MARINHO, ROBSON
MARINHO, Robson
*const.
1987-1988; dep. fed. SP 1987-1991.
Robson
Riedel Marinho nasceu em Belo Horizonte no dia 7 de
janeiro de 1950, filho de Rubens Marinho e de Eneida Bagno Marinho.
Ingressou
na Faculdade de Direito da Fundação Valeparaibana de Ensino de São José dos
Campos (SP) em 1969, graduando-se em 1973. Atuou como agente de viagens e
advogado antes de ingressar na política. Vereador em São José dos Campos eleito
na legenda do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), partido de oposição ao
regime militar instaurado no país em abril de 1964 por duas legislaturas
(1969-1975), elegeu-se deputado estadual por São Paulo em novembro de 1974,
tomando posse em fevereiro. Líder da bancada de seu partido em 1978,
reelegeu-se deputado estadual em novembro desse ano, iniciando o mandato em
fevereiro.
Com a extinção do bipartidarismo em novembro de 1979 e a
posterior reorganização partidária, filiou-se ao Partido do Movimento
Democrático Brasileiro (PMDB), agremiação que deu continuidade ao extinto MDB.
Em seu segundo mandato na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo
(ALESP), atuou como presidente da mesa entre 1979 e 1981, e visitou vários
países da Europa em missão da União Parlamentar Interestadual (UPI). Eleito
prefeito de São José dos Campos em novembro de 1982, foi empossado no cargo em
fevereiro, encerrando o mandato na Assembléia Legislativa.
Desincompatibilizou-se
do cargo no executivo municipal e elegeu-se deputado federal constituinte em
novembro de 1986, tendo recebido apoio de empreiteiras na campanha eleitoral.
Tomou posse em fevereiro, quando se iniciaram os trabalhos da Assembléia
Nacional Constituinte. Participou dos trabalhos como membro titular da
Subcomissão do Sistema Eleitoral e Partidos Políticos, da Comissão da
Organização Eleitoral, Partidária e Garantia das Instituições e suplente da
Subcomissão do Poder Legislativo, da Comissão da Organização dos Poderes e
Sistema de Governo.
Nas votações importantes ocorridas na Constituinte,
manifestou-se contra a estabilidade no emprego e as 40 horas de jornada
semanal. Pronunciou-se também contra a pena de morte, a limitação do direito de
propriedade privada, a pluralidade sindical, o presidencialismo, a estatização
do sistema financeiro e o mandato de cinco anos para o presidente José Sarney.
Votou a favor do rompimento de relações diplomáticas com países com política de
discriminação racial, do mandado de segurança coletivo, do aborto, do aviso
prévio proporcional, do limite de 12% para os juros reais e da desapropriação
da propriedade produtiva, ausentando-se das votações sobre a nacionalização do
subsolo e a criação de um fundo de apoio à reforma agrária.
Em junho de 1988, retirou-se do PMDB para integrar os quadros
do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), agremiação criada a partir
de uma dissidência peemedebista. Após a promulgação da nova Carta
Constitucional em 5 de outubro de 1988, voltou a participar dos trabalhos
legislativos ordinários na Câmara dos Deputados.
Em 1990, foi o representante do PSDB na comissão da Câmara
formada para elaborar o novo Estatuto da Criança e do Adolescente. Disputou a
reeleição em outubro desse ano, mas não obteve êxito. Encerrou o mandato em
janeiro de 1991.
Coordenador-geral da campanha vitoriosa de Mário Covas ao
governo de São Paulo em outubro de 1994, em janeiro tornou-se secretário
estadual da Casa Civil, permanecendo nessa função até março de 1997, quando foi
nomeado por Covas para o Tribunal de Contas do Estado (TCE) de São Paulo,
assumindo o cargo no mês seguinte.
Casou-se com Maria Lúcia de Oliveira Marinho, com quem teve
três filhos.
FONTES: ASSEMB. NAC.
CONST. Repertório (1987-1988); CÂM. DEP. Deputados brasileiros.
Repertório (1991-1995); COELHO, J. & OLIVEIRA, A. Nova; Estado
de S. Paulo (20/3 e 28/4/97); Folha de S. Paulo (30/9/90); INF.
BIOG.