LOPES,
Sílvio
*dep. fed. SP
1971-1975, 1979, 1982-1983.
Sílvio Fernandes Lopes nasceu em Santos (SP) no dia 10 de outubro de 1924, filho
de Cordovil Fernandes Lopes e de Maria Coelho Lopes.
Estudou no Ateneu Santista e no Colégio Santista, dos irmãos
maristas, ambos em sua cidade natal. Na capital paulista formou-se em
engenharia civil pela Escola de Engenharia da Universidade Mackenzie em 1947, e
ainda nesse ano fez um curso de extensão universitária nos Estados Unidos.
No pleito de janeiro de 1947 elegeu-se vereador em Santos,
reelegendo-se em outubro de 1950. Em sua atuação na Câmara Municipal propôs
diversos projetos depois transformados em lei, como o do Plano Regulador da
Cidade, do qual foi relator na qualidade de presidente da Comissão de Obras e
Serviços Públicos. Foi ainda membro da Comissão Consultiva do Plano da Cidade e
integrou todas as comissões que participaram de congressos estaduais e
nacionais sobre assuntos municipalistas. Deixou a Câmara de Vereadores em 1955,
ao final da legislatura.
Elegendo-se prefeito de Santos em março de 1957, realizou
diversas obras de urbanização da cidade, criando também as primeiras linhas de
ônibus elétricos e instalando, para a iluminação pública, lâmpadas de vapor de
mercúrio. Concluiu seu mandato à frente do Executivo municipal em abril de
1961, e no pleito de outubro do ano seguinte elegeu-se deputado estadual na
legenda da União Partidária, coligação formada pelo Partido Social Democrático
(PSD) e o Partido Social Progressista (PSP). Embora assumisse o mandato em
fevereiro de 1963, ainda nesse ano deixou a Assembléia Legislativa para
tornar-se, a convite do governador Ademar de Barros, secretário de Viação e
Obras Públicas de São Paulo, cargo à frente do qual permaneceu até o ano
seguinte. Voltando a eleger-se prefeito de Santos em 1965, renunciou ao seu
mandato na Assembléia paulista.
Com a extinção dos partidos políticos pelo Ato Institucional
nº 2 (27/10/1965) e a posterior instauração do bipartidarismo, filiou-se à
Aliança Renovadora Nacional (Arena), partido de apoio ao regime militar
instaurado no país em abril de 1964.
Deixando
a prefeitura de Santos em 1969, no pleito de novembro do ano seguinte elegeu-se
deputado federal por São Paulo na legenda da Arena. Assumiu o mandato em
fevereiro de 1971, e nessa legislatura tornou-se membro da Comissão de
Transportes, Comunicações e Obras Públicas e suplente da Comissão de Minas e
Energia. Em novembro de 1974 voltou a candidatar-se a deputado federal, obtendo
apenas a sexta suplência, e, ao final da legislatura, em janeiro do ano
seguinte, deixou a Câmara.
No
pleito de novembro de 1978 tornou a eleger-se deputado federal. Contudo, um mês
depois de assumir o novo mandato, em fevereiro, licenciou-se da Câmara para
tornar-se secretário de Obras e Meio Ambiente do estado de São Paulo, no governo
de Paulo Maluf (1979-1982). Com a extinção do bipartidarismo em novembro de
1979 e a conseqüente reformulação partidária, filiou-se ao Partido Democrático
Social (PDS), agremiação situacionista que sucedeu à Arena. Permanecendo na
Secretaria de Obras e Meio Ambiente até agosto de 1980, transferiu-se para a
Secretaria dos Negócios Metropolitanos, onde ficou até maio de 1982, quando
retornou à Câmara dos Deputados. Nas eleições de novembro desse ano,
candidatou-se à reeleição, na legenda do PDS, mas obteve apenas uma suplência.
Deixou
a Câmara em janeiro de 1983, ao final da legislatura, retomando suas atividades
na área de engenharia, como diretor-superintendente de sua empresa Encosil
Ltda. Em março de 1986 tornou-se diretor comercial da empreiteira Constran
S.A., permanecendo nesta função até dezembro de 1989, quando, no mês seguinte,
assumiu o cargo de diretor-presidente da empresa.
Foi membro do Instituto Histórico e Geográfico de Santos e do
de São Vicente.
Casou-se com Arlete Teles Lopes, com quem teve dois filhos.
Publicou João Pandiá Calógeras.
FONTES: CÂM. DEP. Deputados;
CÂM. DEP. Deputados brasileiros. Repertório (7, 8 e 9); INF.
BIOG.; Jornal do Brasil (1/2/79); NÉRI, S. 16; Perfil
(1972 e 1980); SOC. BRAS. EXPANSÃO COMERCIAL. Quem; TRIB. SUP.
ELEIT. Dados (6 e 9); Who’s who in Brazil.