GALVÃO,
Rômulo
*
dep. fed. BA 1975-1987.
Rômulo Galvão de Carvalho nasceu
em Campo Formoso (BA), no dia 22 de setembro de 1930, filho de Antônio João de
Carvalho e de Djanira Galvão de Carvalho.
Bacharel
em ciências jurídicas e sociais pela faculdade de direito da Universidade
Federal da Bahia (UFBA), em 1959, alcançou o grau de mestre em administração
pública em 1963, pela Universidade do Sul da Califórnia, em Los Angeles, nos
Estados Unidos.
Professor da escola de
administração e da faculdade de direito, além de chefe de gabinete da reitoria,
do departamento social e da divisão de pesquisas administrativas da UFBA, entre
1967 e 1968, nesse mesmo período lecionou também na faculdade de ciências
contábeis da Fundação Visconde de Cairu e na faculdade de ciências econômicas
da Universidade Católica de Salvador. Em 1971, no primeiro governo de Antônio
Carlos Magalhães (1971-1975), assumiu a Secretaria de Educação e Cultura.
No pleito de novembro de 1974
elegeu-se deputado federal na legenda da Aliança Renovadora Nacional (Arena),
partido de sustentação do regime militar instaurado no país em abril de
1964. Tendo tomado posse em fevereiro de 1975, presidiu a Comissão de Educação
e Cultura e, na condição de suplente, participou da Comissão de Serviço
Público. Reeleito em novembro de 1978, um ano depois, com a extinção do
bipartidarismo e a conseqüente reformulação partidária, filiou-se ao Partido
Democrático Social (PDS), sucessor da Arena. Nessa legislatura fez parte da
comissão parlamentar de inquérito que investigou a situação do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional e avaliou a política do governo para sua defesa
e conservação. Retomando a presidência da Comissão de Educação e Cultura, atuou
como suplente da Comissão de Comunicação.
Em
novembro de 1982, na legenda do PDS, conquistou seu terceiro mandato.
Ausente
da sessão da Câmara que, em 25 de abril de 1984, por falta de 22 votos, não
aprovou a emenda Dante de Oliveira – proposta de eleição direta para presidente
da República que deixou de ser apreciada pelo Senado –, no Colégio Eleitoral,
reunido em 15 de janeiro de 1985, Rômulo Galvão votou no candidato oficial do
regime, Paulo Maluf, derrotado pelo oposicionista Tancredo Neves, da Aliança
Democrática, uma união do PMDB com a dissidência do Partido Democrático Social
(PDS) abrigada na Frente Liberal. Doente, Tancredo Neves não chegou a ser
empossado, vindo a falecer em 21 de abril de 1985. Seu substituto foi o vice
José Sarney, que já vinha exercendo o cargo interinamente desde 15 de março.
Rômulo
Galvão disputou o quarto mandato em novembro de 1986, mas não conseguiu se
eleger. Diante disso, deixou a Câmara dos Deputados ao término da legislatura,
em janeiro de 1987.
De volta às atividades educacionais,
tornou-se professor da Escola de Administração da UFBA e de 1991 a 1993 foi
delegado do Ministério da Educação na Bahia. Presidente do Conselho Estadual de
Educação no biênio 1993-1994, no pleito de outubro de 1998 candidatou-se a uma
cadeira na Assembléia Legislativa da Bahia na legenda do Partido da Frente
Liberal (PFL), mas não conseguiu se eleger.
Foi
diretor do Instituto do Cacau, membro da Associação Brasileira de Técnicos de
Administração e funcionário do Banco do Brasil.
Casou-se com Eliana Vieira Lima
Galvão, com quem teve três filhos.
FONTES: CÂM. DEP. Deputados
brasileiros. Repertório (1983-1987); Globo (26/4/84 e 16/1/85); INF.
BIOG.; TRIB. SUP. ELEIT. Relação (1998).