MARIZ,
vanderlei
*dep.
fed. RN 1975-1987.
Vigolvino Vanderlei Mariz
nasceu em Caicó (RN) no dia 2 de novembro de 1940, filho de Dinarte de Medeiros
Mariz e de Diva Vanderlei Mariz. Seu bisavô José Bernardes de Medeiros foi
senador e constituinte de 1891. Seu pai foi importante chefe político do
estado, tendo participado das revoluções de 1930 e 1932, sendo senador de 1955 a 1956, governador de 1956 a 1961 e, novamente, senador de 1963 a 1984, sempre pelo Rio Grande do Norte.
Vanderlei
Mariz bacharelou-se em ciências jurídicas e sociais pela Universidade Federal
Fluminense. Apesar de residir no Rio de Janeiro e de ser pouco conhecido em seu
estado natal, elegeu-se em novembro de 1974 deputado federal pelo Rio Grande do
Norte, tendo sido o mais votado na legenda da Aliança Renovadora Nacional
(Arena) — partido de sustentação ao regime militar instalado no país em abril
de 1964 —, graças ao trabalho político desenvolvido por seu pai. Assumindo o
mandato em fevereiro de 1975, participou nesse ano da Comissão de Serviço
Público e foi suplente da Comissão de Fiscalização Financeira e Tomada de
Contas da Câmara Federal. Em 1977 integrou o grupo de deputados que pretendia
lançar a candidatura do então ministro do Exército Sílvio Frota — principal
nome dos setores militares contrários à política de abertura promovida pelo
presidente Ernesto Geisel — à sucessão do próprio Geisel.
No
pleito de novembro de 1978 reelegeu-se deputado federal na legenda da Arena,
iniciando novo mandato em fevereiro do ano seguinte. Com a extinção do
bipartidarismo em 29 de novembro de 1979 e a conseqüente reformulação
partidária, filiou-se à agremiação governista, o Partido Democrático Social
(PDS). Tomou parte, ao longo de toda a legislatura 1979-1982, da Comissão do
Interior, tendo sido suplente da de Fiscalização Financeira e Tomada de Contas
em 1979 e 1981.
No
pleito de novembro de 1982 logrou eleger-se pela terceira vez consecutiva
deputado federal pelo Rio Grande do Norte, desta feita na legenda do PDS. Tomou
assento na Câmara dos Deputados em fevereiro de 1983, assumindo posteriormente
a Comissão de Finanças.
Em 25 de abril
de 1984 não compareceu à votação da emenda Dante de Oliveira, que, apresentada
na Câmara dos Deputados, propôs o restabelecimento das eleições diretas para
presidente da República em novembro daquele ano. Como a emenda não obteve o
número de votos indispensáveis à sua aprovação — faltaram 22 para que o projeto
pudesse ser encaminhado à apreciação pelo Senado Federal —, no Colégio
Eleitoral, reunido em 15 de janeiro de 1985, Vanderlei Mariz votou em Paulo Maluf, candidato do seu partido, derrotado pelo oposicionista Tancredo Neves, lançado
pela Aliança Democrática, uma união do Partido do Movimento Democrático
Brasileiro (PMDB) com a dissidência do PDS abrigada na Frente Liberal. Contudo,
por motivo de doença, Tancredo Neves não chegou a ser empossado na presidência,
vindo a falecer em 21 de abril de 1985. Seu substituto foi o vice-presidente
José Sarney, que já vinha exercendo interinamente o cargo, desde 15 de março
deste ano.
Candidato
derrotado ao Senado constituinte pelo PDS no pleito de novembro de 1986, deixou
a Câmara dos Deputados em janeiro do ano seguinte. Atuou como suplente na
Comissão de Fiscalização Financeira e Tomada de Contas e na Comissão de Finanças.
Em
1987, assumiu o cargo de secretário do Interior e Justiça do governo de Geraldo
Melo (1987-1991), função mantida até o ano seguinte. Em 1989, abandonou a vida
pública, passando a dedicar-se exclusivamente ao exercício da advocacia em
Natal.
Em
novembro de 2003, seu nome constou de uma relação de sócios das emissoras de
rádio e televisão, elaborada pela Secretaria de Serviços de Comunicação
Eletrônica, do Ministério das Comunicações, como um dos sócios da rádio A
Voz do Seridó Ltda.
Na
tentativa de retornar à política, em outubro de 2008 candidatou-se a prefeito
de Caicó pela legenda do Partido Social Democrata Cristão (PSDC), mas foi
derrotado por Rivaldo Costa, do Partido da República (PR).
Em
2009, seu nome integrava a lista dos sócios da Associação Norte-Rio-Grandense
de Criadores (ANORC).
Foi
casado com Elisabete Machado Vieira Mariz, com quem teve três filhos.
FONTES: CÂM. DEP. Deputados;
CÂM. DEP. Deputados brasileiros. Repertório (1975-1979 e
1983-1987); INF. BIOG.; Jornal do Brasil (18/11 e 28/12/74, 15 e 21/
7/75 e 1/7/76); NÉRI, S. 16; Perfil (1980); Tribuna do Norte
(5/10/08); Veja (19/10/77); www.anorc.com.br (Acesso em 26/8/09); www.nominuto.com
(Reportagem publicada em 9/8/08. Acesso em 27/8/09); www.observatorio.ultimosegundo.ig.com.br (Acesso em
26/8/09); www.tse.gov.br
(Acesso em 27/8/09).