GONÇALVES, Orcino
*dep.
fed. GO 1995-1999.
Orcino Gonçalves da Silva
nasceu em Frutal (MG), no dia 3 de junho de 1939, filho de Alvino Gonçalves da
Silva e de Norvina Vicentina de Jesus.
Técnico
agrícola formado em 1957, entrou na política em 1990 ao filiar-se ao Partido da
Reconstrução Nacional (PRN), agremiação que elegeu Fernando Collor de Melo
presidente da República em 1989. Tesoureiro do partido em Goiás, elegeu-se
deputado estadual em outubro deste ano. Integrante da Comissão de Divisão
Administrativa e Judiciária e Assistência Técnica aos Municípios e presidente
da Comissão de Finanças, Fiscalização Financeira e Tomada de Contas, em 1991,
deixou o PRN e, no ano seguinte, filiou-se ao Partido Social Trabalhista (PST),
do qual foi presidente estadual.
Filiou-se ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro
(PMDB) em 1993, ano em que se licenciou do mandato para assumir a Secretaria de
Agricultura e Abastecimento de Goiás no governo de Íris Resende (1991-1994). Em
1994, deixou a secretaria para disputar uma cadeira de deputado federal no
pleito de outubro. Eleito, nas votações das emendas constitucionais
apresentadas pelo governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, em 1995,
votou a favor da quebra do monopólio dos estados na distribuição de gás canalizado,
da quebra do monopólio das embarcações nacionais na navegação de cabotagem, da
mudança do conceito de empresa nacional, da quebra do monopólio estatal das
telecomunicações e da quebra do monopólio da Petrobras na exploração de
petróleo.
Em junho de 1996 votou a favor da criação da Contribuição
Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) — que substituiu o Imposto
Provisório sobre Movimentação Financeira (IPMF) — criado como fonte
complementar de recursos para a saúde. Em janeiro/fevereiro de 1997, votou a
favor da emenda da reeleição para presidente da República, governadores e
prefeitos. Em novembro, manifestou-se favoravelmente à quebra da estabilidade
do servidor público, item da reforma administrativa.
No pleito de outubro de 1998 disputou a reeleição na legenda
peemedebista, mas não teve êxito. Em novembro seguinte, votou contra o teto de
1.200 reais para aposentadorias no setor público e o estabelecimento de idade
mínima e de tempo de contribuição para o setor privado, itens que definiram a
reforma da Previdência.
Ainda em 1998, agrediu fisicamente, nas dependências da
Câmara dos Deputados, o deputado federal Sandro Mabel (PMDB-GO), após
acusá-lo de ter assediado sua esposa. Mabel, no entanto, disse acreditar que a
agressão de que fora alvo foi causada por disputas políticas em Goiás.
Em janeiro de 1999, ao final da legislatura, deixou a Câmara
dos Deputados. Afastado da política, passou a dedicar-se à produção agrícola.
Casou-se duas vezes: a primeira com Giovanira Diniz da
Silva, com quem teve cinco filhos, e a segunda com Audriane
Cristina A. Gontijo Gonçalves da Silva, com quem teve mais dois filhos.
FONTES: CÂM. DEP.
Deputados brasileiros. Repertório (1995-1999); Folha de S. Paulo (Especial
6/11/98); Olho no Congresso/Folha de S. Paulo (31/1/95, 14/1/96, 30/1/97); Olho
no voto/Folha de S. Paulo (29/9/98).