COSTA, Nelson
COSTA,
Nelson
*
dep. fed. AL 1983-1987.
Nelson
Simões Costa nasceu em Piaçabuçu (AL) no dia 4 de maio de 1923, filho de
José Venceslau da Costa e Alcina Lessa Simões Costa.
Formado
em química industrial em Alagoas no ano de 1948, iniciou sua vida pública em
1962, quando elegeu-se deputado estadual na legenda da União Democrática
Nacional (UDN). Tomou posse na Assembléia Legislativa de Alagoas no início do
ano seguinte. Em 1965, após o movimento político-militar de 31 de março de 1964
que derrubou o governo de João Goulart, e a instauração do bipartidarismo,
filiou-se à Aliança Renovadora Nacional (Arena), partido de sustentação do
regime militar. No ano seguinte, reelegeu-se deputado estadual pela legenda
arenista, tomando posse no início de 1967.
Reelegeu-se
deputado estadual em 1970, 1974 e 1978. Com o fim do bipartidarismo em novembro
de 1979 e a conseqüente reorganização partidária, filiou-se ao Partido
Democrático Social (PDS). Ainda em 1979, assumiu a Secretaria da Agricultura do
estado, no governo de Guilherme Palmeira, cargo que ocuparia até 1982. Em 1980,
representou o estado de Alagoas no XII Congresso Internacional da International
Society of Sugar Cane Technologists (ISSCT), em Manila, nas Filipinas. No ano
seguinte, esteve na Índia, na Costa do Marfim, na República do Mali e na
França, representando o governo estadual em encontros sobre o aproveitamento
econômico das regiões semi-áridas. Ainda em 1981, a convite do governo do
Japão, representou Alagoas em reunião do Programa de Desenvolvimento da Pesca e
Criação de Camarões Confinados.
Em novembro de 1982,
concorreu a uma vaga na Câmara dos Deputados. Eleito, assumiu o mandato em
fevereiro do ano seguinte, quando tornou-se membro da Comissão de Minas e
Energia e suplente da Comissão de Trabalho e Legislação Social.
Em
25 de abril de 1984 esteve ausente na votação da emenda Dante de Oliveira que,
apresentada na Câmara dos Deputados, propôs o restabelecimento das eleições
diretas para presidente da República em novembro daquele ano. Como a emenda não
obteve o número de votos indispensáveis à sua aprovação – faltaram 22 para que
o projeto pudesse ser encaminhado à apreciação pelo Senado –, no Colégio
Eleitoral, reunido em 15 de janeiro de 1985, Nelson Costa votou no candidato do
regime militar, Paulo Maluf, que acabou sendo derrotado pelo oposicionista
Tancredo Neves. Eleito novo presidente da República pela Aliança Democrática,
uma união do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) com a
dissidência do PDS abrigada na Frente Liberal, Tancredo não chegou a ser
empossado na presidência por motivo de doença, vindo a falecer em 21 de abril
de 1985. Seu substituto foi o vice José Sarney, que já vinha exercendo
interinamente o cargo desde 15 de março.
Em
fevereiro de 1986, Nelson Costa saiu do PDS e ingressou no Partido da Frente
Liberal (PFL). Deixou a Câmara dos Deputados em janeiro de 1987, ao término da
legislatura, sem ter concorrido a novo mandato em novembro de 1986. Abandonando
a vida pública, aposentou-se como químico industrial. Em seguida, passou a
dedicar-se à lavoura da cana de açúcar e à criação de gado nos municípios de
Teotônio Vilela, Coruripe e Porto Real do Colégio, no interior de Alagoas.
Casou-se
com Zara de Lima Castro Costa, com quem teve cinco filhos.
FONTES:
CÂM. DEP. Deputados brasileiros. Repertório (1983-1987); INF. BIOG.; Jornal
do Brasil (1/2/86).