GOMIDE,
Ricardo
*dep.
fed. PR 1995-1999.
Ricardo Crachineski Gomide nasceu em Ibaiti (PR) no dia 22 de maio de 1970, filho de
Gilberto Barreto Gomide e de Neusa Maria Crachineski Gomide.
Transferiu-se para Curitiba, onde iniciou os cursos de
administração na Faculdade Católica de Administração e Economia, em 1989, e de comunicação social, publicidade e propaganda na Pontifícia
Universidade Católica (PUC), entre 1989 e 1992. Não concluiu nenhum dos dois.
Em 1994, ingressou no curso de comunicação e jornalismo da Faculdade Tuiuti, em
Curitiba. Militou no movimento estudantil, tendo sido fundador e presidente do Centro Acadêmico de comunicação social da PUC, no período de 1991 a 1992, além
de tesoureiro do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da universidade, em
1992.
Dirigente
da União Nacional dos Estudantes (UNE) nos anos de 1992 e 1993, foi um dos
líderes do movimento pelo impeachment
do presidente Fernando
Collor de Melo entre os estudantes do seu estado. No ano seguinte, filiou-se ao
Partido Comunista do Brasil (PCdoB). Foi diretor da executiva nacional da UNE
no biênio 1993-1994. Ainda em
1994, passou a integrar o
diretório regional do partido e em outubro elegeu-se deputado federal pelo
Paraná, tendo como base eleitoral a capital e a Região Metropolitana de
Curitiba.
Assumiu
sua cadeira na Câmara dos Deputados em fevereiro de 1995 e
atuou na Comissão de Educação, Cultura e Desportos como titular, sendo também
primeiro vice-presidente dessa comissão. Como suplente,
atuou nas comissões de Defesa do Consumidor, Meio Ambiente e Minorias,
de Direitos
Humanos e de
Relações Exteriores. Nas
votações das emendas à Constituição propostas pelo governo Fernando Henrique
Cardoso, seguiu a orientação da oposição, declarando-se contrário à abertura da
navegação de cabotagem às embarcações estrangeiras, à revisão do conceito de
empresa nacional, à quebra do monopólio estatal nas telecomunicações, na
exploração do petróleo e na distribuição de gás canalizado pelos governos
estaduais e à prorrogação do Fundo de Estabilização Fiscal (FEF), substituto do
Fundo Social de Emergência (FSE), criado na legislatura anterior com o objetivo
de financiar o plano de estabilização econômica do Executivo (Plano Real).
Na sessão de 24 de julho de 1996, Gomide votou a favor da
criação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), em substituição
ao Imposto Provisório sobre Movimentação Financeira (IPMF), tributo instituído
como fonte de financiamento da área de saúde.
Nas eleições municipais de outubro seguinte, foi candidato a vice-prefeito de Curitiba na chapa
encabeçada pelo vereador Ângelo Vanhoni, do Partido dos Trabalhadores (PT).
Derrotado pela chapa liderada por Cássio Taniguchi, do Partido Democrático
Trabalhista (PDT), continuou no exercício de seu mandato na Câmara.
Em
fevereiro de 1997, seguindo as orientações de seu partido, votou contra a
emenda que permitiu a reeleição dos ocupantes de cargos executivos (prefeitos,
governadores e presidente da República). Manteve-se contrário também ao
destaque ao projeto de reforma administrativa do governo, que acabou com a
estabilidade no serviço público, autorizando demissões por insuficiência de
desempenho ou por excesso de gastos com pessoal. Em de outubro de 1998, Gomide
tentou a reeleição à Câmara, porém só obteve uma suplência. Em novembro, votou
contra a adoção do limite máximo para as aposentadorias do setor público e o
estabelecimento de idade mínima e do tempo de contribuição como critérios para
a concessão de benefícios aos trabalhadores da iniciativa privada. Deixou a
Câmara em janeiro de 1999, ao término da legislatura.
Em outubro de 2000, candidatou-se a vereador à Câmara
Municipal de Curitiba, pela legenda do PCdoB. Obteve 4.100 votos e ficou como primeiro-suplente. Assumiu o mandato em 2001, permanecendo no cargo até dezembro de 2002, quando desincompatibilizou-se para assumir a presidência da Paraná Esporte, órgão equivalente a uma secretaria de estado, a convite do novo governador eleito, Roberto Requião (PMDB).
Licenciou-se do cargo em março de 2006, para concorrer a um mandato de deputado federal nas eleições de outubro do mesmo ano. Obteve 62.019 votos que lhe asseguraram uma suplência. Após a derrota, reassumiu o cargo na Paraná Esportes.
Nas eleições de outubro de 2008, foi o candidato do PCdoB à prefeitura de Curitiba. Não teve, no entanto, um bom desempenho eleitoral, obtendo apenas 7.187 votos (0,71% dos votos válidos). No mesmo pleito, o candidato Beto Richa (PSDB) reelegeu-se
prefeito de Curitiba no primeiro turno das eleições, com ampla margem de votos.
Continuou à frente da Paraná Esporte até junho de 2009, quando foi demitido por Roberto Requião. No mês seguinte, foi nomeado pelo ministro do Esporte, Orlando Silva (PCdoB), e também ex-presidente da União
Nacional dos Estudantes (UNE), assessor para assuntos da Copa do Mundo de 2014 no Brasil.
FONTES:
Boletim DIAP (8/96);
CÂM. DEP. Deputados brasileiros.
Repertório
(1995-1999); Folha
de S. Paulo
(5/2 e 10/10/98, Especial
6/11/98); Globo
(16/11/96); Jornal
do Estado
(28/7/09); Olho no Congresso/Folha de
S. Paulo
(31/1/95, 14/1/96, 30/1/97); Olho
no voto/Folha de S. Paulo (29/9/98);
O Estado do Paraná
(7/12/02).