MARIANO, Maurici
*dep. fed. SP
1991-1995.
Maurici Mariano nasceu
em Santos (SP), no dia 25 de setembro de 1940, filho de Floriberto da Cruz
Mariano e de Maria da Penha e Silva Mariano.
Bacharel em direito pela Faculdade Católica de Santos, em
1963, advogado e empresário, ocupou a chefia de gabinete do prefeito de
Guarujá, em 1964, ano em que se elegeu vereador deste município, pela legenda
do Partido Trabalhista Nacional (PTN).
Com a edição do Ato Institucional nº 2 (27/10/1965) e o
estabelecimento do bipartidarismo, filiou-se ao Movimento Democrático
Brasileiro (MDB), partido de oposição ao regime militar instaurado no país em
abril de 1964. Exerceu o mandato na Câmara de Vereadores até 1969.
Em novembro de 1976 perdeu a eleição para a prefeitura do
Guarujá. Dois anos depois, disputou uma vaga na Assembléia Legislativa de São
Paulo, obtendo a terceira suplência. Com a extinção do bipartidarismo, em
novembro de 1979, filiou-se ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro
(PMDB), sucesssor do MDB. No ano seguinte, assumiu a presidência do diretório
municipal em Guarujá.
Em novembro de 1982 elegeu-se prefeito do Guarujá. Durante o
mandato, que se estendeu até 1986, assumiu a tesouraria da Associação Paulista
de Municípios (APM), cargo que deixou em 1988, ao ser indicado para o diretório
regional do partido.
Em 1990, filiou-se ao Partido da Reconstrução Nacional (PRN)
— legenda que elegera Fernando Collor de Melo à presidência da República no ano
anterior — e em outubro ganhou a eleição para deputado federal. Foi titular da
Comissão de Defesa do Consumidor, Meio Ambiente e Minorias.
Vice-líder do bloco que dava sustentação política ao governo,
integrado também pelo Partido da Frente Liberal (PFL), o Partido Social Cristão
(PSC), o Partido da Mobilização Nacional (PMN) e o Partido Social Trabalhista
(PST), na sessão que a Câmara dos Deputados realizou em 29 de setembro de 1992
votou a favor do impeachment do presidente Fernando Collor de Melo,
acusado de crime de responsabilidade por ligações com um esquema de corrupção
liderado pelo ex-tesoureiro de sua campanha presidencial, Paulo César Farias.
Afastado da presidência logo após a votação na Câmara, Collor renunciou ao
mandato em 29 de dezembro de 1992, pouco antes da conclusão do processo pelo
Senado Federal. Seu substituto foi o vice Itamar Franco, que já vinha exercendo
o cargo interinamente desde o dia 2 de outubro.
Na legislatura de 1991 a 1995, Mariano votou a favor da extinção do voto obrigatório; pela criação do Imposto Provisório sobre
Movimentação Financeira (IPMF), fonte complementar de recursos destinados à
saúde; e pelo Fundo Social de Emergência (FSE), que permitia ao governo gastar
até 20% dos recursos vinculados às áreas de saúde e de educação.
De volta ao PMDB, concorreu à reeleição em outubro de 1994,
sem sucesso. Deixou a Câmara dos Deputados ao término da legislatura, em
janeiro do ano seguinte.
Reconquistou a prefeitura do Guarujá em outubro de 1996, na
legenda do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), e assumiu o mandato em janeiro
do ano seguinte. Em virtude da auditoria que determinou fosse feita nas contas
de seu antecessor, mandou sustar cheques no valor total de 780 mil reais. O
dinheiro, segundo Mariano, destinava-se ao pagamento de empreiteiras, em vez de
servir para o pagamento dos salários atrasados do funcionalismo público
municipal.
Faleceu na capital paulista no dia 19 de julho de 2007.
Casado com Maria Regina Leal Mariano, teve quatro filhas.
FONTES:
CÂM. DEP. Deputados brasileiros. Repertório (1991-1995); Estado de S.
Paulo (2/9/96, 2/1/97); Folha de S. Paulo (9/12/93, 18/9/94,
14/1/96, 3/1/97); Perfil Parlamentar/IstoÉ; Portal da OAB-SP.