LUCENA,
Pedro
*dep.
fed. RN 1971-1983.
Pedro de
Lucena Dias nasceu em Pirpirituba
(PB), no dia 23 de outubro de 1921, filho de Eustáquio Dias Fernandes e de
Noêmia de Lucena Dias.
Diplomou-se
em 1953 pela Faculdade de Medicina da Universidade de Pernambuco e, no ano
seguinte, especializou-se em cirurgia plástica na mesma instituição.
De
volta a seu estado natal, ainda em 1954 assumiu a chefia do serviço médico do
Departamento de Correios e Telégrafos (DCT), e no período de 1955 a 1957 exerceu a função de encarregado do Dispensário Estadual da Lepra. Neste último ano,
concluiu o curso do Serviço Nacional da Lepra, em João Pessoa. Em 1959 deixou o cargo que ocupava no DCT para assumir a chefia do Serviço
Estadual da Lepra até 1961.
Transferiu-se,
em seguida, para o Rio Grande do Norte, onde começou a lecionar na Faculdade de
Medicina e iniciou a carreira política, em outubro de 1962, elegendo-se
deputado estadual na legenda do Partido Trabalhista Nacional (PTN). Ocupou a
vice-presidência da Assembleia Legislativa até 1964 e presidiu os trabalhos da
Comissão de Educação e Saúde. Após o movimento político-militar de março de
1964, que extinguiu os partidos políticos, através do Ato Institucional nº 2
(27/10/1965), e posteriormente instaurou o bipartidarismo, filiou-se ao
Movimento Democrático Brasileiro (MDB), partido de oposição ao regime militar.
Em
1966, assumiu a vice-presidência do diretório regional do MDB. Foi reeleito em
novembro do mesmo ano. Durante esse período legislativo, participou da
elaboração da Constituição estadual, promulgada em maio de 1967, e, em
fevereiro de 1970, foi segundo secretário da mesa da Assembleia. Presidiu
também as comissões de Saúde e Educação e de Educação e Cultura.
No pleito de
novembro de 1970 foi eleito deputado federal pelo Rio Grande do Norte. Concluiu
o mandato na Assembleia Legislativa em janeiro de 1971 e no mês seguinte ocupou
uma cadeira na Câmara dos Deputados, onde presidiu a Comissão de Saúde e
integrou, como suplente, a Comissão de Serviço Público.
Pouco antes das eleições de novembro de 1974,
foi internado no Rio de Janeiro, vítima de uma trombose. Impossibilitado de
fazer campanha, teve a ajuda do companheiro de partido e também candidato a
deputado federal pelo Rio Grande do Norte Henrique Eduardo Alves, que articulou
as duas candidaturas, pedindo que seus votos fossem divididos com Pedro Lucena.
O apelo obteve êxito e Lucena foi reeleito. Em 1976 deixou a vice-presidência
do diretório regional do MDB no Rio Grande do Norte e voltou a participar da
Comissão de Saúde como vice-presidente. Reelegeu-se mais uma vez em novembro de
1978.
Com
a extinção do bipartidarismo, em 29 de novembro de 1979, e a reformulação
partidária, filiou-se ao Partido Popular (PP). Mais tarde, porém, o PP
incorporou-se ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), em
fevereiro de 1982, e Lucena decidiu filiar-se a essa agremiação oposicionista.
Nesse período legislativo, foi mais uma vez membro efetivo da Comissão de Saúde
e suplente das comissões de Serviço Público e de Agricultura e Política Rural.
Nas
eleições de novembro de 1982, candidatou-se a vice-governador do Rio Grande do
Norte na chapa encabeçada por Aluísio Alves. Com a vitória de José Agripino
Maia, do Partido Democrático Social (PDS), Lucena continuou na Câmara dos
Deputados até janeiro de 1983, ao final da legislatura.
Voltou
à vida acadêmica e aposentou-se como professor da Universidade Federal do Rio
Grande do Norte, em 1985. Em novembro do mesmo ano, mas foi derrotado. A
partir de então, dedicou-se apenas à medicina.
Em
1º de abril de 2008, na assembléia solene em comemoração aos 42 anos de
fundação do PMDB, recebeu o diploma “Mérito Aluísio Alves” por ser um dos
fundadores do partido.
Em
2009, num edital de convocação expedido pela Comissão Executiva do Partido dos
Trabalhadores, teve o nome relacionado numa lista que visava à regularização da
inscrição no Cadastro Nacional de Filiados do Partido dos Trabalhadores (PT).
Casou-se
com Maria das Neves Andrade de Lucena, com quem teve cinco filhos.
Publicou
A poluição do ar (1971), Malefícios do uso do fumo (1971),
Males gerais do tabagismo (1975), Solução do problema alimentar
das populações citadinas: plantio de árvores frutíferas (1977) e A
medicina e a Bíblia (2007).
FONTES: CÂM. DEP. Deputados; CÂM. DEP.
Deputados brasileiros. Repertório (1971-1975, 1975-1979 e 1979-1983);
CASCUDO, L. História; Estado de S. Paulo (10/8/82); Correio da Tarde
(1/4/08); NÉRI, S. 16; Perfil (1972 e 1980); TRIB. SUP. ELEIT. Dados
(6, 8 e 9); www.pesquisa.dnonline.com.br (Acesso em 6/9/09); www.pt.org.br (Acesso
em 3/9/09).