técnicas da Câmara dos Deputados.
Em abril de 1981, aposentou-se da carreira de professor.
Ao longo de sua vida profissional, tornou-se ainda redator da
Revista Forense, foi diretor financeiro da Novacap e membro do Conselho
Administrativo das Centrais Elétricas de Minas Gerais (Cemig).
Faleceu no dia 4 de julho de 1997.
Era casado com Maria Machado.
FONTES: ASSEMB.
LEGISL. MG. Dicionário biográfico; BENEVIDES, M. UDN; CÂM. DEP. Deputados;
CÂM. DEP. Deputados brasileiros. Repertório (1967-1971); CÂM. DEP. Relação
dos dep.; CISNEIROS, A. Parlamentares; IPC. Relação de
parlamentares (1/1/92 a 18/8/98); MACEDO, N. Aspectos; Rev. Arq.
Públ. Mineiro (12/76); TRIB. SUP. ELEIT. Dados (2, 3, 4, 5, 6 e 8).