SABRÁ,
Nélson
*const.
1987-1988; dep. fed. RJ 1987-1991.
Nélson
Aristeu Caminada Sabrá nasceu em Petrópolis (RJ) no dia 16
de abril de 1948, filho de Jamil Miguel Sabrá e de Nilce Caminada Sabrá. Seu
pai foi deputado estadual pelo Partido Social Democrático (PSD) e prefeito de
Petrópolis.
Em
1967, Nélson Sabrá começou a trabalhar como professor de trigonometria e
geometria analítica, no Centro de Estudos Preparatórios às Escolas Superiores
(Cepes) de sua cidade natal. No mesmo ano ingressou na Escola de Engenharia da
Universidade Federal Fluminense (UFF), diplomando-se engenheiro civil em 1970.
De julho a dezembro do ano seguinte, cursou informática na Pontifícia
Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro. Em 1972, concluiu o mestrado em
estabilidade das construções, também na PUC. Fez, ainda o curso básico de
administração de empresas, na Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Entre
1972 e 1974 trabalhou na Conplan S.A (Consultoria e Planejamento S.A). Em
seguida, entre agosto de 1974 e setembro de 1976, foi assessor de estruturas do
Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento, secretário de estruturas e membro
integrante da equipe de projeto do consórcio Metroplan Metrô - RJ. Em 1977,
foi secretário de Obras e Serviços Públicos.
Filiou-se
ao Partido Democrático Social (PDS) ainda em 1980 e, no mesmo ano, começou a
trabalhar na Vale Sul Alumínios S.A., no Rio de Janeiro. Presidente da
Associação Petropolitana de Engenheiros e Arquitetos no biênio 1981-1982,
nesses dois anos foi também chefe da Inspetoria Regional do Conselho Regional
de Engenheiros e Arquitetos (CREA) na Região Serrana.
Elegeu-se,
em novembro de 1982, deputado estadual pelo PDS, assumindo a cadeira em
fevereiro de 1983. No mandato, integrou a comissão parlamentar de inquérito
(CPI) que apurou irregularidades no Metrô do Rio e foi relator na CPI que
apurou irregularidades na Companhia Central de Abastecimento (Cocea).
Vice-presidente das comissões de Controle do Meio Ambiente; de Economia,
Indústria e Comércio; de Redação; e de Orçamento e Finanças, presidiu a
Comissão de Obras Públicas. No início de 1985, desligou-se do PDS e ingressou
no Partido da Frente Liberal (PFL), agremiação fundada por dissidentes
pedessistas, e na qual veio a ser secretário-geral do diretório estadual do Rio
de Janeiro.
Em
novembro de 1986 concorreu a uma cadeira de deputado federal constituinte,
obtendo a primeira suplência da bancada do PFL. De abril a setembro de 1987,
foi diretor de Suprimentos e Serviços da Valesul Alumínio S/A. Afastou-se do
cargo para assumir, no dia 8 de setembro, uma cadeira na Câmara, em virtude da
morte do deputado federal Alair Ferreira. Entre 1987 e 1988, foi membro da
Comissão de Minas e Energia, suplente da Comissão de Transportes e membro da
CPI do Congresso sobre a dívida externa brasileira.
Nas
principais votações da Assembléia Nacional Constituinte, foi contrário à adoção
do parlamentarismo, à estatização do sistema financeiro e à criação de um fundo
de apoio à reforma agrária. Apoiou o mandato de cinco anos para o presidente
José Sarney e o rompimento de relações diplomáticas com países que desenvolvem
uma política de discriminação racial.
Com
a promulgação da nova Constituição em outubro de 1988, continuou no exercício
de seu mandato regular como deputado federal. No biênio 1989-1990, foi membro
da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. Em outubro de 1990, concorreu
à reeleição na legenda do Partido da Reconstrução Nacional (PRN), mas obteve
apenas uma suplência.
Em
outubro de 1998, Nélson Sabrá candidatou-se a deputado estadual no Rio de
Janeiro pela legenda do PFL, porém não foi eleito.
Foi
professor-auxiliar da cadeira de estabilidade das construções, na Escola de
Engenharia da UFF.
Casou-se
com Leda Maria Barreto Gonçalves Sabrá, com quem teve três filhos.
FONTES:
ASSEMB. NAC. CONST. Repertório (1987-1988); CURRIC. BIOG.; COELHO, J.
& OLIVEIRA, A. Nova; Globo (30/10/85, 9 e 13/9/87 e 7/10/98);
TRIB. SUP. ELEIT. Relação (1998).