OLIVEIRA,
José Maria do Amaral
*militar; min. ch. EMFA
1985-1986.
José Maria do Amaral Oliveira nasceu em Belém no dia 7 de dezembro de 1925, filho de
Manuel Oliveira e de Beatriz do Amaral Oliveira.
Ingressou
na Escola Naval em março de 1942, sendo declarado guarda-marinha em janeiro de
1946. Foi promovido a segundo-tenente em janeiro do ano seguinte, a
primeiro-tenente em fevereiro de 1949, a capitão-tenente em março de 1952 passou e a capitão-de-corveta em fevereiro de 1956. Em setembro desse ano ingressou
no Centro de Instrução e Adestramento Aeronaval, aí permanecendo até julho de
1958. Em julho de 1959, passou a comandar a Divisão da Área Técnica de Aviação.
Em julho de 1960, foi nomeado subchefe do Departamento de
Aviação do Grupo de Recebimento do navio-escola Minas Gerais, assumindo, em dezembro seguinte, a subchefia do
Departamento de Aviação. Em julho de 1961 foi designado oficial de Aviação do
Estado-Maior da Esquadra (EME) e, em maio de 1962, assumiu o comando do 1º
Esquadrão de Helicópteros do Controle Central. Em setembro foi promovido a
capitão-de-fragata, sendo reconduzido à função de oficial do EME dois meses
depois. Em março 1964, como comandante do 1º Esquadrão de Helicópteros, apoiou
o movimento político-militar que resultou na deposição do presidente João
Goulart.
Assumiu a chefia do Departamento de Aviação em fevereiro de
1965, e em março seguinte foi designado capitão dos Portos do estado do Ceará.
Em outubro de 1966 concluiu o curso de comando e estado-maior da Escola de
Guerra Naval (EGN) e, ainda no mesmo mês, foi indicado para chefiar o
estado-maior do comando do IV Distrito Naval, em Belém. Fez também o curso da Escola Superior de Guerra (ESG). Em julho de 1967, viajou aos
Estados Unidos a fim de fazer o curso de comando naval para oficiais superiores
estrangeiros, no Naval War College, em Newport, que concluiu em agosto de 1968.
Retornando ao Brasil, no mês seguinte assumiu a chefia do
curso de comando e estado-maior da ENG. Em dezembro de 1968, recebeu a patente
de capitão-de-mar-e-guerra, sendo designado para o gabinete do Estado-Maior da
Armada em março de 1969. Em abril tornou-se instrutor do curso de comando e
estado-maior e, seis meses depois, foi indicado para subchefe do Gabinete do
ministro da Marinha, almirante Adalberto de Barros Nunes. Assumiu, em outubro
de 1970, a presidência da Comissão Fiscalizadora de Recebimento de Fragatas na
Inglaterra e, em junho de 1973, tornou-se comandante do Centro de Adestramento
Almirante Marques Leão, do qual foi nomeado diretor em novembro de 1974, após
ter sido promovido a contra-almirante em julho do mesmo ano.
No ano seguinte, dirigiu o Centro de Instrução Almirante
Graça Aranha e foi nomeado comandante da Força Aeronaval. Recebeu em março de 1978 a promoção a vice-almirante e em dezembro foi nomeado diretor de Aeronáutica da Marinha. Em
novembro de 1980 foi nomeado subcomandante e subdiretor de estudos da ESG, à
qual esteve ligado até outubro de 1983, tornando-se, no mês seguinte, diretor
de obras civis da Marinha. Promovido a almirante-de-esquadra em março de 1984,
no mês seguinte foi nomeado diretor-geral do Material da Marinha e indicado
presidente do Conselho de Administração da Empresa Gerencial de Projetos.
Passou a exercer cumulativamente o cargo de comandante de Operações Navais da
Marinha em junho de 1984.
Com o fim do regime militar em março de 1985, foi nomeado
pelo presidente José Sarney (1985-1990) ministro-chefe do Estado-Maior das
Forças Armadas (EMFA), em substituição ao tenente-brigadeiro-do-ar Valdir de
Vasconcelos. Na ocasião, manifestou-se favoravelmente à criação do Ministério
da Defesa, que, entre outros pontos, acarretaria a extinção dos três
ministérios militares. A nova pasta viria a ser efetivamente regulamentada
somente em 1999, no segundo mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso
(1999-2003). Ao ser empossado, também defendeu a profissionalização das forças
armadas e o enquadramento dos militares aos preceitos constitucionais.
Transferido
para a reserva remunerada em junho de 1986, foi substituído no EMFA pelo
general Paulo Campos Paiva. De setembro de 1986, a maio de 1990 foi conselheiro militar da missão brasileira junto à Organização das Nações
Unidas (ONU), exercendo funções na Suíça e nos Estados Unidos. De volta ao
Brasil, tornou-se diretor do Instituto Brasileiro de Estudos Estratégicos e
conferencista da EGN e da ESG. Em 1992, assumiu a presidência da Salvanave,
empresa naval especializada na procura de navios naufragados. Tornou-se também
membro do Centro de Estudos Estratégicos da ESG e passou a prestar consultorias
na área de aviação naval.
Faleceu no dia 19 de maio de 2009.
Casou-se em primeiras núpcias com Míriam Hartz Oliveira, com
quem teve quatro filhos. Posteriormente, casou-se com Sônia Helena Guarita do
Amaral, sobrinha do deputado Ulisses Guimarães.
Mirian
de Aragão/Luís Otávio de Sousa
FONTES: Arq.
da Marinha; Estado
de S. Paulo (13,
15 e 16/3 e 8/6/85); Folha
de S. Paulo
(13/3/85); INF.
BIOG.; Portal Poder Naval. Disponível em : <http://74.125.113.132/
search?q=cache:w1XwN3ZiSnQJ:www.naval.com.br/blog/%3Fp%3D10729+%22Jos%C3%A9+Maria+do+Amaral+Oliveira%22&cd=11&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br>.
Acesso em : 31 ago. 2009.