MACHADO, José
*dep. fed. MG
1971-1979, 1982, 1983-1987.
José Machado Sobrinho nasceu
em Guanhães (MG) no dia 12 de dezembro de 1932, filho do comerciante Venâncio
Machado e de Sara Carvalho Machado. Seu irmão, Guilherme Machado, foi deputado
federal entre 1951 e 1959, 1961 e 1965, e 1966 e 1971.
Cursou
o secundário nos colégios Arnaldo e Afonso Arinos em Belo Horizonte, ingressando posteriormente na Escola Superior de Agricultura e Veterinária de
Viçosa (MG). Não tendo completado o curso, bacharelou-se em 1958 pela Faculdade
de Direito da Universidade de Minas Gerais (UMG), atual Universidade Federal de
Minas Gerais (UFMG). Filiado à União Democrática Nacional (UDN), presidiu o
departamento estudantil do partido.
Após exercer a advocacia em Belo Horizonte, foi subchefe de gabinete do ministro Gabriel Passos, das Minas e Energia, de 1961 a 1962, e chefe de gabinete dos ministros João Mangabeira e Eliezer Batista da Silva, da mesma
pasta, entre 1962 e 1963.
No
pleito de novembro de 1970, elegeu-se deputado federal pelo estado de Minas
Gerais na legenda da Aliança Renovadora Nacional (Arena), partido de apoio ao
regime militar instaurado no país em abril de 1964. Assumindo o mandato em
fevereiro de 1971, participou dos trabalhos da Câmara como suplente da Comissão
de Transportes, Comunicações e Obras Públicas, e, como membro efetivo, da
Comissão de Minas e Energia, da qual foi presidente em 1973. Em novembro de
1974, foi reeleito deputado federal na mesma legenda, participando em 1975 dos
trabalhos da Comissão de Relações Exteriores da Câmara e tornando-se suplente
da Comissão de Minas e Energia. Em 1978, participou como representante do
Congresso Nacional na Reunião Interparlamentar, realizada em Sófia, Bulgária.
Reeleito novamente em novembro desse mesmo ano, em março de
1979 afastou-se da Câmara Federal para assumir o cargo de secretário de
Administração do governo de Minas Gerais na gestão de Francelino Pereira
(1979-1983).
Com a extinção em novembro de 1979 do bipartidarismo e a
conseqüente reorganização partidária, ingressou no Partido Democrático Social
(PDS), agremiação que deu continuidade à antiga Arena, da qual foi membro do
diretório nacional e do diretório municipal de Belo Horizonte. Reassumindo seu
assento na Câmara em 1982, em novembro desse ano voltou a eleger-se deputado
federal, desta feita na legenda do PDS mineiro.
Empossado em fevereiro de 1983, na sessão da Câmara de 25 de
abril de 1984, votou a favor da emenda Dante de Oliveira, que propunha o
restabelecimento das eleições diretas para presidente da República em novembro
seguinte. Constatada a insuficiência de votos para que a emenda fosse submetida
à apreciação do Senado, convocou-se em 15 de janeiro de 1985 o Colégio
Eleitoral. José Machado ajudou a eleger Tancredo Neves, candidato da Aliança
Democrática, coligação do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB)
com a dissidência do PDS abrigada na Frente Liberal, que derrotou Paulo Maluf,
lançado pela legenda pedessista. Acometido por uma grave enfermidade, que o
vitimou em 21 de abril de 1985, Tancredo não chegou a ser empossado na
presidência da República. Substituiu-o no cargo o vice José Sarney, que já
vinha exercendo a chefia interina do Executivo desde 15 de março.
Durante esse mandato, José Machado foi membro da Comissão de
Relações Exteriores. Decidido a não mais disputar cargos eletivos, deixou a
Câmara dos Deputados em janeiro de 1987, ao final da legislatura.
Convidado por Aureliano Chaves, ministro das Minas e Energia
no governo do presidente José Sarney (1985-1990), José Machado tornou-se
assessor especial da pasta. Entre 1993 e 1995, desempenhou a função de diretor
da Petrobras.
Casou-se com Aurora Campos Machado.
FONTES: ASSEMB. LEGISL.
MG. Dicionário biográfico; CÂM. DEP. Deputados; CÂM. DEP. Deputados
brasileiros. Repertório (1971-1975, 1975-1979, 1979-1983 e 1983-1987); CÂM.
DEP. Relação dos dep.; Globo (26/4/84 e 16/1/85); NÉRI, S. 16;
Perfil (1972 e 1980); Rev. Arq. Públ. Mineiro (12/76); TRIB. SUP.
ELEIT. Dados (9).