MEURER,
Nélson
*dep.
fed. PR 1995-
Nélson
Meurer nasceu em Bom Retiro (SC)
em 23 de julho de 1942, filho de Herculano Meurer e de Adeliria Derner de
Sousa.
Frequentou
até o primeiro grau na Escola Agrícola Assis Brasil em Clevelândia (PR),
afastando-se dos estudos para trabalhar em 1958. Fazendeiro, foi membro da
Aliança Renovadora Nacional (Arena) — partido de sustentação do regime militar
instaurado no país em abril de 1964. Com a extinção do bipartidarismo, em 29 de
novembro de 1979, dois anos depois, filiou-se ao Partido Democrático Social
(PDS), sucessor da Arena. Em outubro de 1988, foi eleito prefeito da cidade de
Francisco Beltrão (PR). Tomou posse em fevereiro de 1989, encerrando o mandato
em dezembro de 1992. Em 1993, deixou o PDS e ingressou no Partido Progressista
(PP). No mesmo ano, assumiu a presidência da Cooperativa de Eletrificação Rural
e do Sindicato Rural de Francisco Beltrão, cidade que se tornou seu reduto
eleitoral no pleito de outubro de 1994, quando elegeu-se deputado federal.
Empossado
em fevereiro de 1995, passou a integrar a Comissão de Agricultura e Política
Rural. Em agosto, filiou-se ao Partido Progressista Brasileiro (PPB), resultado
da fusão do PP com o Partido Progressista Reformador (PPR). Nas votações das
emendas constitucionais propostas pelo presidente Fernando Henrique Cardoso em
1995, votou de acordo com as teses defendidas pelo governo, manifestando-se
favoravelmente à abertura da navegação de cabotagem às embarcações
estrangeiras, à revisão do conceito de empresa nacional, à quebra do monopólio
estatal nas telecomunicações, na exploração do petróleo e na distribuição de
gás canalizado pelos governos estaduais. Votou também a favor da prorrogação do
Fundo de Estabilização Fiscal (FEF), substituto do antigo Fundo Social de
Emergência (FSE), criado na legislatura anterior com o objetivo de financiar o
plano de estabilização econômica do Executivo (Plano Real). Defendeu, em julho
de 1996, a aprovação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira
(CPMF) — antigo Imposto Provisório sobre Movimentação Financeira (IPMF) —,
tributo destinado a aumentar os recursos para a saúde.
Em
fevereiro de 1997, manifestou-se favoravelmente à emenda que instituiu a
reeleição de prefeitos, governadores e presidente da República. Em novembro do
ano seguinte, votou também a favor do destaque ao projeto de reforma
administrativa do governo que possibilitou a demissão no serviço público por
insuficiência de desempenho ou por excesso de gastos com pessoal. Manifestou-se
ainda favoravelmente ao destaque da reforma da Previdência que propôs o limite
de idade mínima como critério para a concessão de aposentadorias na iniciativa
privada.
Em
outubro de 1998, Nélson Meurer reelegeu-se à Câmara dos Deputados pelo PPB.
Assumindo o novo mandato em fevereiro do ano seguinte, nessa legislatura foi vice-líder
do PPB e membro da Comissão dos Precatórios e da Comissão de Agricultura e
Política Rural. Votou ainda a favor da extinção dos juízes classistas, da
recriação da CPMF, da limitação à reedição de Medidas Provisórias pelo
Executivo, da demissão por insuficiência de desempenho dos servidores públicos,
da quebra do sigilo bancário dos acusados de corrupção no serviço público, e
foi contrário à proibição do nepotismo. Nesse período, exerceu também a
presidência do diretório municipal do PPB de Francisco Beltrão (PR).
No
pleito de outubro de 2002, voltou a eleger-se pelo PPB, transferindo-se logo em
seguida para o Partido Progressista (PP) em virtude da incorporação da legenda
pelo novo partido. Empossado em fevereiro de 2003, ao longo da legislatura participou
na condição de titular nas comissões de Ciência e Tecnologia, Comunicação e
Informática, de Fiscalização Financeira e Controle, de Minas e Energia, além de
presidir a comissão de Agricultura e Política Rural. Foi ainda suplente nas
comissões de Desenvolvimento Urbano e Interior, de Educação, Cultura e
Desporto, de Finanças e Tributação, e de Segurança Pública e Combate ao Crime
Organizado, tendo participado ainda de comissões especiais tais como, a de
Autogestão do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira, e a de Regulamentação de
Medidas Provisórias, inclusive presidindo esta última. Nas eleições para a
presidência da Câmara dos Deputados ocorrida em fevereiro de 2005, Meurer
declarou voto a seu correligionário, Severino Cavalcanti, que poucos meses depois
seria afastado do cargo em consequência de irregularidades envolvendo a
cobrança de aluguel a restaurantes que funcionavam na Câmara.
No
pleito de outubro 2006, elegeu-se para seu quarto mandato consecutivo pelo PP
com 114.141 votos. Tomou posse em fevereiro de 2007. Durante esta legislatura,
foi presidente da Comissão de Agricultura e Política Rural, membro das
comissões de Fiscalização Financeira e Controle, de Ciência e Tecnologia,
Comunicação e Informática, e de Minas e Energia. Em maio de 2007, assumiu a
terceira vice-presidência da CPI do Apagão Aéreo, formada com o objetivo de
investigar a crise no tráfego aéreo brasileiro. No mesmo mês, manifestou-se
contrário à proposta do senador paranaense Osmar Dias (PDT) de eliminar as
emendas individuais ao orçamento objetivando inibir as relações de barganha que
se davam entre Executivo e parlamentares individuais por meio de tais emendas.
Em maio de 2009, Meurer assumiu a presidência do Conselho de Ética da Câmara
dos Deputados. Durante o mandato, fez parte da base de apoio ao governo Lula,
manifestando-se a favor de vários projetos de interesse do governo votados em
plenário.
Vinculado
à bancada ruralista ao longo de toda sua atuação parlamentar, Nelson Meurer foi
presidente do Sindicato Rural Patronal de Francisco Beltrão, em 1993, e da
Cooperativa de Eletrificação Rural na mesma cidade.
Casou-se
com Leci Clarisse Meurer, com quem teve quatro filhos.
FONTES:
CÂM. DEP. Deputados brasileiros. Repertório (1995-1999); Folha de S. Paulo
(31/1/95, 14/1/96, 30/1/97, 5/2, 29/9 e 10/10/98); Gazeta do Povo (13/05/2009);
http://www2.camara.gov.br/ (último
acesso em 12/11/2009); http://www.tse.gov.br/ (último acesso em 12/11/2009);
http://www.parana-online.com.br/ (último acesso em: 12/11/2009); http://www.folha.uol.com.br/
(último acesso em: 12/11/2009);
http://www.vigilantesdademocracia.com.br/
(último acesso em: 14/11/2009); http://congressoemfoco.ig.com.br (último
acesso em: 14/11/2009);
http://www.congressoaberto.com.br (último acesso em: 14/11/2009).