PROFESSOR LUIZINHO
* dep. fed. SP 1999-2007.
Luiz Carlos da Silva nasceu em
Cândido Mota (SP) no dia 18 de abril de 1955, filho de Lázaro Francisco da
Silva e de Santa Martins da Silva.
Formou-se em matemática pela Faculdade de Ciências e Letras
de Ribeirão Pires (SP) em 1976. Professor de matemática da rede oficial de
ensino do estado de São Paulo, foi um dos fundadores do Partido dos
Trabalhadores (PT), em 1980. Teve significativa atuação sindical junto à
Associação dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo, entidade
sindical da categoria, da qual foi presidente entre 1981 e 1985, representante
na direção executiva da Central Única dos Trabalhadores (CUT) de 1985 a 1987, e diretor até 1989.
Em 1988 elegeu-se vereador em Santo André, município da
região do ABC paulista, na legenda do PT. Em 1990 elegeu-se deputado estadual, licenciou-se
da Câmara Municipal de Santo André e assumiu o mandato na Assembléia
Legislativa em 1991. Foi líder do PT na Assembleia de 1992 a 1993 e membro da comissão executiva estadual do partido. Reelegeu-se deputado estadual em
1994.
Em 1998, elegeu-se deputado federal por São Paulo. Assumiu o
mandato na Câmara dos Deputados em fevereiro de 1999 e até o fim da
legislatura, em janeiro de 2003, foi vice-líder do PT. Reeleito em 2002,
vice-líder do governo no biênio 2003-2004, e líder do governo de 2004 a 2005. Em sua passagem pela Câmara dos Deputados, foi titular da Comissão de Constituição e
Justiça e de Cidadania, de Constituição e Justiça e de Redação, de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, de Desenvolvimento Urbano e Interior, de Educação e Cultura, de Educação, Cultura e Desporto, de Legislação Participativa e, por fim, de Minas e Energia. Foi ainda suplente na Comissão Mista de Planos, Orçamento Públicos e Fiscalização e da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle.
Em julho de 2005, teve seu nome envolvido no chamado escândalo
do “mensalão”, suposto pagamento mensal a deputados para votarem a favor de
projetos de interesse do Executivo. Foi acusado de ter sacado, no Banco Rural, 20
mil reais da conta da SMPB Comunicação, da qual era sócio o empresário Marcos
Valério Fernandes de Sousa, apontado como operador do esquema. Em sua defesa
argumentou que o dinheiro fora retirado por seu assessor, José Nilson dos
Santos, e que não se beneficiara dos recursos. Seu assessor teria feito um
acerto com o tesoureiro do PT, Delúbio Soares – também envolvido no escândalo –
com vistas à campanha eleitoral de 2004. Negando qualquer envolvimento, afirmou
que, ainda, mesmo que o esquema tivesse de fato existido, não faria sentido que
ele, como líder do governo da Câmara dos Deputados, recebesse valores em
dinheiro para votar a favor do próprio governo que representava. Em janeiro de
2006, o Conselho de Ética da Câmara aprovou parecer que recomendava a cassação
de 19 parlamentares, entre os quais constava seu nome. Submetida à aprovação do
plenário da Câmara em março do mesmo ano, a proposta de cassação do mandato do
Professor Luizinho foi rejeitada por 253 votos contra 183.
Concorreu à reeleição para deputado federal em 2006, na
legenda do PT, e obteve uma suplência. Deixou a Câmara ao final da legislatura,
em janeiro de 2007. Nas eleições de 2008, concorrendo a uma vaga de vereador em
Santo André, ficou novamente como suplente.
Mariana
Joffily
FONTES:
Fundação Seade, <www.seade.gov.br>, acesso em ago. 2009.
Câmara dos Deputados, <www.camara.gov.br>, acesso em ago. 2009.
Folha Online especial 2006
eleições, <http://www1.folha.uol.com.br/folha/especial/2006/eleicoes/candidatos-deputado_federal-sp-4551.shtml>, acesso em ago. 2009.
Wikipédia, “Professor Luizinho, <http://pt.wikipedia.org/wiki/Professor_Luizinho>, acesso em ago. 2009.