RIBEIRO, Érico
*dep. fed. RS 2003-2007.
Érico da Silva Ribeiro
nasceu em Camaquã (RS) no dia 27 de dezembro de 1935, filho de Lauro Ribeiro e
de Erci Pereira da Silva Ribeiro.
Ainda
jovem, transferiu-se para a cidade de Pelotas (RS), onde realizou seus estudos
de nível fundamental e médio no Colégio Gonzaga, concluindo-os em 1954. Em
1955, ingressou no curso de engenharia civil da Universidade Federal do Rio
Grande do Sul (UFRGS), em Porto Alegre. Formado em 1959, no ano seguinte
começou a trabalhar com seu pai na Granja Mangueira Agro-Pecuária, em Santa
Vitória do Palmar (RS), tornando-se o seu principal dirigente.
Iniciou
sua militância política em 1965 filiando-se à Aliança Renovadora Nacional
(Arena), partido de sustentação do regime militar instaurado no país em abril
de 1964. Em 1975, tornou-se diretor-presidente da “Cooperativa Arrozeira
Extremo Sul”, em Pelotas, ramo do qual se tornaria grande empresário nas
décadas seguintes. Dois anos mais tarde, fundou a Granja Retiro Agropecuária,
no município de Pelotas.
Com o fim
do bipartidarismo em novembro de 1979 e a reformulação partidária daí
decorrente, filiou-se ao Partido Democrático Social (PDS), legenda que sucedeu
à Arena e pela qual concorreu, sem sucesso, à prefeitura de Pelotas em outubro
de 1992, no pleito vendido pelo candidato Irajá Andara Rodrigues, do Partido do
Movimento Democrático Brasileiro (PMDB).
Em 1993,
foi um dos fundadores do Partido Progressista Renovador (PPR), fruto da fusão
do PDS com o Partido Democrata Cristão (PDC). Pela nova agremiação, concorreu
nas eleições de outubro de 1994, a vice-governador do Rio Grande do Sul na
chapa encabeçada por Celso Bernardi, do Partido da Frente Liberal (PFL), pleito
esse vencido pelo candidato do PMDB, Antônio Brito.
Em 1995,
participou da criação do Partido Progressista Brasileiro (PPB), resultante na
união do PPR com o Partido Progressista (PP) e o Partido Republicano
Progressista (PRP), tornando-se membro de seus diretórios regional e nacional.
Eleito deputado estadual pelo PPB em outubro de 1998, tomou posse de sua
cadeira em fevereiro seguinte. Em 1999, tornou-se vice-presidente do Centro das
Indústrias do Rio Grande do Sul (CIERGS) e, em 2002, da Federação das
Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS).
Nas
eleições de outubro de 2002, candidatou-se a deputado federal pelo Rio Grande
do Sul na legenda pepebista. Eleito com 87.298 votos iniciou o mandato em
fevereiro do ano seguinte. Em agosto de 2003, votou favoravelmente ao Projeto
de Emenda Constitucional (PEC) do governo federal que previa a adoção da
contribuição dos inativos e a instituição de um teto salarial para as
aposentadorias dos servidores públicos. Ainda nesta legislatura, integrou, na
Câmara Federal, as comissões de Trabalho, Administração e Serviço Público; de
Agricultura e Política Rural; e de Segurança Pública e Combate ao Crime
Organizado.
Em junho de 2006, foi instaurada no Congresso
Nacional uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar a
suposta participação de deputados e senadores num escândalo que ficou conhecido
como “máfia dos sanguessugas” ou “máfia das ambulâncias”. Segundo investigações
realizadas pela Polícia Federal, o esquema era coordenado por Darci e Luiz Antônio
Vedoin, donos da empresa Planam, e destinava-se a realizar a compra de
ambulâncias e equipamentos hospitalares superfaturados para prefeituras através
de licitações fraudadas. Os parlamentares atuariam apresentando emendas ao
orçamento da União direcionadas para a área da Saúde que serviriam para aquele
fim. Em troca, receberiam uma comissão obtida com o lucro gerado pelas emendas
executadas.
Em agosto seguinte, a CPMI recomendou a cassação de
3 senadores e 69 deputados, entre eles Érico Ribeiro. Em depoimento prestado no
final de novembro ao Conselho de Ética da Câmara, reafirmou sua inocência e
disse que não gostaria de “sair do Congresso como ladrão, mas como um homem de
bem”. No dia 22, o Conselho concluiu o seu trabalho recomendando a cassação de
quatro deputados e a absolvição de outros nove. Entre os absolvidos, estava
Érico Ribeiro.
Em
outubro de 2006, tentou a reeleição ao Legislativo Federal pelo Partido
Progressista (PP) - sigla criada em 2003 em substituição ao PPB -, porém, com
32.097, obteve apenas uma suplência. Deixou a Câmara em dezembro de 2006, ao
término da legislatura.
Ainda em
2006, foi notificado, juntamente com outros dirigentes, por não ter repassado
ao Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) as contribuições recolhidas sobre
os salários e aquisições de produtos da empresa “Cooperativa Arrozeira Extremo
Sul”. Afirmou que não participou dos fatos porque não exercia a administração
da empresa durante o mandato de deputado, mas ainda assim esteve entre os
condenados a pagamento de multa.
Apesar de
ter sido absolvido pelos seus pares em 2006, na CPMI da “Máfia das
Ambulâncias”, a Justiça Federal de Porto Alegre o condenou em 2010 ao pagamento
de multa e suspensão dos direitos políticos por dez anos.
Casou-se
com Maria de Fátima Freitas.
Marcia Gomes
FONTES: Portal
da Câmara dos Deputados. Disponível em: <http://www2. camara.gov.br>
Acesso em 29/08/2009; Portal da Cooperativa Arrozeira Extremo Sul. Disponível
em: <http://www.extremosul.com.br>. Acesso em 18/07/2013; Portal do
jornal Folha de S.Paulo. Disponível
em: <http://www1.folha.uol.com.br> Acesso em 29/08/2009; Portal do jornal
O Dia. Disponível em:
<http://www.sistemaodia.com> Acesso em 29/08/2009; Portal do jornal Zero Hora. Disponível em: <http://zerohora.clicrbs.com.br>.
Acesso em 29/08/2009 e 18/07/2013; Portal da revista Evidência. Disponível em:
<http://www.revistaevidencia.com.br>. Acesso em 29/08/2009; Portal da
revista Veja. Disponível em:
<http://veja.abril.com.br> Acesso em 29/08/2009; Portal do Tribunal
Regional Eleitoral – RS. Disponível em: <http://www.tre-rs.gov.br>.
Acesso em 29/08/2009; Portal do Supremo Tribunal Federal. Disponível em:
<http://www.stf.jus.br>. Acesso em 18/07/2013.
.