OLIVEIRA, ANÍBAL DUARTE D’
OLIVEIRA,
Aníbal Duarte d’
*jornalista; const. 1946; dep. fed. PA 1946-1951.
Aníbal Duarte d’Oliveira
nasceu em Salvador em 1890, filho de Manuel Duarte d’Oliveira e de Maria
Angélica Barbosa d’Oliveira. Seu pai foi usineiro, senador estadual e
diretor do Tesouro da Bahia.
Trabalhou como inspetor telegráfico na Bahia, formando-se
depois pela Faculdade de Odontologia de Salvador. Editou por conta própria a
revista O Novo Brasil, transferindo-se posteriormente para o Pará, onde foi
redator dos jornais Diário da Tarde e O Liberal.
Em outubro de 1934 foi eleito deputado à Assembléia
Constituinte do Pará, assumindo o mandato em 1935. Depois de promulgada a nova
Carta estadual ainda nesse ano, permaneceu na Assembléia Legislativa do estado
até novembro de 1937, quando, com o advento do Estado Novo, os órgãos
legislativos do país foram suprimidos. A partir de 1935, tornou-se também
diretor-gerente do Diário do Estado, órgão oficial do governo paraense.
Superintendente
dos Serviços Externos da Prefeitura de Belém em 1943, foi designado em 1945
segundo-secretário da comissão executiva e presidente do diretório municipal do
Partido Social Democrático (PSD). Em dezembro deste último ano elegeu-se
deputado pelo Pará à Assembléia Nacional Constituinte na legenda do PSD.
Assumindo sua cadeira em fevereiro de 1946, participou dos trabalhos
constituintes e, com a promulgação da nova Carta (18/9/1946), passou a exercer
o mandato ordinário na legislatura que se seguiu, integrando as comissões de
Tomada de Contas e de Valorização Econômica da Amazônia da Câmara dos
Deputados. Dirigiu ainda, entre 1946 e 1947, a firma Expansão Jornalística Nacional, de sua propriedade. No pleito de outubro de 1950 candidatou-se novamente na
legenda do PSD, conseguindo apenas uma suplência. Deixou a Câmara em janeiro de
1951.
Em outubro de 1954 foi eleito deputado estadual no Pará na
legenda da Aliança Social Democrática, coligação formada pelo Partido Social
Progressista (PSP) e o Partido de Representação Popular (PRP), assumindo o
mandato em fevereiro do ano seguinte. Nas eleições de outubro de 1958 tentou a reeleição,
na legenda do PSD, alcançando apenas uma suplência. Deixou a Assembléia
Legislativa paraense em janeiro de 1959.
No pleito de dezembro de 1962, candidatou-se mais uma vez a
deputado federal na mesma legenda, não obtendo êxito. No ano seguinte, no dia 3
de dezembro foi empossado no cargo de juiz do Tribunal de Contas do Estado do
Pará em sessão, cargo pelo qual aposentou-se no dia 28 de abril de 1964.
Aníbal Duarte foi também sócio da fábrica Cerâmica
Brasileira, com sede no Pará.
Seu
sobrinho Valdemar de Oliveira Guimarães foi secretário da Fazenda e deputado
federal (1963-1967) e seu sobrinho-neto Alonso Mariath Guimarães vereador pelo
Movimento Democrático Brasileiro (MDB), em Belém.
Faleceu no dia 26 de outubro de 1977.
Publicou O novo Brasil.
FONTES: CÂM. DEP. Deputados;
CÂM. DEP. Deputados brasileiros. Repertório (1946-1967); CÂM. DEP. Relação
dos dep.; Diário do Congresso Nacional; Grande encic. Delta; SILVA,
G. Constituinte; TRIB. SUP. ELEIT. Dados (1, 2, 3 e 4).