CARBONAR,
Orlando
*diplomata;
emb. Bras. Paraguai 1986-1991; emb. Bras. Itália 1991-1994.
Orlando
Soares Carbonar nasceu em Guaragi (PR) no dia 6 de agosto
de 1931, filho de Constantino Carbonar e Davina Soares Carbonar.
Diplomado
pela Universitá Italiana per gli Stranieri de Perugia (Itália) em 1952, quatro
anos depois bacharelou-se em ciências jurídicas e sociais pela Faculdade de
Direito da Universidade do Paraná. Nesse período, trabalhou no jornal Gazeta
do Povo, de Curitiba. Ingressou, em 1960, no Curso de Preparação à Carreira
de Diplomata (CPCD), sendo nomeado terceiro-secretário em abril de 1961. No ano
seguinte fez estágio na Academia de Direito Internacional de Haia (Países
Baixos).
Na Secretaria de Estado das Relações Exteriores (SERE),
instalada no palácio Itamarati do Rio de Janeiro, foi oficial-de-gabinete do
ministro das Relações Exteriores Hermes Lima e, removido em 1963 para os
Estados Unidos, serviu na embaixada em Washington inicialmente como
terceiro-secretário e, a partir de janeiro de 1965, promovido por merecimento,
como segundo-secretário, continuando no posto até o final daquele ano. De volta
ao Rio de Janeiro, então Distrito Federal, seria assessor de imprensa dos
ministros das Relações Exteriores Juraci Magalhães (1966-1967) e José de
Magalhães Pinto (1967-1968), membro da delegação brasileira à XXI Sessão da
Assembléia das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque (1966) e professor de política internacional no CPCD do Instituto Rio Branco (IRBr) (1967-1968), sendo
promovido a primeiro-secretário, por merecimento, em dezembro de 1968.
Removido
para a Suíça, serviu como primeiro-secretário na embaixada em Berna (1969-1970)
e na delegação permanente em Genebra (1969-1972) tomando parte, nesse período,
na V Sessão do Comitê de Transportes Marítimos da Conferência das Nações Unidas
para o Comércio Internacional (UNCTAD) em Genebra (1970). Lotado na Venezuela,
serviu como primeiro-secretário (1972-1973) na embaixada em Caracas e, após ser
promovido em janeiro de 1973, como conselheiro (1973-1974), participou da III
Sessão da Conferência da ONU sobre Comércio e Desenvolvimento em Santiago
(Chile, 1972).
Ao
retornar para o Brasil trabalhou na SERE, em Brasília, como chefe do gabinete
do secretário-geral das Relações Exteriores embaixador Ramiro Saraiva Guerreiro
(1974-1979). Foi promovido a ministro de segunda classe, por merecimento, em
outubro de 1975, e dois anos mais tarde foi nomeado também coordenador de
assuntos diplomáticos da Secretaria Geral (1977-1978) passando em seguida a
chefiar o Departamento Consular e Jurídico (1978-1979). Nesse período participou
da XXXIV Sessão da Assembléia Geral da ONU (1979) e foi representante do
Ministério das Relações Exteriores (MRE) junto ao conselho de administração da
Itaipu Binacional (1979-1983), além de ter integrado numerosas comitivas de
visitas oficiais presidenciais ao exterior.
Chefe
de gabinete do ministro das Relações Exteriores, embaixador Ramiro Saraiva
Guerreiro (1979-1984), foi promovido a ministro de primeira classe, por
merecimento, em dezembro de 1979. Nessa função integrou comitivas presidenciais
e ministeriais em visitas oficiais ao exterior e tomou parte em reuniões tais
como a XX Reunião de Consulta de Ministros das Relações Exteriores dos Países
Signatários do TIAR (Washington, 1982) e a reunião de coordenação
latino-americana preparatória da VI Conferência das Nações Unidas para o
Comércio e o Desenvolvimento em Cartagena (1983). Nos anos seguintes seria
chefe da delegação brasileira à Conferência Negociadora do IV Acordo
Internacional de Cacau em Genebra (1884-1986) e presidente da XIV Sessão da
Assembléia da Organização Marítima Internacional em Londres (1985-1987).
Exerceu esta última função quando já servia, desde dezembro de 1986, como
embaixador no Paraguai, tendo sucedido Mário de Melo Matos. Deixou a embaixada
em Assunção em julho de 1991, sendo substituído por Carlos Eduardo de Afonseca
Alves de Sousa.
Nomeado
embaixador na Itália em 1991, respondeu pela embaixada em Roma até 1994 quando,
ao completar 15 anos como ministro de primeira classe, passou para o quadro
especial.
Em setembro de 2009, Orlando Carbonar residia em Curitiba.
Casou-se com Alcina Carbonar, com quem teve três filhos, um
dos quais diplomata.
FONTE:
MIN. REL. EXT. Anuário (1976, 1983 e 1992).